Noite
Mesmo quando o sol se põe
e os caminhos da noite nos levam ao breu,
ainda assim é uma beleza sem par,
ver uma estrela cadente,
riscando o espaço reluzente
e a Lua iluminando o céu.
Antes da pandemia as pessoas iam nos bares a noite, se embriagavam bastante, depois sorriam muito, se amavam, dançavam, brigavam, cantavam e até choravam as vezes. Depois vomitavam tudo que beberam e voltavam para suas casas. No dia seguinte muitos não se lembravam de nada, outros sorriam pelo beijo que rolou ou pela noite incrível. Mas era preciso trabalhar, logo chegaria a noite de novo e de novo.
#MELANCOLIA
O dia e a noite são iguais por dentro...
Campo florido de saudades...
Estranha taça de venenos...
Despede o sol em último clarão...
Entre sombras, vagamente...
Na amplidão do eterno...
Minha alma voa livremente...
Surge o vento e me pergunta...
Aonde me levará minha jornada...
Um olhar triste nada responde...
Na melancolia...
Uma alma fadada...
Desde o sinal das auroras...
Se há dias maus, também há os felizes...
A vida é uma bela jornada...
A taça em minha mão ainda é cheia...
Num olhar profundo e ardente...
O espírito se cala, se aquieta...
O horizonte é o futuro...
Tal é na hora o presente...
Uma estrela tremula no firmamento...
E eu...
Em minha paz alcançada...
Aos pés do Criador me deito...
Sorrindo...
Sonolento...
Sandro Paschoal Nogueira
Boa Noite!
Altíssimo:
Por ter permitido-me acordar.
Por ter dado-me força e coragem o dia todo.
Por ter proporcionado-me um dia de serenidade e mansidão.
Pelas bênçãos visíveis e as invisíveis.
Pelos milagres diários.
Pelo seu amor incondicional.
Por ter livrado-me de todo mal, eu te ofereço em forma de gratidão a minha mais singela oração.
O breu da noite anuncia que o sol foi fincar raizes em outros mundos. Que a lua está escondida numa fase, e as estrelas bailam em revoada por trás do véu cinzento. Resta-nos usufruir da luz de dentro.
O TEMPO AO VENTO
Era uma noite qualquer
Lhe conheci menina
Hoje uma mulher
Que já não brinca mais em esquina.
Lembro de duas crianças contando estrelas
Olhares puros refletindo o mesmo desejo
Se estivesse várias de você todas queria têlas
Pois sabia que todas de você teria o mesmo beijo.
Aquele seu sorriso acompanhado de timidez
Seu olhos cintilantes que refletia a lua
Que por segundos me tirava a lúcidez
A minha vontade era também a sua.
Lembro daquele dia chuvoso
Do calor de duas mãos dadas
Momento façanhoso
Ali duas almas afeiçoadas.
Hoje vivemos pelos quatros ventos
O tempo sem intervalo avança
Tento voltar o ponteiro pra viver os momentos
Voltaria comigo a ser criança?.
EM MEUS BRAÇOS
Durma em meus braços
Soe em meu corpo
Deixe-me lhe roubar por uma noite
Atrasarei o relógio
Serei o ponteiro
Que se avança sem pressa
Contornar seus traços
Sendo o calor em seus lábios
Sendo o arrepio em sua pele
Sentir o vento sussurrar
Sentir as estrelas ao meu lado
A lua em meu quarto acesa
Um nó em dois corações
Que tem o mesmo pulsar
E o mesmo desejo
Amar.
“AS SETE LÁGRIMAS... DE PAI PRETO”
(Completa)
Foi uma noite estranha aquela noite queda; estranhas vibrações afins
penetravam meu Ser Mental e o faziam ansiado por algo, que pouco a pouco se
fazia definir...
Era um quê desconhecido, mas sentia-o, como se estivesse em comunhão com
minha alma e externava a sensação de um silencioso pranto...
Quem do mundo Astral emocionava assim um pobre “eu”? Não o soube, até
adormecer...e “sonhar”...
Vi meu “duplo” transportar-se, atraído por cânticos que falavam de Aruanda,
Estrela Guia e Zambi; eram as vozes da Senhora da Luz-Velada, dessa Umbanda
de Todos Nós que chamavam seus filhos-de-fé...
E fui visitando Cabanas e Tendas, onde multidões desfilavam... Mas, surpreso
ficava, com aquela “visão” que em cada uma eu “via”, invariavelmente, num
canto, pitando, um triste Pai-preto chorava.
