Nem Pato nem Cisne
E quando o Patinho Feio virou Cisne?
Quando ele se olhou de verdade, quando ele conseguiu se enxergar pelos olhos da alma. Ele viu que ele era perfeito do jeito que ele era. Quando ele descobriu isso; ele conseguiu olhar para os outros, encontrar os seus iguais.
Sabe aquelas histórias que contam para as meninas? Como a do patinho feio que um dia se torna cisne? E a que as larvas um dia viram borboletas? Bom, eu, no fim da história, permaneci uma larva.
CISNE SOLITÁRIO – II
Mário Frigéri
Singrando um lago levemente arensa
Cisne mais níveo do que a neve alpina,
Enquanto a Lua, por entre a neblina,
Prateia a Terra de uma altura imensa.
Minh’alma sonha e, cismadora, pensa
Na doce amada que a mim se destina...
Onde estará essa musa divina
Cuja miragem meu sonhar incensa?
E segue o cisne a deslizar sozinho,
Ao par chamando sonhadoramente,
Placidamente a sussurrar baixinho.
Entre sonhares fluidos e risonhos,
Como esse cisne, também sigo em frente,
A procurar o cisne dos meus sonhos...
O Cisne Branco e o Cisne Negro em um momento lúdico como se fossem o dia e a noite dançando sob o brilho das estrelas, a pureza com um ar de mistério, a luz e a escuridão numa relação incomum, pacífica, emocionante e ao mesmo tempo, surpreendente, um medo principiante diante do desconhecido, entretanto, temporário, logo cede o espaço ao deslumbramento, congelando por alguns instantes a realidade, um lindo lago congelado que permanece vivo, conceito baseado nesta essencialidade, duas verdades coexistindo numa forte intensidade.
O fraco que imita o forte fica mais frangote. Assim como a versão que a galinha que segue o pato morre afogada.
Pato Feio ou Pato Conformado?
Não cometa o mesmo erro que ele... Se auto julgar inferior por não seguir um padrão imposto pela sociedade... mal sabe ele que a diferença é mais bela que a repetição ....
Reflita... não seja mais um pato qualquer, lute para se tornar um alguém diferente, defenda suas essências, porque melhor do que ser como os outros é ser ÚNICO.
O Que há em Belém?
Tem vatapá
Tem tacacá.
Tem açaí.
Tem pato no tucupí.
Tem peixe frito.
Tem caldeirada.
Tem mexilhão.
Também não falta o camarão.
Tem taperebá.
Tem cupuaçu.
Não se pode esquecer o bacuri,
Com seu sabor singular.
Não há quem deixe de apreciar.
Uma riqueza sem fim, vinda do seu interior.
E isso é apenas uma amostra
Do posso encontrar
Na capital do meu Pará!
O POVO É QUEM PAGA A CONTA
Olha o pato que paga a conta!
Olha a conta que paga o pato!
Mas a paga do pato conta?
Vale a conta que o pato paga?
Não precisa fazer a conta
Pra saber o valor do prato?
Mas se a gente não paga a conta
Quem é que vai pagar o pato?
Só precisa fazer de conta
Que o pato é quem paga o prato?
Coitado do dono da conta
Ou coitado do pobre do pato?
O governo é quem faz a conta
E o povo é quem come o prato?
É tanto imposto que conta,
Tanto dinheiro pro rato!
No fim só nos sobra a monta:
Pagar o valor do prato;
Governo é quem faz a conta
E o povo é quem paga o pato!
O pato e a galinha
Imponente e bem seguro, Lorde-pato aprumou-se à beira da lagoa. Passeou o olhar pela superfície plácida que se estendia a sua frente e à margem verdejante, antes de arriscar alguns passos vacilantes. O sol, decerto lhe fez mal. Perambulou até encontrar descanso nas raízes de um tronco e ali adormeceu.
Algumas horas depois, acordou com um leve toque em suas asas.
– Não está me escutando, galinha Arabel?
– Quem? – questionou o pato, ainda sonolento – Uma galinha?
Mas a voz insistiu:
– A senhora anda muito dorminhoca ultimamente... – disse a toupeira risonha para um pato agora acordado e muito perplexo. – Esqueceu-se de que me pediu notícias de sua irmã no sítio vizinho?
O Pato não se conteve: – Dona Toupeira, acaso está me confundindo com uma galinha? Não vê que sou Lorde-pato?
A toupeira emitiu um ruído de surpresa – Ora, mil perdões, Sr. Pato. Ao tocar sua plumagem tão macia, pensei que se tratasse de Arabel. Não enxergo quase nada e, por isso, sempre marcamos nossos encontros próximos ao Ipê.
– Pois bem! Era só o que me faltava! Uma toupeira a tratar-me feito galinha...
– E ambos não possuem um parentesco próximo? Qual o motivo da ofensa?
– Ora, pois! O fato de ser um mamífero não o eleva a condição de uma ovelha!
– Nem o pretendo ser – ponderou a toupeira constrangida.
O pato se levantou e bateu as asas num protesto.
– Caso não saiba, sou doutor na arte de ensinar a postura ideal às aves da Fazenda. Tenho títulos e prêmios que venho adquirindo a cada torneio. Já fui campeão três vezes na modalidade mergulho e meus voos atraem visitantes de todos os cantos, pois foram registrados como aparições inesquecíveis. E, num engano infeliz, vem o senhor atribuir-me a qualidade medíocre de uma galinha.
Nesse momento, já presenciando o diálogo há algum tempo, protestou Arabel:
– Ei, calma aí! Posso saber como se dá o direito de me chamar de medíocre? Sou mãe de mais de duzentos filhos... pintos que fui obrigada a ver partir sem escolha. Eu e minhas companheiras contribuímos para o sustento da fazenda com nossos ovos e ciscamos todo o terreiro ao redor da casa, recolhendo insetos, impurezas e até serpentes. Não se esqueça de que fazemos parceria na cata de parasitas do gado. Além disso, os galos anunciam cada amanhecer, cronometrando o tempo de descanso e lida dos trabalhadores. Está certo, patos são patos e galinhas são galinhas. Somos aves diferentes, papéis diferentes, mas ainda assim aves e nossas conquistas ou títulos não nos segregam em categoria de melhor ou pior. Não exiba seus prêmios como se fossem capazes de diminuir a minha história de vida. e se quer um conselho desta galinha que voz fala, não perca tempo em provar que é superior, a verdadeira sabedoria não está no fato de se tornar um mestre, lorde ou seja lá o que for, mas em reconhecer as diversidades e entender que além do que somos ou podemos ser, existe um mundo ao nosso redor. O que é grande se revela por si só.
Após trocar algumas palavras com a toupeira e marcar novo encontro, a galinha partiu ofendida. E lorde-pato esteve a refletir sobre a colocação de Arabel durante toda a noite. Afinal, sempre se preocupou tanto em aperfeiçoar-se para ensinar os outros patos, que se esqueceu de aprender.
Na manhã seguinte, o pato tomou uma decisão. Sua influência de mestre não seria em vão. Até a próxima temporada, estaria aberto o centro de reflexões filosóficas para as jovens aves. Seria um espaço ideal para a convivência dos filhotes que, independentemente da origem, iniciariam seu desenvolvimento interior, na arte de saber respeitar e valorizar as diferenças, desde a mais tenra idade.
A semelhança entre a nota musical, o pato e o pichador é a seguinte:
A nota musical é filha da pauta,
o pato é filho da pata
e o pichador é filho da pátria.
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