Noite Estrelada
A noite estava chegando, mas meus olhos recusavam-se a fechar. A porta trancada abafava os gritos que vinham da sala de jantar. Eles acham que não posso ouvi-los, nem sentir o impacto de suas explosões, mas tudo o que faço ultimamente é sentir. As vezes até demais.
Eles estão discutindo como será daqui para frente. Como vão continuar suas vidas depois de uma tragédia. Tenho vontade de destrancar a porta e correr até eles, convencê-los de que não é o fim do mundo. Mas não me sinto tão diferente deles agora. Por mais que eu saiba que essa dor não será para sempre, também sei que ela não vai embora tão cedo quanto desejo. E isso por si só já não me permite deixar a cama.
Tenho medo de mover meu corpo e algo se romper dentro de mim e eles escutarem. Não quero ver seus olhos vermelho, não quero sentir seus corpos se desmoronando sobre o meu, e não quero vê-los se obrigando a ficar bem. Eu prefiro absorver todos os gritos e sufocá-los dentro de meus ossos.
Sinto um tremor correr por meu corpo no mesmo instante que o silêncio engole a casa. Janelas trancadas, pés descalços no chão, olhos se fechando e o mundo volta girar. Tudo volta aos eixos. Mas não deveria.
— Quais são seus interesses?
— Um chalé de frente para a natureza, uma boa companhia e uma noite estrelada, é pedir muito?
...e o desejo de um beijo teu,
nada mais posso ousar...
vou partir num silêncio meu,
quem sabe eu possa, te encontrar.
Nessa noite há luar, tanto brilho no mar
... mais deixa eu te levar...
onde sonham as estrelas.
Assim que o sol se põe no horizonte fecha-se a porta do dia. Do outro lado do ocaso abrem-se as portas da noite com vista para um céu estrelado repleto de poesia.
Estou meio hora caçando uma mensagem maneira... Para te mandar... Mais nessa mensagem ou frase tinha que te descrever ou relacionado a você... Mais num achei uma frase que dizia: boa noite e falasse da perfeição... Foi quando pensei nos seus olhos... E me perdi pensando nas estrelas e o brilho delas... nisso num tinha como não pensar no seu sorriso... E quando percebi passei o tempo todo tentando descrever uma pessoa indescritível... então resolvi falar só... Boa noite minha estrela.
Ouve
Ouve o vento!
Como ele canta baixinho
Tentando me avisar
Que pensas em mim
E me chamas para te amar.
Ouve! Ouve o vento!
Ele grita, sacode as copas das árvores
Faz meu corpo arrepiar
Tenta me levar... vê
Ele parece falar...
Ouve o vento!
Ele tenta se acalmar
Olho-o pela fresta da janela
Ouço-lhe o gemido de dor
Encolho-me no canto de minha agonia.
Ouve como ele corre
Procurando-me por todo canto
Para me levar junto com ele pelas ruas escuras
Onde as estrelas piscam intensamente
Para a noite clarear.
Ouve o vento!
Como vem galopando e sacode as ondas do mar
Que lamenta num murmúrio forte
Avisando as embarcações
Que ele chegou para arrasar.
Ouve! Ouve como ele canta
Abraçando-me num golpe certeiro
Carregando para longe... bem longe
Onde só o eco de seu uivo engole
No seio da floresta a se esconder.
Os Girassóis e o Sol
Ao amanhecer, campos inteiros de girassóis voltados para o leste em posição de sentido aguardando o nascer desta luz maravilhosa, a estrela que ilumina a terra e a vida de todos. Durante todo o dia os girassóis seguem a luz do sol. Durante a tarde, as flores estão voltadas para o oeste, e o sol desaparecendo no horizonte em um fantástico pôr do sol. À noite, sob a luz das estrelas, os girassóis voltam sua posição para o leste outra vez, se preparando para o amanhecer e o renascimento de um novo dia.
O céu não está totalmente negro
Carrega em si, nuvens cinzentas
embaçadas como nevadas
Como um pintor, por um descuido deixou respingar pequenas gotas de
tintas sobre o quadro escuro
formando pequenas estrelas
O silêncio é tomado pela melancolia
do vento assoviando levemente
dentre as gretas da janela
ouço o estrupo ( barulho) dos grilos em sintonia
Enquanto uns pegam o sono
Eu admiro a noite
Conto as estrelas
E sinto a calmaria da noite
Após um dia completo de agitação.
A noite está maravilhosa.
Menino que anda sem parar, em rodovias lotadas. Volta meia noite, praticamente ao som da lua e das
estrelas.
Quando se anda sente vontade de voar, quando para sente vontade de voltar, mais afinal como seria se o tempo não passasse?
