Neve
Se não te ligou nem no natal...ignore o frio da neve que insiste cair fora do tempo... Olhe-a pela última vez no retrovisor e siga em frente!
Seus passos apressados esmagavam a neve que caia, sobre a rua do silêncio, na madrugada fria.
Uma menina e um poema:
‘Eu quero acreditar
Eu quero sim
Quero continuar
Lutando até o fim
Eu quero sonhar
Com a felicidade, ou algo assim
Eu quero deixar
Em você um pouco de mim’
Muita neve, uma casa e um melhor amigo
Uma menina, um poema e o amor não correspondido
Aquele foi seu ultimo dia, aquela era sua ultima noite, e no fundo ela sabia.
Uma sonhadora de 14 anos... Seu nome era Sophia
Branca, mas "brancura" de neve
Calma, como brisa que serena
Tão segura, espera que o tempo não acaba
Alegre, trás alegoria
Risonha, transmite o riso no olhar
Insiste, brilha tanto que se perde o ar
Atenta, sempre que se anseia
Esperta, consegui sempre alcançar
Erros teus, são feitos de pensar
Justa, como feita pelo certo
Irritada, esbraveja vontade de se adoçar
Irada, mais calmaria não há
Natural, mulher tão bem feita
Traz as cores do outono, tentação
Misturas, como puderes mudar a estação
Fez o sol nascer mais tarde, atrasou o giro do luar
Transformou, o amor em eclipse
Voou, para cada astro voltar pro seu lugar
Eu acho que todo mundo deveria ter a oportunidade de ver a neve, nem que fosse uma única vez na vida. Nem palavras e nem fotos são capazes de descrever a sensação de ver uma paisagem que mistura neve e sol... E só quem já teve esse privilégio é que sabe exatamente o que eu quero dizer com isso! ;)
Eu acho que todo mundo deveria ter a oportunidade de ver a neve, nem que fosse uma única vez na vida. ;)
Tão rápido como o vento tão frio quanto a neve você passou deixando em mim um rastro de fogo que queima mesmo em dias de chuva.
SÉRIE LUA IV
Luar dos apaixonados,
branco como neve a brilhar.
Lança raios prateados,
acorda corações para amar.
Junta casais enamorados,
que loucos se poem a beijar.
Sobe lua branca, e vem,
nos dê seu doce luar.
Hoje ninguém existe.
Nem o meio termo nem a saudade,
O sol poente e a neve dos altos montes
Longínquos como temos sido
Acabou agora mesmo de cessar.
Hoje toca o sino da igreja
Que assinala o nosso fim
Estende-se fúnebre pelas casas e pelas ruas
E desvanece como que perdido
Assim nós o temos sido.
Hoje nada é nada.
Nós somos como pó no meio da estrada,
Somos relembrados, somos esquecidos,
Somos uma tempestade e um vendaval,
Uma origem e um final...
Parecia uma noite estrelada, aproximou-se alguém.
Senti-lhe as mãos, eram geladas como a neve.
As suas mãos transportavam sonhos e esperança, e o seu cheiro era aquele aroma que veio das rosas.
Senti as suas mãos tocarem na minha cara, eram livres para fazer qualquer coisa.
Toquei-lhe nas mãos, estavam frias e sem força, e aqueles dedos que eu senti, eram grandes e formosos.
Ele aproximou-se cada vez mais de mim, o meu coração batia cada vez mais forte e eu tremia de nervos.
Ele passou as suas mãos, já quentes, pelo o meu cabelo.
Transpiravam alegria, saudade e algum mistério.
Ele abraçou-me com as suas mãos suaves e com delicadeza.
Agarrou-me pela cintura como se fosse despedir de mim.
As suas mãos tinham aquela suavidade, tranquilidade, fiquei seduzida por elas.
Continuou a agarrar-me com mais força, com as suas mãos macias e finalmente deu-me um beijo foi intenso e profundo.
Se perguntarem por mim,
diga que vou pela estrada,
misturando o sal da neve
ao sal das minhas lágrimas,
diga também que um grande frio me acompanha
Solidão e medo
Olhei a torre em meio à neve,
Eu estava só na cena.
