Nem tudo que Balança Cai
As coisas simples da vida
Quem há de reparar numa gota de orvalho que cai numa manhã transbordante de primavera? Coisas assim passam despercebidas aos olhos comuns de quem vive ocupado com coisas supérfluas que não alteram de modo algum o meio onde vive. Contemplar a natureza e seus indivíduos tem sido banal atualmente, pois a tecnologia e a evolução tem tomado todo o tempo dos cidadãos reféns deles mesmos esquecendo-se de sua maior riqueza, as coisas simples que a vida oferece.
Escuridão
“Sempre que a noite cai, vem aquele sentimento de dúvida quanto ao amanhã, pois cada dia é uma luta a mais na vida de pobres mortais, que sobrevivem à mercê de serem esgotados para a obtenção de lucros dirigidos às pessoas sem almas das obscuras metrópoles.”
O pequeno errante Arameu, desce um morro e comtempla o horizonte, de longe cai a mesma chuva cinza que tanto lhe persegue e dificulta o caminhar...
Por um segundo imagina o céu como antes, a vida como antes...
O Sol o ar puro e as pessoas ...
Há as pessoas essas sim, conclui o Arameu, são o que lhe mais fazem falta...
Muito embora o fardo de andar le seja pesado, alivia a lembrança dos momentos...
Mover do Amor
Quando o limálio do ferro em brasa.
Se atrita e cai ao chão.
Também cai o grão na terra.
E novamente nasce o pão.
As águas que movem os sonhos.
Procurando procurando se queimar.
E assim desde o começo.
"Creando" tudo. No mesmo lugar.
Muda-se os sonhos. Muda-se a geração.
Só não muda, a terra . Capricho
e ilusão.
Quando forte se faz atrito.
Desbastar é preciso..
Se a fome se faz vício.
Deves pão para compartilhar.
E a ideia de pensar.
já de tudo saber?
Abaixa o fogo e amorna a água.
Do que precisava aprender.
Banhar novamente nas águas.
Onde o fogo não apaga.
E não queima em se fulgor.
Esse fogo que tudo agita.
move os mundos e não se atrita.
Só conhece como verdadeiro.
Todos os atos que por inteiro.
Foram realizados.
Pelo mover do Amor.
marcos fereS
Hoje ouço
Uma chuva que cai no telhado,
Pingos a Pingo parece mais uma canção,
Ou alguém querendo fala algo,
Mais tudo isso me lembro de você todo molhado...
E tão lindo! Ah chuva quantas lembranças...
Uma chuva para lavar alma...
Umas lágrimas cai dos meus olhos,
Talvez a presença dele me faz lembrar
Quando tudo começou.
Começou a tocar "por você"na voz de Frejat no rádio e se eu já estava derretida, eu caí, eu mergulhei, eu me afoguei nas calmarias arrasadoras do amor. Eu o beijei com doçura e ele correspondeu, e eu segurei o "eu te amo" para não explodir em palavras, em versos insanos e em sentimentalismo. Segurei porque a menor demonstração de sentimentalismo poderia estragar tudo, podia fazê-lo nunca mais me querer, já que o mundo é dos que não sentem, não amam,praticam a lei do desapego como se fosse essencial para a sobrevivência da espécie humana. O que eu queria mesmo era gritar que eu o amava, que ele era minha fraqueza, meu delírio, minha droga preferida, que por ele eu faria todas as coisas que Frejat dizia na música e ainda mais, que devíamos ser felizes agora porque amanhã ninguém sabe...Mas só o que consegui foi deitar a cabeça no ombro dele e ficar sufocando com as palavras que eu não disse.
Já caí inúmeras vezes achando que não iria me reerguer,
já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
...
Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar nossas fraquezas.
A folha cai.
o mar, a brisa,o olhar,os sentidos,os amores.
E tudo o que a de belo, pode ser destruido pelo homem.
Cafajeste sempre se faz de gentil e amoroso no começo, mas sua máscara logo cai! Sua maneira
Imbecil de ser.
Sou a peça do mestre que se parte em mil pedaços.
Sou a árvore que com o vento abana e não cai.
Sou a tolerância que nas sombras dança.
Sou o mistério feito ministério.
Água Encantada...
Cai uma chuva miúda
Água encantada em mil pingos
Parecem lágrimas tais como minhas mais profundas agonias
Eterna é esta neblina provocada
nas noites de
Viajante das arruinadas alvoradas
Navegadora de canoas de papel
Uma aura de fresca brisa veio do mar rumo
Ao meu coração... Bússola dos meus mais profundos
Sentires
Sequei a água dos olhos que rolavam nas faces
E vi minhas dores serem engolidas por um furioso rio...
O que eu posso fazer
Para não cai agora?
Para não chorar e manter esse sorriso falso
Para continuar seguindo mesmo sem forças para isso
Tudo está caindo ao redor
Tudo está desabando sobre mim
Mesmo que eu respire, continuarei sufocada
Mesmo que eu fuja, uma hora terei que voltar
Tento me manter em pé
Em meio ao um terremoto dentro de mim
Agora você está tentando me achar
Mesmo sabendo que não sou visível ao seu olhar
Agora você está tentando me escutar
Mesmo sabendo que meus gritos são silenciosos
Agora você está tentando lembrar
Mesmo sabendo que não consegue
Pois eu nunca estive de verdade aqui
Eu nunca deixei ninguém ver
Eu nunca contei a ninguém
Eu nunca gritei por ajuda
Eu nunca tentei sair da aqui
E agora, eu não consigo mais
Porque eu era tola
Eu pensei que conseguiria sozinha
Eu pensei que daria tempo
Eu pensei que alguém iria me ver
Eu pensei que alguém me escutaria
Eu pensei que alguém me salvaria