Nem Cicatrizes Deixam
O que não te mata, também não te fortalece. toda ferida gera cicatrizes e cicatrizes são para sempre.
Coleciono sonhos, amores, cicatrizes.
Toda e qualquer variação do que fui ainda reside em mim.
As decepções e dores passadas, não foram compensadas pelas alegrias de agora. Talvez, nunca serão.
Entretanto, sinto que as primeiras vão perdendo sua força, pouco a pouco, e já não incomodam tanto.
Já as alegrias, essas parecem iluminar mais forte a minha alma, como se eu pudesse percebê-las com novos sentidos.
Descubro em cada caminho novidades e destinos. Existem coleções inéditas a serem formadas.
A verdadeira cura não é apagar as cicatrizes, mas usá-las como um mapa que o guiará para uma nova versão de si mesmo.
"Pode ser difícil identificar as cicatrizes da violência psicológica, já que muitas delas residem nas profundezas da alma. No entanto, ao reconhecer a necessidade de respeito mútuo e saúde emocional, nos capacitamos para romper as cadeias do silêncio. Lembremos sempre que o verdadeiro amor nutre, nunca sufoca; e é na coragem de buscar ajuda e reivindicar nosso próprio valor que encontramos a força para romper os laços de uma relação que apenas simula ser amor."
O tempo é um espaço aberto para curar cicatrizes que a vida nos traz, o tempo é o meu aliado a cada minuto, então irei aproveitá-lo da melhor forma possível e ser resistente quanto as circunstâncias da vida.
Erasmo R. Pérgola
Meu coração é de metal, forjado no calor de batalhas passadas, endurecido por cicatrizes visíveis e invisíveis. Cada batida é um eco surdo, marcado pela resistência de quem já se feriu demais para sentir com a mesma intensidade de outrora. Nas minhas veias, não há paixão impetuosa, mas um sangue frio como o gelo, que percorre meu corpo com calma, lembrando-me que a emoção agora se submete à razão.
Ainda assim, mesmo com essa couraça, há um brilho tênue que resiste. Porque, apesar do metal, há um pulsar sutil que não se apaga. Talvez seja a lembrança de um amor que um dia aqueceu esse sangue gelado, ou a esperança, ainda que pequena, de que um dia o calor retorne.
E quem sabe, um toque delicado, um olhar profundo, seja capaz de derreter o gelo, suavizar o metal e relembrar-me do que é sentir com a alma desnuda.
Demônios
Suas cicatrizes falam, elas contam sua história.
Um belo poema de amor e ódio seu passado demoníaco está marcado nesses cortes em você, que gritam sobre as lembranças mais assustadoras da sua cabeça.
Demônios mentais fazem você pensar que tudo está perdido e às vezes até imaginar, Como está viva? Como está falando? E a resposta é, não sabemos nem eu, nem você.
Essa é sua vida, se marcar de desgraças e contá-las nos mais belos poemas e contos.
E essa foi a saída que você encontrou para não ter que sair dessa vida, afinal, não há um artista neste mundo que nunca se quer
exorcizou um de seus demônios em alguma de suas obras…
Sou feito de Luz,
De Cicatrizes
E Também de Gratidão!
Sou feito de Histórias,
Guardo memórias lindas,
Absorvi no tempo as marcas que foram se eternizando
E permitiram que eu me tornasse o que Sou!
Vivi grandes batalhas, algumas silenciosas
Outras contadas no tempo!
Não me tornei um personagem épico daqueles que as narrativas históricas apontam e desenham como se fossem imortais…
Sou real,
De uma vida feita de retalhos, de tardes à sombra de uma árvore,
De memórias de risos de crianças à beira de um rio no entardecer de um domingo qualquer,
Dos pés descalços debaixo dos pinheiros procurando o gramado molhado pelo sereno no anoitecer…
Sim!
Eu carrego cicatrizes,
Nos olhos, nas mãos, nos ossos,
No corpo e na alma!
Aprendi que são necessárias
Pois o que é de um homem sem suas cicatrizes,
Suas memórias,
Suas Histórias?
