Noite Estrelada
Suavemente sinto tuas mãos nas minhas. Naquela noite com estrelas nos olhando, trouxemos nossa atenção a nós, nossos corações ficaram sorrindo. Teu abraço em um segundo me acalmou, a chuva parou, ficamos assistindo os pingos caírem. Desejamos até à morte que nossas vidas não acabassem ali, a respiração por um instante preferiu não sair, esperávamos ser invisíveis, não queríamos palavras, ouvir nada, não precisavámos de nossos corpos. Sonhávamos parados, lemos nossos rostos, tão amarelos, verdes, azuis, vermelhos. Era muito mais que pudéssemos suportar, aprendemos em momentos a felicidade, nossos inimigos continuavam se movimentando, mas para nós estavam intactos. Éramos apenas seres frágeis, findados, tão fáceis. Nosso respirar se misturava com a luz, a invasão de nosso mundo era o que nos amendontrava. Ele estava morto. Enfrentamos o frio, mas não deixavámos que ele nos gelasse por dentro. Vimos arco-íris, o sol nos queimou, o céu era mais azul que de costume, os bancos vazios, as vidas se esvaziavam bem na nossa frente. Éramos pequenos ao mundo, tinhámos nossa folga, indagávamos, pensando tanto, se aquilo acabaria, se era um sonho claro, olhos nos olhos estávamos unidos, o relógio parara, o tempo já nos isolava. Cheios de remorso, hesitamos andar um pouco, mudar e desistir de parar. Você fumou dois a três cigarros, me ofereceu, mas meu vício já me tinha parado, mas eu aproveitava aquelas pausas como chances de eu te observar se mover, em frente à fumaça, olhando o nada, com aquele gosto, o seu braço em mim. Foram dias que ficamos sentados, enquanto aquele meu sonho se realizava (eu nem ao menos acreditava), não nos deslocávamos, não estávamos prontos, preparados pra cada murmúrio, ao mundo que nos feriria e nos mostraria o caminho árduo e somente de continuar. Preferimos sentar, nos abrir pra cada um. Uma vez ou outra, alguém nos encontrou, nos chamou, mas não era nenhuma obrigação os seguir. Éramos constantes, contavámos nossas histórias de redenção, parecidas, e nossas aventuras até então eram como melodias. Até que por tempos ficamos calados, olhando, pupila a pupila, experimentando tudo aquilo, entrelaçando nossas mãos, passando os dedos em nossas bochechas, olhares fixados ao nosso relento, tão simples, fundo e secreto. Éramos criaturas em um filme, coadjuvantes, pedintes. Nosso riso era alimento pra alma, nossos corações como cordas. Houve um dia em que não havia ninguém na rua, numa noite calorenta, e nos abraçamos como duas crianças carentes, solitárias, e eu já não podia mais me soltar de você, aquilo significou mais do que um banal afeto. Eu senti seu palpitar mais rápido, esqueci todo e possível ser humano, eu te olhava com deslumbre, me aquietava, e, por fim, nos desprendemos num impulso tão leve. Não sabiámos se já tinhámos sentido tal abraço, você me aquecia, era o que necessitavámos. Eu passava a mão no seu cabelo, e, sem perceber, a sua boca já era minha, o cheiro da sua pele já tinha entrado na minha, eu te apertava cada vez mais forte, tudo a nossa volta era tão vago, custavámos a nos mover um passo, marchávamos lentamente, nos abraçavámos com um ritmo mais quente, nossos corpos se entendiam como um grupo perfeito, como a música mais bela, a primaveira mais limpa. Nosso beijo nos cegou por várias vezes, eu não tinha pressa, as sombras não mais nos refletia, seus traços eram apenas tocados pelas minhas mãos, olhavámos resignados, como na primeira vez, um ao outro, como num passo à liberdade. Às vezes paravámos, na pausa do estranhamento, dos sonhos que ainda não tínhamos criado pra nós mesmos, e conversávamos qualquer asneira, mas sempre não aguentavámos a pressão daquelas conversas. Nossos gestos já eram interpretados como vindos daquele mesmo momento, o tempo não era nada, as ligações já não mais eram atendidas. Estávamos tão sóbrios e saudáveis ao mesmo tempo! Começamos tarde, vimos na nossa apreciação a saudade. Estavámos altos, drogados com nossos próprios rostos e atos. Nos enxergamos ao máximo. Tínhamos toda aquela cor nova, viva, a beleza não cedia seu encantamento a nós, eu começava a te sentir como nunca. Como nunca senti alguém, como nunca acreditei.