De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces, e não
sei por que, contei-as... foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me
e interroguei-o: fala, Pai-preto, diz a teu filho, por que externas assim uma tão
visível dor?
E Ele, suave, respondeu: estás vendo essa multidão que entra e sai? As
lágrimas contadas, distribuídas, estão dentro dela...
A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração,
na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que sua mente
ofuscada não pode conceber.
Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na
expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios
merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de
seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de “casos”
nascentes uns após outros...
E outras mais que distribui aos maus, aqueles que somente procuram a
Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um ser
semelhante – eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas mazelas,
paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem... pobres almas, que das brumas
ainda não saíram.
Assim, vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e
calculistas – não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e procuram
se beneficiar dela de qualquer forma. Cuida-se deles, não conhecem a palavra
gratidão, negarão amanhã até que conheceram uma casa de Umbanda...
Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis;
mas se olhares bem seu semblante verás escrito em letras claras: creio na tua
Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se venceram “meu
caso”, ou me curarem “disso ou daquilo”...
A sexta lágrima eu dei aos fúteis que andam de tenda em Tenda, não
acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam
um interesse diferente, sei bem o que eles buscam.
E a sétima, filho, notaste, como foi grande e como deslizou pesada? Foi a
ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos “olhos”de todos os orixás; fiz
doação dessa aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e
todos possam vê-los como realmente são...
“Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal e qual
mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER,
porque só visam à exteriorização de seus próprios “egos”...
“Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas;
observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de
“cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e
Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não
fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm
convicção.
Assim, filho meu, foi para esses todos que viste cair, uma a uma, AS SETE
LÁGRIMAS DE PAI-PRETO!
Então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a
dizer, Pai-Preto? E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão
intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez...
“Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que esquecidos pensam
que estão... ELES FORMAM A MAIOR DESSAS MULTIDÕES”...
São os humildes, os simples; estão na Umbanda pela Umbanda, na confiança
pela razão... SÃO OS SEUS FILHOS-DE-FÉ.
São também os “aparelhos”, trabalhadores, silenciosos, cujas ferramentas se
chamam DOM e FÉ, e cujos “salários” de cada noite... são pagos quase sempre
com uma só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra – a
INGRATIDÃO...
MEU EXTINTO
Apesar da noite ser tão fria
Mais ao mesmo tempo o vento ser tão carinhoso
Do orvalho ser tão gélido
E meu abraço ser tão gostoso
Da lua ser tão presente
Das estrelas sorridente
Do clima ser confuso
E meu colo será ardente
Sinta o calor do meu corpo
Sinta o meus extinto selvagem
A fera que está, meu coração
Mais só você me deixa calmo
Que boa a sensação do abraço que me satisfaz
Da grande coragem que me faz.
Eu sou a história que lhe vai parecer real
Um meio de saborear a noite
Oceanos calmos e melancólicos
Por desejos contemplo este sol
O cheiro do mar
Até a memória em azul
Acaricio os meus sonhos
Margens de um mar solar
Ohhhh,eu quero me pôr como o sol
A inocência dos sonhos de todo o haver
Eu sou a voz da terra do nunca
Perder a fé faz um crime
Adormecido.....
Chorando......
Contigo......
(Adonis silva)2020®
Foi feito sonho quando apareceu
Vestindo cores que cabiam em mim
E todo dia, dia e noite via
Pele escura
Encanto despertava assim
E mesmo longe, longe dela havia
Um amor que vivia
Colorindo enfim
A noite cai e se faz vigília, na luz densa da espera procura-se um trovador, que afine um violão, que emita algum som ou desafine que seja, mas que venha e se apresente nesta ância a este ser.
Um que fale de amor, num verso ou numa moda, uma história antiga, pois o moderno adoeceu. Talvez uma cantiga ou uma prosa, desde que tenha sido alcançado, vivido, que foi lindo.
Que nos inspire a lutar e a acreditar que o amor não é fantasia, magia nem letras pra se comercializar. Um trovador que viveu e encorajado a passar a experiência do clássico ou do plebeu e na audácia de perpetuar possa acordar ou creditar corações ateus.
Nessa noite me encontro acordado
Já e normal
Mas um noite virada
Mas uma noite pensando
Mas uma noite perdida
E nela não encontrei nada
Na verdade encontrei
Minha pessoa afoita
Procurando uma resposta
Resposta de que ?