Ah, eu canto vitórias,
Elevo meu canto ao Soberano Deus
Que tanto me deu,
Que tanto bem me faz
E meu canto é de gratidão…
Gratidão pelos rios que vi passar em minha vida e sei que lá, muito longe, encontraram o mar…
Gratidão pelas flores que plantei e as espigas de milho que colho,
O arroz que malhei
A enxada que carreguei nos ombros
Ainda menino no meio dos trigais,
Coberto pelos milharais
Com um milhão de coisas para contar!
Sim!
Eu sou feito de Gratidão!
100% do meu Ser irradia Gratidão e paz,
Derramo flores pelos caminhos,
Colhi tantos frutos lindos que só Deus pode compreender a infinitude desse sentimento…
No altar não acendi velas,
Levo as luzes
Das quais me fiz e me tornei
No decorrer do tempo
Ao escrever minha História…
Levo comigo rostos da infância,
De adolescentes brincando nos gramados, caindo e escorregando na lama…
Eu sou feito de memórias, de histórias, as mais lindas, aquelas que encantam…
[…]
E eu vejo um rio de sonhos
Onde os meus se transportam
E crescem até chegar no mar…
Eu sou Luz,
Me vesti de pura luz e me embriaguei
Da grandiosidade do amor de Deus,
Que me veste de sonhos em cada anoitecer
E me permite acordar sorrindo
Porque eu conquistei o que Ele me pediu,
E dos talentos que recebi
Multipliquei por dez, cem, mil, milhões
Tão bom é o tempo que Ele me concede
Para buscar estrelas nos olhos de um idoso, doente, enfermo
E colher sorrisos nas crianças, nas pessoas puras
De cuja bondade a vida é feita!
Eu sou luz!
Eu sou um pouco de tudo isso
Mas o melhor de tudo
É que o que sou
Ninguém poderá ser!
O que vivi e viverei
Ninguém poderá viver!
Porque cada um é único
E emana luz
Ou desaparece na escuridão…
…
(Proibida reprodução)
(Texto parcial)
Eu a encontrei num tempo de cicatrizes, marcas deixadas por mãos que não souberam cuidar. Cada ferida parecia lembrar histórias passadas de promessas falhas, de sonhos que se perderam e do medo de amar que agora morava em seu coração. Ela carregava as marcas de quem passou de mão em mão, esperando, quem sabe, encontrar um porto seguro, mas sem ter conhecido um cuidado verdadeiro.
Mesmo assim, enxerguei nela algo especial, uma possibilidade de construir algo novo, de dar certo. Era como se eu tivesse encontrado um solo que merecia florescer, ainda que tivesse sido pisoteado tantas vezes. Em sua dor, vi não apenas as cicatrizes, mas uma alma que ansiava por recomeço, mesmo que ela não soubesse ainda.
Mas a cada passo que eu tentava dar em direção a ela, havia uma barreira, uma sombra que rondava seus pensamentos. Ela sabotava os próprios planos, erguendo muralhas de desconfiança e hesitação. Às vezes, parecia que a dor era mais familiar que a esperança, como se temesse que, ao permitir um novo amor, a história se repetisse.
E foi então que percebi: eu não podia curar uma ferida que outro havia deixado. Não estava ali para carregar o peso de memórias que não eram minhas, nem para refazer promessas que ela nunca recebeu. Então, decidi dar um passo para trás, deixando que ela tivesse seu espaço, permitindo que a saudade revelasse que a minha presença era algo novo, que não vinha acompanhado das sombras que ela conhecera.
Na minha ausência, ela começou a entender. A distância permitiu que ela visse que, ao meu lado, não havia passado a temer, apenas um presente a se construir. Quando nos reencontramos, ela me olhou com olhos diferentes, finalmente reconhecendo que eu não estava ali para ser mais uma passagem, mas para ser uma presença verdadeira, sem segredos ou medos antigos.
Mas depois de tantas tentativas, de tanto insistir e cuidar, esperei em vão que ela abrisse espaço para algo novo. Era como tentar alimentar um coração que respondia com mordidas, uma confiança que eu construía, mas que ela desmoronava na primeira dúvida. Chegou um momento em que o cansaço venceu: não suportei mais dar e não receber o mínimo de atenção ou reconhecimento.