E sempre lembro-me de um sábado distante; sentamos em um banco, conversamos. Aquela conversa me disse tanto, me encantou, despertou. Nada pareceu real, ainda não parece real. Embaixo de um céu escuro, fitavámos a nós, você sussurrava, pareciam palavras ensaiadas, disse que estava viciado em mim, não tinha mais jeito, e eu, no coração dizia o mesmo. Em um outro dia, sentimos um ar fresco, novo, diferente, doce e marginal ao mesmo tempo. A velocidade aumentou, nossos corpos se uniram como nunca, olhamos todas aquelas estrelas, você discordou da sua melancolia, falamos de livros, comunismo e outros ismos, história, amigos; rimos como nunca nos vimos rir. Eu já não mais acreditava no seu rosto nem na sua presença. Vivíamos com as palavras tarjadas, lúcidas porém tão linfáticas. Impugnavámos em nossa própria impureza, nossas incertezas eram nossa histeria momentânea, grandiosa e envolvente. Às vezes atreviámos a colocar nossos corações à prova, perplexos e com medo de nosso marejar, com um temor de amar, doídos, éramos um ultraje a esses medos. Lúgubres vimos tudo, sempre submissos àqueles instantes.
Mas no último dia, encontramos as minhas fraquezas. Você foi embora. Não partiu; demorou um pouco a se despedir, soltou um "até mais". Acreditei que não tinhámos nos acabado. Você disse que ligaria, e por tantos dias, senti o seu desapego, o seu corpo já não era mais meu, seus olhos tinham ido embora de mim, a sua saudade a mim era tranqüila, e aquilo tornou-se minha fadiga. Sinto que parte foi culpa minha, não corri ao lado do que devia, fingia que tinha-me esquecido, eu não falava mais contigo, e você idem; e então você surgiu novamente e repentino na coragem com a novidade que fincou em mim. Ante à ligação, ao "...tá bom." que pareceu tão fácil, na superficialidade daqueles segundos, minha resposta, com desprezo, não sei se ficou contigo, ou apenas em mim, ou em nada significou. Sua falta de importância foi o resultado de eu soltar minhas lágrimas por no máximo dois ou 5 minutos. Me levantei, admiti entristecida que me feri e me doí mais uma vez, com mais uma chance, não tive a coragem de olhar no espelho, meus olhos estavam arrependidos e cansados. Meu fardo me deixou, ele se foi, por meu simples e sofrêgo pedido. Me recômpus, me venci, saí de casa, andei e a vida não parou. Penso ainda hoje, de cada dia, minuto, com esses meus sofismos agudos a este ode que lhe faço. Nas entrelinhas ainda nos entendemos, reconhececemos o que devemos um ao outro, desde o primeiro dia que vi seu rosto, infinito, me encarando. Ainda tento descobrir se te aproveitei por completo.
Nunca mais teriámos dias como aqueles. Pelas nossas escolhas, nunca nos tivemos mais. Apenas nossas esperanças nos devorara, nossa escuridão tinha sido criada, evidente no nosso necrológio. Depois daquela última ligação nos falamos raramente, apenas simpáticos, envergonhados ou não. Já nos éramos inúteis. Parei de te procurar, não te parabenizei por nada, entretanto sempre te achara (e eu te acharei). Em mim as lembranças continuaram correndo, só a mim elas restam, nessas nossas noites escurecendo. E achei que meus inimigos nunca mais nos encontraria. Me encontraram. Eu nunca pensei que eu seria tua. Meu engano do pensamento foi meu pagamento.
Estamos perto, longe, distantes, amantes. E que minha calma, desespero e alegria, seu tédio e nossa melancolia estejam presentes no nós irreconciliável. Até mais, até o dia que nos virmos outra vez; entre o mistério desses dias que nos passaram, atropelaram, nas ruas do tempo e do sentimento, da escassez da ternura que vivemos, as lembranças me têm, perdidas, sem censura, nosso momento único e feliz; você.
Enquanto as estrelas brilharem
em nossas noites,
quero tenha certeza,
que meu anseio por ti estará vivo
cheio de movimentos harmoniosos.
ONDE ANDAS TU?
Nesta noite fria...
Onde andas tu?
As estrelas sussurram-me algo,
Mas o vento não me permite entender...
