Nem sempre
Não há, nunca houve, nem nunca haverá um homem que seja sempre censurado, ou um homem que seja sempre louvado.
Sempre se admitiu que a poesia participava do divino porque eleva e arma o espírito submetendo a aparência das coisas aos desejos da alma, enquanto a razão constrange e submete o espírito à natureza das coisas.
Não se pode dizer que o que é inteligível seja sempre belo, mas com certeza o belo é sempre inteligível, ou, pelo menos, deve sê-lo.
A estima assenta sempre em qualquer fundo, e não se estima ninguém quando se estima todo o mundo.
Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.
Todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis.
A palavra sábia é aquela que, dita a uma criança, é sempre compreendida sem a necessidade de explicações.