Noite
O dia então chegou ao fim.
Um dia comum,
Com um céu azul.
A noite então veio
Trazendo em seu leito
O som suave
De sua voz a despertar.
Voz doce,
Voz suave.
Que acalma a mente,
E encanta a alma.
A noite se vai,
Mas eu jamais,
Esquecerei a voz
Que me trouxe a paz
Eu não sei dizer se foi a literatura ou a música que tocaram minha alma e me fizeram ficar tão sensível, tão triste, tão frágil a ponto de eu vir aqui na sacada, de pijama, às 22 horas escrever. Creio que eu seja feita dessas duas coisas, de literatura e de música, como se a melodia e a poesia fossem duas linhas que se entrelaçassem dentro de minha composição genética, como se fossem meu próprio DNA. (Anseios de uma jovem escritora).
... e pelos caminhos iluminados de sol, vê-se a noite de uma lua rodeada de estrelas e de amores disfarçados de aurora que adornam o amanhecer de um dia ensolarado que não anoitece... nesse amor adormecido cortejei meu único farol... lacrimejado das desoras que amei.
madrugada
a noite afora
a insônia escancarada
o urro do silêncio chora
a alma despedaçada
as teclas mudas, e vai-se a hora...
o sino da igreja calado
os amantes não sussurram
o relógio amofinado
pro peito os anseios empurram
e a secura do cerrado
e o tempo não passa. Murmuram!
exausta a cama
e o vazio de sua ausência
acordado. Olhar na lama
e me engole, sem paciência
está noite um drama!
amanhã reticência...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19/09/2019, 03’05”
Araguari, Triângulo Mineiro
A tua voz suave adentra
os meus ouvidos
e uma bela sonoridade
invade a minha mente
com a serenidade que eu preciso durante uma noite agitada
com pensamentos em conflitos.
Após duras perdas,
logo cedo, tornou-se sombrio,
sempre em busca de justiça,
agindo como um morcedo
à noitenas sombras,
furtivamente, frio e calculista,
ele nem pensa em parar,
já livrou muitos de serem vítimas,
de outros, foi o desespero
e tendo em vista que o mal
nuncase cansará, pra sua tormenta,
não descansará o Cavaleiro das Trevas.
Na areia da praia, numa noite prazerosa,
apreciando uma bela paisagem,
a Lua se mostra encantadora,
nem dá vontade de ir embora,
este momento deixará saudade,
certamente, irei guardá-lo na memória.
Verdades concebidas à meia-luz, geralmente transformam-se em farsa, sob o escrutínio de um simples abajur.
Penso que a tua alma é noturna,
à noite revelas a tua essência,
amorosa, intensa e avassaladora,
o que vêem de ti durante o dia
é apenas uma amostra,
a minoria te conhece de fato,
se eu estiver certo, felizmente,
posso considerar-me um privilegiado.
Na tua boca, um doce e intenso sabor
que deixa a minha noite prazerosa
repleta de prazer e amor,
aquecida por um calor que renova
com um beijo de imensurável valor.
Na sua pele,
a delicadeza de uma rosa,
sinto o seu intenso perfume,
ela ainda mais atraente se mostra
na imensidão da noite.
#3 Noite clara
escrevo poemas sem palavras
têm mais sentimento,
apago sonhos esquecidos
que voam no pensamento.
O Poema
(texto V)
Expande-se o fogo da montanha
quando o poema cresce álacre como um rio
de verdes águas e banha as paredes do tempo
com o orvalho duma primavera extasiada.
Adimos beleza ao verso mesmo que seja
negra a fonte onde se bebe
o fulgor da luz se os dedos prenhes
de palavras plantarem a magia da noite
no lugar onde engravidam as frias glicínias.
Beija-se a boca na boca da noite
se a noite sangra
gentis flores selvagens flores que
aos dedos dão o sabor dos sonhos
e às mãos o fervor da incandescente luz.
Coalha o luar frio no alto céu
se na terra se ergue a flecha no lugar da flor.