O mar silenciado pelo gelo.
Europa fria a me doer,
Meu mundo congelado...
Amedrontado,
Tudo em volta tão triste,
Nada de banho de chuva,
Nada de ciúmes da tua roupa,
Nada de arrancar suspiros como na canção.
Só... Solidão e medo.
Lembranças...
Dos beijos
Do perfume,
Dos teus chiliques,
Das noites chiques.
Fondue, vinho, passeios...
Eu e você.
Excitante barulho do chuveiro,
Do show animado, deslizes gelados,
Sorrisos fotografados,
Carícias e olhos molhados.
Tempos de amor, tempos de ser amado,
Tempos pelo próprio tempo sepultado.
A primavera morta em sementes amanhecidas de escárnio não idolatra a fria neve que escorre dos grandes olhos marfins, cresce perdida entre valsas de pássaros que nas rosas encontra o mais singelo labirinto, declina as musas o tenro papel dourado que há muito era o ouro destilado, mas que por ora se envenena da mais lúgubre história, cansa-se em desejos e repousa na memória.
Assim como um dia de verão ensolarado de céu limpo, nuvens brancas como neve ao cair de uma noite fria de inverno, sejamos admiráveis e encantadores, fazendo dos nossos dias paisagens do campo perfumado pelas flores que exala o seu cheiro.
Dama do Inverno
A brisa gélida toca sua pele
Um floco de neve cai em sua mão,
Pingos de água embaçam sua visão
Mas ela esta feliz, seu coração ainda é dele
Dele? Ele? Quem é Ele?
Amor, sua existência, sua razão
Seu ódio, seu rancor, sua escuridão
Ele é o tudo e o nada, e tudo se encontra nele
O seu coração onde esta?
Seu coração o que Buscara?
“A dama do inverno só sabe amar”
Seu coração busca alguém, com os mesmos desejos
Seu coração quer alguém que lhe encha de cortejos
Seu coração busca alguém para compartilhar, “seu amor”.
Já quis muita coisa, uma casa na árvore, ver a neve, tocá-la, criar um boneco de neve, levar o boneco pra casa na árvore, criar uma casa de neve... na árvore, fazer uma árvore de neve, ou um boneco de árvore. Não importa. Já quis muitas coisas, de várias formas. Eu costumava sonhar, e pensar um pouco além. Mas quanto mais você sabe, menos desejaria saber. Eu quis a casa na árvore, tive, e no dia seguinte aquilo era apenas um monte de tábua em cima de um tronco, e eu era um idiota. Quis ver a neve, demorei quase vinte anos pra isso, e quando vi, descobri que era tão interessante quanto dentro da minha geladeira. E eu era um idiota com frio. Cheguei a imaginar que havia algo mágico por trás de tudo, um duende ou o Jack Frost, era bem mais legal na minha cabeça. Os filmes nos passam essa ideia, mas não dizem que você vai furar a mão com o prego e pegar pneumonia. Saber demais estraga a magia. Ando evitando fazer perguntas pras pessoas que amo, assim consigo amá-las por muito mais tempo.
A Neve
Às vezes nevava.
O céu oferecia a neve para poder entrar na folia,
como qualquer de nós cedia a bola para entrar no jogo.
Os dedos só gelavam nos primeiros instantes.
Daí a pouco tempo, as mãos ardiam como brasas.
Às vezes nevava.
Era um lençol branco e imenso, quase sem limites.
Mesmo assim, alguns levavam braçadas de neve para casa,
na esperança de que assim não derretesse.
Uma qualquer espécie de alquimia
haveria de conservar o gelo
e transforma-lo em miragem perene e mágica,
para íntimo deleite.
Às vezes nevava.
Fazíamos anafados bonecos com apêndices postiços,
bolas de arremesso,
construções que a imaginação
e a quantidade de gelo permitiam,
escorregas improvisados.
Às vezes nevava
sem sabermos muito bem porquê,
nem o préstimo de tanta alvura.