Ah.. Para isto tem a velha forma do amor, talvez a lua o puxou pelos braços a estrela pela perna, e o levou a um determinado local.
Esse lugar é o céu que o leva a uma cidade, onde mora uma outra estrela, muito simples a lua o soltou e a estrela também. Pois o menino caiu em cima da nuvem onde sua amada estava. E ali ficou olhando o céu, na cidade de papel.
Seus olhos tem um brilho que só pode ser das estrelas. Um sorriso humilde, vergonhoso muitas vezes. Um humor incontestavel e inrresistivel. Mas isso não deixa que ele também tenha seriedade. Dono de uma bondade pura, talvez inexistente para quem não o conheça verdadeiramente. Tem seus defeitos, como todo ser humano. Consegue conquitar qualquer pessoa com aqueles olhos escuros brilhantes. E seu charme, suas brincadeiras aldaciosas e bobas. Ele é muito mais do que aparenta ser. Ele é como uma pedra preciosa, que esta ai esperando para poder brilhar.
Só na nossa galáxia, há bilhões de estrelas. Cada uma é o sol de seu próprio sistema solar, e a maioria desses sóis tem planetas, então é uma conclusão lógica que, dessas centenas de bilhões de exoplanetas na nossa galáxia, pelo menos um deles tenha o potencial de sustentar vida.
Polaris. Está vendo? É a estrela mais importante do céu. Se você se perder, ela ajuda a achar o caminho.
Quando me decompuser, e as minúsculas partes de mim forem recicladas, estarei em bilhões de outros lugares. Meus átomos estarão em plantas, insetos e animais, serei como as estrelas no céu. Um momento estão lá e, no seguinte, espalhadas pelo cosmos.
EU SOU A POESIA...
Debruçada no papel
De noite, lua e estrelas
De dia, teu favo de mel
A mergulhar em cheiro
No pomar de flores no céu.
Eu sou a poesia...
Sinônimo que tira o teu sono
na efêmera madrugada
te levando ao êxtase
do mais intenso prazer.
Eu sou a poesia...
Que ludibria os teus sentidos
E em algumas doses de vinho
Embriago a tua alma
E viro musa no paraíso.
Eu sou a poesia...
Que ao se despir pra ti
Transforma o teu olhar
E fala com o teu corpo
No insensato pensar.
Eu sou a poesia...
Que te faz dormir
No acalanto dos seios
Cobrindo o perene amor
Dos dias forasteiros.
Eu sou a poesia...
Que arranha os teus versos
Beijando-te em palavras
Vorazes, completas
Em poema, derramadas.
Eu sou a poesia...
Que ao acordar te faz poeta
De rimas, versos e estradas
Dantes vida jamais trilhada
Nas vias da tua jornada.
(Celeste Farias, BH, 20/11/2013)
Quero de Volta
Quero de volta minhas noites de chuva, minhas estrelas, meu céu nublado e o vento cortado.
Minha lua em todos os estágios. Nova, crescente, quarto crescente, cheia, minguante e quarto minguante.
Deitar na grama, na areia ou na terra para viajar no espaço e ver as figuras que se formam com o movimento das nuvens. Balançar na rede e embalar a rede.
O papo solto, os assuntos proibidos, os assuntos leves e também os pesados. As verdades de qualquer estirpe.
As músicas de qualquer espécie. As espécies que falam da gente e que falam nada. Que fazem sentido e que sentido não tem.
Quero de volta o acordar mais tarde com o peso do teu corpo e o carinho de um beijo.
O roçar de dedos, de mãos, de pernas, de narizes, línguas e corpos, do roçar das mentes. Os prazeres, arrepios e gozos.
As pernas que pesam umas sobre as outras, as pernas que descansam umas nas outras. As pernas que seguem as mesmas trilhas, que caem e se levantam, que se cortam e se cuidam.
Os pés que acariciam outros pés. Os olhos e olhares diretos, furtivos e de lado. O cuidado do corpo, da alma, das feridas, dos achares e dos pensares.
As brincadeiras sem graça com grandes risadas, risadas que não acabam e risadas da seriedade.
Quero de volta a honesta palavra e a atitude honesta. O reto, sem subterfúgios, as escolhas diretas, a prioridade, o correto jeito das coisas.
A transparência das roupas, da alma e da mente. As corridas, os treinos, a endorfina, o prazer da diversão a cada passo, a cada papo, a cada abraço, a cada pingo, pingo de suor, suor que encharca, encharca o corpo e a alma.
Quero de volta meus sonhos, meus pesadelos, minhas ilusões, minhas desilusões, fantasias, viagens e imaginações.
Quero de volta as surpresas feitas, as surpresas recebidas.
Quero de volta a alegria pura, a felicidade gratuita, o encontro por acaso e também o descarado.
Quero de volta o namoro na chuva.