Será que elas também conversam contigo,
Contam-te sobre o meu coração em agonia,
Falam-te da saudade dos meu lábios
E do meu desejo pelo teu toque?
Elas dizem que penso em ti,
Que fico imaginando coisas,
Que corro para a janela
Pensando que tu estás me esperando?
Nesta noite fria
As estrelas sussurram-me algo
E eu penso em ti...
O vento bailarino foi embora,
Meu coração quase chora...e...
Onde andas tu?
E gostosa era a nostalgia em que as pessoas se envolviam fazendo o amor parecer uma noite estrelada em que a lua parecia estar também apaixonada.
A Mais Brilhante Estrela
Foi numa noite em que eu
me sentia sozinha.
Nessa noite, como sempre fazia,
parei para olhar o céu,
a lua estava tão linda que
não pude deixar de admirá la.
Eu parecia hipnotizada por sua beleza,
Por seu reflexo na água.
Mas por um minuto, algo mais forte
chamou me a atenção: era uma estrela
que brilhava mais forte que as outras.
Parecia querer dizer me algo,
Mas eu era incapaz de entender
E foi nessa hora que eu fiz um pedido àquela estrela.
Pedi que troxesse um amor pra mim.
E foi então que conheci
a mais bela e brilhante estrela: VOCÊ!
"anjo,a noite vai chegar
e, com ela a solidão
mas também as estrelas no céu
no mesmo céu
que é meu e teu
e no silêncio da madrugada
só tuas asas serão percebidas
mais nada a macular o doce encanto
das minhas ilusões..."
"Até..."
Atrevi a um pequeno brilho em noite de estrelas
Me perdi em cantigas como em criança brinquei
Procurei no esconde-esconde minha namorada
Mesmo a vendo não queria apontá-la.
Procurei pelo melhor amigo
Que em criança eu sabia existir
Escondido correu e me fez
outra vez esconder o rosto.
Contar até dez continua sendo meu trabalho
Deixando de ver a namorada
Acreditando que ainda existem amigos
Mas sempre escondendo meu rosto!
A noite acabou!
Não me lembro das cantigas
A namorada foi embora,
Com o amigo que correu na frente!
Vou tentar ainda
Contar de novo até ...
Tu es a minha estrela da noite e do dia.A minha vida depende do seu amor eu não convecei que eu te amo porque eu estava com medo que tu me davas um fora só mais tarde eu percebe que vale apenas tentar.
Eu amo voçe mas do que nunca este sentimento por ti me deixa sem geito fico pensando em ti todos os dias.A sua belesa me deixa cada vez mais louco por voçe.I LOVE YOU FOREVER.
JUIZ2008
Uma noite sem estrelas
Um olhar sem brilho algum...
Foi assim que eu fui vivendo
Ate que meu olhar encontrou com o teu..
Tudo voltou a ser brilhante
Feito diamantes
Noites com luar...
Alegria ao pensar em estar com você
Mais tudo que se faz aqui se paga
Um dia eu fiz alguém sofrer e hoje recebo na mesma moeda
Uma noite estrelada
É tudo o que peço
...
Diz que aceita fugir comigo
Pra um lugar melhor
Onde eu seja o teu abrigo e você o meu querer
Diz que aceita fugir comigo e nada mais fingir
Deixa eu te tocar...
Mostrar o quanto posso te amar.
..
Era uma vez
uma vez de noite estrelada
o amor pulsava a alma
o amor que propaga
era uma vez
uma vez onde se sentia na carne
onde tremia os nervos
uma vez que se era o ser encantado
seu desejo era uma ordem
seu desejo sempre é uma ordem
encantamento de ordem
encantamento do ser
encantamento de encantado
encantado admirador
Renata Nunes
02 de outubro de 2007
ESSA NOITE OLHEI PARA O CÉU... NÃO VI ESTRELAS!
Essa noite olhei para o céu... não vi estrelas!
