Neve
Caçador de rosas
Os cachorros puxando o trenó na velocidade da luz em cima da neve pesada,
a noite do dia "D" querendo chegar com pressa,
os lobos uivando em volta com fome quase implorando para eu ficar,
fumaça da chaminé a vista coração acelerado,
entro na cabana com o espírito renovado, o café e os bolinhos acabaram de sair do forno a lenha,
hora de comemorar nossos três anos de casamento, entrego nas mãos da mulher prometida de todas as minhas vidas as únicas três rosas meio amassadas que ainda restaram lá fora da minha caçada de dois dias.
"Felinos"
Oh' os olhos deles
São tão frios quanto a neve
São tão profundos quanto poços
Tão ariscos quanto um gavião
Tão belos , tão puros
Mas porque tão odiados ?
Por não te lamberem ao chegar em casa
Por não te fazerem
Ficar cansados de tanto brincar
Pobre olhos , tão desprezados
Magoados chateados
Por não serem tão amados
Quanto aos outros ,
Esses olhos amam tanto
Os seres que mais os desprezam
Pobre felino só desejas
Receber o mesmo afeto do ser que
tanto o despreza
Será , será que é tão ruim assim
Retribuir o amor.
O que me resta é só neve em minha mente, o puro e vazio sem nenhuma alma, apenas eu caminhando no inferno gelado e com coisas negativas em minha volta.
Metáfora
A vida é um floco de neve.
Também pode ser uma lata de lixo se você prefere;
A vida é como uma prece.
Mas também pode ser uma melodia simples;
A vida é uma vidraça.
E também pode ser um gume com duas facas...
A liberdade vive na luz do pôr do sol, nos campos verdes e floridos, e na neve
branca, vive na alma e no coração, vive e perpetua-se no tempo e no espaço porque é livre
e isso é o suficiente.
Assim como a Branca de Neve, você estava dormindo, cheio de preconceitos, crenças limitantes, paradigmas e tabus. Você está sendo convidado para um casamento sagrado. Entre no salão com a bandeira do Amor, pois o Amor só é bom para quem ama.
A chave está à sua espera na varanda da frente, no limiar da porta fechada, coberta de neve e manchada de sangue.
#Amnésia_Retrógrada
Um papel em branco
Como a neve do leste do inverno
Nevoeiro a volta do relógio
E o ponteiro morando nesse frio infernal
O Coração amando sem saber
A Gentileza atraindo o ímã sem querer
O Céu tão escuro para quem não consegue enxergar
Tudo quanto o mundo tão surdo para quem consegue me escutar
Amnésia retrógrada
Será que você vai se esquecer de mim algum dia?
Porque se perguntasses para mim
Eu jamais diria sim
Toda vez que eu soubesse que amanhã não é o fim
Amnésia retrógrada
Ontem esqueci quem era
E hoje lembrei quem somos
Simplesmente dois adolescentes brincando de amar
Brincadeira que tornou tudo tão real
Que hoje eu não vivo sem você
Promete ficar comigo até o fim?
E se você me abandonar?
Eu morarei a beira do mar
Os dias passarão eu perdido nas marés procurando alguém para amar como te amei
Maurodarg
Claudia Dimer
Quem se atreve...
Quem se atreve?
Impedir que venha chuva
Ou então fazer cair neve?
A eternizar o tempo
Dessa existência tão breve?
Ou então colorir o vento
Ou deixar o ar mais leve?
Quem se atreve...
Quem se atreve?
A calcular o valor
Que a pobre vida me deve?
Vivemos em uma era singular, muitas vezes rotulada como a “Geração Floco de Neve”. Testemunhamos uma revolução global atípica, onde a menor das contrariedades parece nos ferir profundamente, fragmentando nossa resiliência emocional. Lágrimas são derramadas por trivialidades, como um suflê que não cresceu como esperado. Além disso, as amizades que cultivamos tendem a ser cada vez mais digitais e efêmeras, levantando questionamentos sobre sua autenticidade. A incerteza se faz presente: esses laços virtuais representam conexões verdadeiras?
Inadvertidamente, caímos em armadilhas de autossabotagem, infligindo danos a nós mesmos. Experimentamos uma solidão palpável no mundo concreto, onde o calor humano dos abraços e a contemplação de um pôr do sol sublime se tornam experiências raras. Quando olhamos para trás, somos tomados pelo arrependimento de não ter valorizado cada momento ao lado daqueles que amamos.
Está está a chegar o nosso inverno, inverno sem neve, mas com nevoeiro que o incolor ar fica branco e tira-nos a visão, o nosso inverno dâ-nos noites brancas sem luar, sem céu com as suas estrelas cintilantes, o nevoeiro é tão nevoeiro que a natureza desaparece no seu branco, os animais do inóspito lugar assustados chocam com as árvores, o chofer põe ao máximo os faróis mas em absoluto apenas o branco de nevoeiro, na minha concupiscência experimentei a minha lanterna de 12 pilhas para mostrar o arco-íris à minha namorada, mas, a velós luz não conseguiu transpor o branco da névoa densa. Ora ora, não é que o som da buzina ás cambalhotas chegou aos nossos ouvidos, rompeu o disruptivo nevoeiro para evitar que o acidente acontecesse e aí começou a conversa das buzinas até o nevoeiro ceder para o orvalho.
MAIS ALVA QUE A NEVE
A confiança é tudo para mim, e a minha tristeza em meus olhos querem te dizer algo, e meus sorrisos te aproxima de Deus, sou amável com você e te guio por todos os lugares não desconfie de mim, o amor não tem tristeza não tem inveja e nem rancor, ele é puro e amável e es agradável para os olhos humanos sem temor a nada sem nada e o nada, meu coração e minha paixão te desperta, e quero sentir o amor e ser amado(A) por você meu grande amor eterno amor, e o medo se abala, o tempo não conserva mais os meus olhos e eu só com desespero fico só e te guio como uma paixão eterna do meu doloroso amor
Já fui neve no mar, já fui espada na mão (José Afonso)
No passado sofri de algumas vaidades. Mas calei que prefiro ser neve no mar do que poeira pisada, caída no chão. Ser a neve que se funde com o mar é ser a frescura que sabe de antemão que muita gente lhe vai perguntar: quando cantaremos o Hino da Libertação?
No passado sofri de algumas vaidades. Mas agora, que vivo sem sedução, digo: ser neve que se fundiu com o mar é ser como a estrela que se fundiu com o céu (coisa que, antes, a estrela sempre temeu) e nele brilha mas sem chamar à atenção.
No passado sofri de algumas vaidades mas não falei de ser espada na mão. Hoje, que sou a neve caída no mar, muitas vezes me interrogo: ser lâmina afiada em ereção não será entrar no estranho jogo dos que põem pessoas a sangrar e querem sentir vida a pulsar no seu coração? Mais logo, quando a Musa Menina chegar, me dirá se tenho ou não tenho razão.
Como a Neve no Verão,
e como a chuva na sega.
Assim não é conveniente o julgamento dos outros na Minha vida
Anna: Arendelle está debaixo de neve.
Elsa: O quê?
Anna: É que tu espalhaste o inverno interno em todo lado.
Elsa: Não pode ser!
Anna: Não faz mal, nós podemos resolver.
Elsa: Não posso nada, eu não sei como.
Anna: Podes, eu sei que podes.
No inverno, a natureza descansa, Em um manto branco de frio. Mas mesmo sob o gelo e a neve, A vida aguarda seu renascer.