Noite
Luz
Hoje eu vi o sol nascer,
Há tanto tempo eu não via,
A noite ir embora, e dar lugar ao dia.
Abri os olhos devagar, deixei a luz entrar,
Ela me contou uma história,
veio morar na minha memoria.
Luz que exorciza o medo, que traz o sossego,
Que tira da escuridão, que pega pela mão,
Mostra tudo que reluz, as estrelas e o luar, um rosto familiar,
Aquele sorriso sincero, para sempre há de lembrar.
Porém não só das rosas lembrará e o que ver não poderá apagar,
Mas para que não voltes a tropeçar, teus erros ela iluminará,
Depois das seis
Lá se vai mais um dia
e ao por do sol, o medo aflinge
a noite é minha inimiga.
Dela não me aprazo;
muitos a aproveitam,
e nela escrevem suas histórias;
baladas, bebidas, amores.
Mas na vida, nem tudo são flores.
Ela pra mim tem outro sentido,
as forças não têm subsistido
aos pensamentos que me consomem,
segundos viram horas,
o sono tranforma-se em um pesadelo acordado;
as vezes penso tudo isso ser uma inverdade,
que todas noites tragam consigo,
crises intensas de ansiedade.
Pessoas almejam crescer, trabalhar, construir;
A magnitude do sonhar humano é inefável,
não cansam de idealizar,
mas nem o maior desses desejo é comparável
ao meu anseio pelo sol raiar.
De dia... a cada dia que surgia
ele a si mesmo se transvestia.
E, assim transvestido, o dia ele seguia...
Perfeito, era assim mesmo que no espelho ele se via...
Lentes azuis invisíveis escondiam a tristeza que sentia.
O sorriso no rosto costurado
já não doía
... estava ele ao implantado tão acostumado.
A voz suave e doce
disfarçava muito bem da vida o agridoce.
Quando a noite chegava
e os traços do dia apagava...
Ele não se assustava
Todo ele ele mesmo fantasiava...
Colocava em sua vida todas as cores que a própria vida lhe tirava...
Mal sabia ele: a verdade, que lhe era tāo cara, em vez de cara a cara... tudo salpicava... rastros deixava por todos os caminhos por onde ele passava.
Ele nunca chorava.
Caía a noite...
Desesperadamente!
Safar- se do dia?
Sem pestanejar, as sombras aceitam a maldade humana.
no silencio de cada noite ouço a voz da escuridão perturbando meus sonhos mais incertos, tento adormecer e não consigo pois meus pensamentos insanos com as loucuras de uma vida de solidão que jogo contra o vento mas o vento a trás de volta sem eu ao menos ter a condição de reagir meus Deus grito suspiro e adormeço tendo os piores sonhos já vividos de uma noite de agonia e desespero sera que mereço tal citação condições de destino incerto que logo veem a me tortura o que me resta então é chora.
Então, me apaixono pela noite. Quando a música irrompe a inércia provocada pela impossibilidade de meus olhos serem abertos, me apaixono pela noite. Começo a dançar cegamente a desordem de minhas ideias, como um choque. Elas me contorcem, distorcem, até que se arrancam. Deixam em mim um mal-estar, a paixão pela noite.
Ela vem constantemente a minha mente a noite. Os sábios dizem que as coisas mais bonitas da vida vem em forma de sonhos.
O dia escureceu a noite
A noite escureceu o dia
O dia me mostrou o que é noite
E a noite me mostrou o que é dia
Hoje aqui fora eu vus digo
Que eu conheci mais a noite do que o dia
Pois o dia é feroz, é quente, é descontente
Já a noite é de repente
Passa de repente, sem dor, sem lamento
Mas depende muito do sentimento
Que faz a noite ficar lenta
Que faz o dia ficar distante
Daquilo que te contenta.
A noite traz de volta
Aquilo que o dia matou
A noite traz de volta
Aquilo que o dia
Um dia se apaixonou
A noite traz de volta
Aquele meu amor
Que estava perdido
Na montanha do dia
Mas não estava perdido
Foi o dia, que um dia o sequestrou.
Hoje o dia se declarou pra noite
Mas só que a noite
Não gosta de coisa quente
Nem coisa de repente
A noite é muito lenta
Gosta de coisas frias
Gosta de coisas lentas
Gosta de namorar ela mesma
Não gosta de namorar o dia
Pois a noite não namora o dia
A noite namora os poetas."
Estou de volta
Nesse lugar sereno
Onde tudo era veneno
Onde não se passava vento
Onde o vento tem casa
E não saia dela, se tranca até a janela
Mas ninguém o vê fora
O vento se incomoda
Quando ele vem quente
Bate na testa gente
Queimando tudo de repente
Não é como beijo quente
Que deixa a solidão triste
Que mata o lado do verso
Aquele lado mais triste.
Hoje a noite matou o verso do dia
E o dia perdoou o verso da noite
Pois a noite tinha o verso da lua
Que iluminava o velório do dia
Pois agora não haverá mais dia
Pois quando o dia morre, se enterra de noite
Pois a noite é o melhor dia.
Quando a tarde cai calada
A noite estende um vestido
As nuvens o veste
para ficar de lembraça, de uma noite
Queiria acontecer.
As nunves derraram lagrimas sem saber
Aa lagrimas de lembranças passadas
De um passado lindo
Quando o dia era lindo
Quando tarde não se cansava.
Hoje a noite dá voltas em casa
A procura do vestido
Que caiu da noite fechada
O vestido lavou a minha alma
O vestido lavou o meu presente
Jogou fora, de repente
Toda a dor que dava voltas
Nessa alma quase morta
Mas ao vestir esse vestido
Se tornou tão viva, quanto a dona
Essa dama, mulher de preto
Que escurece noites vencidas
Mas não joga seu veneno
Mas a amente dela joga o veneno
Que é a chuva que banha meu sereno
O dia então chegou ao fim.
Um dia comum,
Com um céu azul.
A noite então veio
Trazendo em seu leito
O som suave
De sua voz a despertar.
Voz doce,
Voz suave.
Que acalma a mente,
E encanta a alma.
A noite se vai,
Mas eu jamais,
Esquecerei a voz
Que me trouxe a paz
Eu não sei dizer se foi a literatura ou a música que tocaram minha alma e me fizeram ficar tão sensível, tão triste, tão frágil a ponto de eu vir aqui na sacada, de pijama, às 22 horas escrever. Creio que eu seja feita dessas duas coisas, de literatura e de música, como se a melodia e a poesia fossem duas linhas que se entrelaçassem dentro de minha composição genética, como se fossem meu próprio DNA. (Anseios de uma jovem escritora).
... e pelos caminhos iluminados de sol, vê-se a noite de uma lua rodeada de estrelas e de amores disfarçados de aurora que adornam o amanhecer de um dia ensolarado que não anoitece... nesse amor adormecido cortejei meu único farol... lacrimejado das desoras que amei.