Ninho

Cerca de 742 frases e pensamentos: Ninho

⁠Juras de um amor inconstante não é ninho; é gaiola.

Inserida por PaduaDias

Fiz um pedido hoje , Do fundo do meu coração : Deus ...vem musicar este abraço e que ele seja ninho eterno, enquanto dure... além do infinito!

Inserida por Juisaac

Visita a Casa Paterna

Como a ave que volta ao ninho antigo,
Depois de um longo e tenebroso inverno,
Eu quis também rever o lar paterno,
O meu primeiro e virginal abrigo.

Entrei. Um gênio carinhoso e amigo,
O fantasma talvez do amor materno,
Tomou-me as mãos, - olhou-me, grave e terno,
E, passo a passo, caminhou comigo.

Era esta sala... (Oh! se me lembro! e quanto!)
Em que da luz noturna à claridade,
minhas irmãs e minha mãe... O pranto

Jorrou-me em ondas... Resistir quem há de?
Uma ilusão gemia em cada canto,
Chorava em cada canto uma saudade.

Inserida por marcosdemacedo

⁠CHORO CONVULSO

Velhinha casinha, meu ninho
E chão do meu pão,
Hoje, somente uma visão.
Ai, aquela chorosa ramada
Fresquinha
E também velhinha,
Onde à sombra minha avó catava
Os meus piolhos da miséria
Nos verões de canícula séria
E depois, adormecíamos os dois
De barriga tão vazia
Como quem cava nas hortas
O silêncio das horas mortas.
Hoje, nem telhados e paredes
Ou janelas, nem sequer portas...
A vida, é um circo de redes
E trapézios tão fatais
Onde há luzes e sons e ais,
Mas quando morrem os mortais
Morre tudo como vedes,
Levados num remoinho
Como a velhinha casinha, meu ninho.

(Carlos De Castro, In Poesia Do Meu Chorar, em 21-07-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠AMOR DE SALVAÇÃO

Vem, amor de salvação - ao nosso ninho
Que construimos no chão - de mansinho,
De penas, musgo, paixão - tão maciinho,
Como pássaros doidos sem perdão.

Vem, amor de salvação, alivia então
Esta dor saudosa e assaz magoada,
Faz do nosso ninho
Já velhinho ,
A nossa cama, a nossa morada,
Com rodas de algodão
Para percorrer a estrada,
Rumo ao planeta da ficção.

E se as rodas
Tão melindrosas,
Furarem pelo caminho,
Não faz mal:
Ficaremos sempre no nosso ninho,
Esse destino fatal!

Vem, amor de salvação!

(Carlos De Castro, in Há um Livro Por Escrever, em 03-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠(...) Nosso prisioneiro, como todo homem preso, se encontra sem rumo, sem ninho, não pertence a lugar nenhum, apenas existe na memória. Contudo pertencer é habitar, fazer parte. Mas pertencer é mais que estar presente como ornato. Pertencer é compor, no sentido pleno, ser coautor de uma obra em movimento. Primeiro eu me pertenço, habito este universo chamado eu. Sou dono de mim, obra em construção, sendo autor único, posso alterar o curso do projeto de vida. Mas um homem preso não pertence a nada nem se pertence.(...)

Inserida por EvandoCarmo

Passarinho canta para o mundo o que aprendeu no ninho...

Inserida por PoetaFernandoMatos

⁠⁠E um belo dia o joãozinho,
cansado de ficar no ninho,
descobriu que tinha asas
e foi viver feito passarinho.

Inserida por RemissonAniceto

⁠Ficar no ninho do seu abraço é elevar minha alma a um lugar de paz!

Inserida por ValMoni

⁠Para te abraçar,
Usarei o ninho aquecido
Com o calor dos lábios.
Molhados de amor!

Inserida por ValMoni

⁠Passarinho que muito canta caga no ninho.

Inserida por ous3tt

⁠Passarinho enxotado não volta mais ao ninho.

Inserida por MauricioCavalheiro

O homem transformou a convivência humana num ninho de cobras com suas galerias de espelhos para narcisos; mas o céu ainda é aqui.

Inserida por kal_angelus

"No chão da sala um ninho, um calor
A falta preenchida por amor"

Inserida por fandeLucaskallango

Há momentos em que eu me recolho dentro de mim.
Faço um ninho.
Privo-me do barulho externo e ouço os meus próprios pensamentos.
São nesses momentos que tiro para eu me doar de presente. Desembrulho os meus sentimentos, enxergo os meus motivos e dialogo com os meus sonhos adormecidos. Faço colorir em tons e sons o que de melhor posso extrair das minhas vontades; abro possibilidades de reconstrução.
São nesses instantes que me primo em harmonia.
E é assim que eu lanço o melhor que tenho: palavras em silêncio, belezas invisíveis, interpretações das minhas próprias raízes que o mundo tenta arrancar ou simplesmente enterrar.
São nos encontros enigmáticos dos meus ocultos alentos que eu me descubro em simples dose de vida; conta gotas do que sou. E quando tudo está tão claro, inquiro-me novamente. Então, brindo viver em permanente busca dos sentidos: atos, fatos, gente, mundo, eu.
Nunca se acha a resposta de pronto certo, mas tudo se faz querer saber.
É disso que faz a vida dinamizar os seus mistérios.
Entender-se não é tarefa fácil e nem completa.
Mas a gente tenta.
Eu tento!

Inserida por GilBuena

Enquanto estiver preso ao ninho, você não alçará altos voos.

Inserida por gilbearal2

E quando acreditei que podia voar, você me depenou e me pôs de volta ao ninho !
12/10/2017

Inserida por LeoniaTeixeira

Eu viverei eternamente nos cantares
Dos pobres loucos que dos versos fazem o ninho
Eu viverei para a glória dos pesares
Onde quase sucumbi nos teus carinhos

Inserida por pensador

"A madrugada é o aconchego, o ninho e a paz dos poetas, dos amantes das letras e das melodiosas canções de amor".
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)

Inserida por Superjujar

O OUTRO LADO DA MESA DA DOLOROSA SÍNDROME DO NINHO VAZIO

Mães,

Escrevo isso como filha que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhas, saímos de casa.

A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.

Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho pro mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.

Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. Nós, filhas, não lembramos da experiência de querer sair de lá.

Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertadas e desconfortáveis. Talvez algum questionamento do tipo “Mas o que tá acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!” tenha aparecido nas nossas cabeças. Quem sabe até uma mágoa “Por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.

Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.

Nós crescemos, vocês também. Assistimos suas crises existenciais, os conflitos com a idade, o amadurecimento como mãe e a beleza de ser o que se é todos os dias.

Vocês assistiram transformações, pernas crescendo demais, brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.

Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.

Ficamos as duas desconfortáveis com as conversas que mães e filhas têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.

Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.

Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhas, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhuma de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.
As primeiras noites chegando em casa sem ter quem nos esperasse foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta. O cheiro do café quando saíamos do quarto prontas para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.

Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.

O cheiro do meu café fica cada vez mais parecido com o cheiro do seu. A primeira vez lavando o meu banheiro foi engraçada: organizei os produtos de limpeza, prendi o cabelo e vesti a roupa “de fazer faxina” como você sempre fez. Liguei o rádio e lembrei do som dos dias de faxina, as suas músicas preferidas.

O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.

Coloquei uma foto sua perto da cama. Fiz planos durante a semana para que o final de semana ao seu lado fosse aproveitado da melhor maneira possível. Aprendi a me cuidar sozinha, a comer melhor, a deixar a roupa limpa, a organizar meus horários e a casa.

O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.

Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico, foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio.

Inserida por ERIVALDA