Noite
Noite fria com céu nublado,
À espera da chuva cair.
Sinto a brisa do meu lado.
Sinto por aqui o clima bom ir.
Estou ao seu lado aguardando o temporal,
As nuvens sobrecarregadas de água.
O portão coberto pela ferrugem,
Com calma aprecio o café matinal.
As folhas das árvores voam com o tempo.
Sou apreciado pelos seus sentimentos.
E, a chuva está caindo do lado de fora.
O cheiro da grama se espalha pelo local.
Pode ser que não há mais temporal.
O tempo ruim foi embora e o sol está lá fora.
A NOITE
Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado
No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia
Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura
Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O VÉU DA NOITE
Autora: Profª Lourdes Duarte
A tardinha o sol se põe anunciando a noite
Com seu brilho, doura o horizonte que escurece
O Sol mantém-se ao longe... calado,
ouvindo o som do belo luar.
Luzes das estrelas felizes, coloridas a piscar,
Com brilhos reluzentes, transmitindo o encanto da noite
Fazem meus sonhos, mais felizes,ou mais saudosos
coração pulsante, como as asas de um anjo protetor.
Surge então um novo céu, o véu da noite cai
Durante toda noite a lua cheia embeleza os campos
Enquanto o sol mantém-se coberto a descansar
A lua e as estrelas brilham no céu nos fazendo sonhar.
A madrugada cai, ouve-se ao longe o coaxar dos passarinhos
Anunciando o nascer de um de um novo dia,
A lua vai-se embora a chorar e o Sol desperta com alegria
É o ciclo da vida que a natureza nos faz apreciar.
A lua adormece por fim mas o Sol nada leva a mal,
Pois ama a Lua tanto assim, que voltará a encontrá-la
Volta com seu aquecendo os corações que alegremente
Despertam para um novo dia e a vida ressurge.
A noite
Num quarto escuro
Penso em ligar
Penso que não
Lembro dos teu braços
Entrelaçados em mim
E teus lábios
Tocando os meus
O que me levar
A uma saudade sem fim.
Lembro do mais belo encontro
O encontro do teu olha no meu
A saudade apertou
E começo a pensar
Pensar que
Nós desgastados demais
Sem poder evitar.
Pensei em ligar
Me fugiu a coragem
Comecei a escrever
E fiz esse poema pra você
Mas tem um detalhe
Tu não chegaram a ler.
Sorrir é melhor que chorar! Quem disse? Se consolados por Deus, serão os que choram.
Prefiro de fato sorrir, mas tendo a ciência que meu choro durará apenas uma noite e minha alegria virá ao amanhecer.
Então escolho chorar e ser consolado por Ele. Minha verdadeira razão de viver.
As estrelas que vejo no céu são poucas comparado com a imensidão das galáxias, mas essas já iluminam minhas noites.
"O problema é que o vento da noite me faz lembrar seu cheiro, transforma meus sonhos em pesadelos, preenche de saudades o meu peito e minha calma em desespero...
Nessa noite eu finalmente entendi aquele velho com o olhar despreocupado. Foi num bar seco e sujo. As guitarras uivaram minha alma com doses de whisky. Quando saí de lá, deixei meu coração sobre a mesa de sinuca. Já não sentia frio, nem o caos subterrâneo da cidade me importava mais.
Tenho medo da noite, a escuridão deixa tão clara minhas imperfeições, o silêncio grita alto meus defeitos, todas as noites sou acusado, defendido e julgado por mim mesmo, minha sentença e punição é viver noite após noite consciente dos meus pecados.
Dia vem, noite vai... está acontecendo, estou morrendo, nesse vaivém. Quando sai, não durmo mais. Fico esperando... Coração me sufocando. Esse amor não é normal. Vive de dor. Nosso caso já está no jornal... Morreu de fato.
Alguns amigos são como a noite, ela esconde coisas de você, somente com uma luz para descobrir o que ela tanto esconde.
JANELINHAS
Na madrugada
Quando vejo janelinhas acesas
Acho que ali moram corações partidos
Insones
Penso nas histórias de amor que poderiam virar poesia.
A minha sombra...
sempre comigo tão solitária...
indiscreta... em alerta...
sombra sombria em dias frios...
desaparece, aparece quando menos se espera...
solidária
silenciosa
a mim mesma reproduz
sempre que aparece uma luz.
Corre na chuva
não se molha...
pra trás nunca olha...
não há chuva que a apague,
não a vento que a leve...
não há tempo que a mude
não há lama que a suje...
Minha sombra aventureira, eterna companheira
me acompanha noite e dia...
tão arteira...
tão verdadeira.