Deve tá me perguntando
Resposta pra isso tudo
Resposta que vários
Querem mas nem todos
São respondidos
Eu sou um deles
Já pensei de várias maneiras
Um geito de melhora
O munda e corrompido
Eu só queria um mundo melhor
Ajuda meu pai
Esse e meu dever maior
Queria isso, será que e possível
As vezes acho que não
Nesse mundo
Consegui algo
Pra alguns e fácil
Pra outros difícil
Depende do seu status
Você e rico ?
Acredito que dinheiro não seja tudo
Só acredito e verdade ?
Eu te pergunto
As vezes queria
Que esse não fosse o problema
Queria poder ajudar a todos
Ajudar a todos ?
Será que daria
Quem diria
Um pensamento desse
Em plena noite de agonia
Ansiedade dispara
Mas uma noite virada
Queria apenas paz
Pra descansar minha mente
Sossegada
Antes de pensa em morrer
Mas morrer pra que
Não vai mudar nada
A não ser apaga minha existência
Deixa marcas no peito
Daqueles que amo
São poucos
Mas pouco e o suficiente
Pra me deixa menos afoito
Mesmo com tudo
Questão
Saúde e não passa fome
Fala que isso e o bastante
Não conhece a mente
Que morre em silêncio
Querendo apenas mudança
Mas não tem socorro
Sou considerado louco
Mas sou um louco
Consciente querendo
Cura a mente
Não só a minha
A sua também
Serei o curador de mentes
Depressão agonia
Tudo em sintonia
Cantando um melodia
Querendo me derrubar
Mas isso não vai acontecer
Somos eu e você
E não estamos sozinhos
Ainda acredito em Deus
Nele confio
Ainda a fé e esperança
Se for pra min morrer
Que seja um circunstância
Que seja a hora
Que nesse mundo eu tenha feito
Mudança
Colocando esperança
Nesse mundo sem esperança
Sairemos vencedor
Apenas um poema para de min arrancar essa dor!.
Quero te esquecer
Na madrugada o pensamento vai a vc... como um fantasma da noite que faz sofrer...
Como eu odeio em saber.... como odeio te ver...o olhar me incomoda de um tanto.... pq justo vc que eu amo? Suma da minha mente, invasora... aparece qdo quer e me engana... aparição da morte encantadora... antes de conhecer a felicidade outrora...Busco o luto em vc viva... me odeio pq querer senti-la... o abraço e beijo que desejo em vida....
Árvores entrelaçadas no concreto
Raízes quase mortas
Eu vi o dia virar noite e as estrelas surgirem no chão
Acaba o dia
renasce a noite,
apagar a luz
acender a fé,
orar com vontade
amanhã vem o milagre!
Sergio Fornasari
A noite
O sol já se pôs e a lua chegou, mais uma noite se inicia para podermos aproveita-lá, as horas passam é a angústia me cerca penso em desistir, mas não me dou ao luxo da desistência, saio para caminhar e observa as estrelas no céu acento em um banco na praça e abro meu livro, mergulho nas páginas e me perco nas suas narrativas, faço uma pausa observo o silêncio que me acompanha olho para o relógio, ja são 22:00 acabei mais um capítulo é ja se foi mais uma noite, volto para casa deito-me as minhas pálpebras pesam e para mim a noite se vai como um balão solto no ar, suspiro e adormeço.
NO BARCO DA VIDA
Sentado às margens deste negro rio.
Observo a negritude da noite
A cair fleumaticamente.
Ouço o farfalhar das folhas
Se enamorando com o vento.
Sinto o frio gélido e sereno
Da noite sombria que se aproxima.
Tento soerguer-me não consigo.
Sair de onde estou, não posso.
Um espectro se aproxima
Me assusta e aterroriza.
Não, não é a morte.
É apenas uma brisa.
Um arrepiante e gélido zéfiro.
Desses que te sobem
Pela espinha dorsal
E adentra as entranhas da alma.
O rio segue lentamente
Em seu curso silencioso e monótono,
O seu eterno caminhar.
Leva consigo para além-mar
Os sonhos, as quimeras
E todos os tipos de visagens,
Utopias e ilusões.
As alucinações e devaneios,
Não são da alma humana,
Mas, da vida dos mortais vivos.
Traz em si as vicissitudes da existência.
Por ele os nautas peregrinos,
Singram com suas naus.
Não há, para o rio,
Entre eles distinção.
São todos iguais.
Não há pretos novos,
Nem brancos velhos.
Não há mestiços, nem crioulos.
Não há bons, nem maus.
São todos iguais.
Estão todos no mesmo barco.
Estrangeiros não há
Forasteiros também não.
No barco da vida,
Onde vive a ilusão,
São todos iguais,
Somos todos irmãos.