Recolheram-se em sinal de mais um luto
Entristecidas, não quiseram aparecer
Bem silentes, preferiram o escuro
No caminho mais um amigo que se perde
Pelo aço de uma guerra sem limites
Duelando - bem e mal - entre favelas
Um irmão - que era do bem - não sobrevive
Sem respostas, nem certezas de um final
As estrelas se esconderam dessa guerra
E os amigos ao final do funeral
Olharão para o céu a sua espera
Pois o irmão - nesse jaz - virou estrela
E lá no céu estará a vida inteira
se eu fô-se uma estrela....
seria a estrela mais brilhante
para assim iluminar as tuas noites
se eu fô-se o sol....
seria o sol mais quente
para aquecer teu coracao
se eu fô-se o mar...
seria aquele mais calmo e limpido
para dar serenidade aos teus dias
se eu fô-se a terra...
seria aquela mais firme
para em bracos encontrares a seguranca
de um grande amor
mas como em tua vida nada sou,
nao me resta que a ilusao.........
(QUEM SABE SE UM DIA...)
...nao sofra mais por este amor
...nao pense mais em ti
...nao te queira mais
...quem sabe se um dia eu consiga pensar em ti,sò como alguem que passou
e nada mais......
quem sabe se um dia te encontrar
vou ser capaz de te dizer
"DESEJO QUE SEJAS FELIZ"
Poema da noite
É o poema
Que acompanha o deitar,
Lembra assim
Como as estrelas,
Lágrimas ou sorrisos se fim.
Lembra o amante
Apaixonado e sua lua.
O que vaga só
Pela rua, como eu,
Recordando o amor
Que perdeu.
É o poema
Da oração, do rever
O dia passado
E o que pode vir a ser.
Do abandonado
Que quer renascer.
Lembra você,
O dolorido adeus,
A cor daquele céu,
De brumas e breus,
De amargos e mel,
O bem, o mal e Deus.
É assim o poema,
Poema da noite,
Do sonhar contigo,
Do amar o açoite,
Dos boêmios e seus banjos,
Do durma com Deus
E sonhe com os anjos.
DIVAGAÇÃO
Estes teus olhos negros.
Refletindo a solidão da noite,
Tens baile de estrelas e fantasias,
Mas, não consegue ocultar a dor,
De uma tristeza incontida e profunda,
E quando o teu sorriso se abre,
Encanta os pássaros que cantam,
A dor da própria tristeza,
E a solidão que se faz esperança.
Tudo se transforma em você,
Menina dos sonhos fagueiros de amor,
Menina de um passado repleto de dor,
Menina princesa, menina de doce querer.
Fitar os teus olhos, são belos demais,
Sentir teu perfume é sonho também,
Abraçar o teu corpo, nem ouso pensar,
Te ter para mim é sonho meu bem.
Eu sinto que gostas de outra pessoa,
Reflete em teus olhos, esta fome incontida,
De ser mais feliz, de ter nova vida,
Segurança, carinho, que ficam, não voam.
Pudesse, seria o teu príncipe encantado,
Seria feliz e feliz tu seria,
Mas deixo os meus sonhos e fico acordado,
Pra sentir teu perfume, meu bem eu queria.
Comtemplando o luar e,
Admirando o brilho das estrelas
Que linda és noite clara
Meu ser parece flutuar
Por entre as nuvens que sonham
As vezes num balanço
Me sinto voar
E alto, de lá vejo
A loucura humana e sua pressa
No meu deitar
Em alguns minutos voam o dia
O dia que vivi
As vezes pelo qual simplesmente passei
E durmo...
O mesmo céu,
A mesma noite,
As mesmas estrelas,
A mesma lua,
O mesmo sentimento,
Porém o que era sorriso, hoje é lágrima.
O que era a certeza do amor, hoje é a certeza da incorrespondência.
E o que era certo, hoje é incerto.
O que antes era compartilhado a dois, hoje é compartilhado consigo mesmo.
E as palavras, as perguntas, as indagações que surgem vão se juntando em um vazio.
Ao mesmo tempo que é só silêncio, é só barulho.
Assim se mistura com as batidas de um coração solitário que ainda bate com a esperança de algum dia, em algum lugar ouvir um eco que o faça completo.
Um coração que aprende que não só bate, mas que em momentos apanha, que cai, e nessas quedas tem a oportunidade de crescer, mas com o risco de se tornar frio, amargo, e não mais deixar que esse amor viva em ti, mas ainda luta contra isso, pois quer voltar a ouvir o som suave que soa dentro de ti.
Esse som se chama amor e é capaz de mudar tudo quando se quer, quando se deixa fluir.
Ame.
A Noite do Meu Bem
Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem
Hoje eu quero paz de criança dormindo
E o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem
Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem
Ah ! Eu quero amor, o amor mais profundo
Eu quero toda beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem
Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem
Ah ! Como esse bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda a ternura que eu quero te dar