E então, em vez de continuar insistindo, preferi partir. Eu não quis mais ser mordido pelo passado que não era meu. Escolhi ir embora, porque ela precisaria, talvez, perceber a diferença por si só. E assim segui, deixando para trás as feridas que não eram minhas, mas com a paz de quem tentou até o limite.
Evangehlista Araujjo, O criador de histórias
Nos olhos, escondo cicatrizes que falam de batalhas silenciosas, guerras que ninguém vê, mas que moldaram o que sou. Em cada verso, carrego o peso da verdade crua, o fardo de quem sente o mundo em cada detalhe, com a alma exposta e os sonhos despedaçados. Entre memórias doloridas e amores perdidos, reencontro forças para renascer, reconstruindo-me em palavras que vibram e resistem. Porque, no fim, viver é abraçar a incerteza, ser tempestade e calmaria, ser fragmento, mas ainda assim, buscar a eternidade
Quem me vê assim, tão forte, não imagina as cicatrizes que carrego para estar de pé. Minha força é fruto das batalhas silenciosas e superações que ninguém conhece.
Cicatrizes aínda não curadas
Sinto sua Falta todos os dias.
Tento esconder isso de todos.
Mas a verdade é que eu ainda não te superei, e
esse sentimento cresce cada dia mais.
Eu te amo mesmo vc me traindo.
Eu te amo mesmo vc me manipulando.
Eu te amo mesmo que eu que tenha terminado.
Mas eu sei que não podemos voltar, pois você não me fazia bem, e eu não te fazia bem.
Às vezes penso que mesmo depois de tudo que você fez eu ainda me mataria para te salvar.
Eu me odeio por te amar,
Eu me odeio por acreditar que vc pode mudar, Eu me odeio por sentir falta de você.
Mesmo sem falar com você há meses, você ainda consegue me deixar tão mal, sempre que lembro de você.
"O tempo não apaga as cicatrizes do passado, mas ensina a transformá-las em linhas de força, onde cada marca representa uma história de superação e cada curva, um caminho para a resiliência."
Refletir sobre isso pode nos lembrar de que nossas experiências, mesmo as difíceis, nos fortalecem e nos preparam para o futuro.
As cicatrizes que carrego dentro do meu coração, ficou cravado para que sempre que eu olhe para dentro de mim, eu saiba reconhecer o que realmente tem valor.
Quando duas cicatrizes se beijam
Cicatrizes são mapas que o corpo e a alma desenham para nos lembrar de onde viemos. Cada uma conta uma história de dor, de luta e, sobretudo, de sobrevivência. São marcas que carregamos com orgulho, às vezes com vergonha, mas sempre com o peso do que significam. E, por mais que as escondamos, há momentos em que elas se encontram. E, quando isso acontece, pode surgir algo inesperado: a cura.
Duas cicatrizes que se beijam não são um acaso. É como se o universo soubesse que, em meio a tantas dores, existe um remédio escondido na compreensão mútua. Quando encontramos alguém que entende nossas feridas, que reconhece em nossa história um eco da própria, algo se transforma. Não é que a dor desapareça; ela simplesmente deixa de ser solitária.
É curioso como as cicatrizes, ao se tocarem, não competem. Elas não perguntam: “Quem sofreu mais?” ou “De quem foi a queda mais dura?” Elas apenas se reconhecem, como velhos amigos que não precisam de palavras para entender. Uma cicatriz ao lado de outra é um abraço que diz: “Eu sei.”
A cura não acontece porque o outro nos conserta, mas porque, ao olhar para suas marcas, enxergamos que o sofrimento não nos faz únicos — ele nos faz humanos. Ver as feridas do outro é como encontrar um reflexo da nossa, uma confirmação de que não estamos sozinhos na batalha.
E, nesse encontro, algo mágico acontece: nossas cicatrizes, antes fechadas e rígidas, começam a se abrir para algo novo. Talvez seja o riso compartilhado em meio à lembrança de uma dor que já não pesa tanto. Talvez seja o silêncio que respeita o tempo de cada um. Ou talvez seja apenas o ato de estar ali, de oferecer uma presença que cura sem tentar remendar.
Quando duas cicatrizes se beijam, não é sobre apagar as marcas ou fingir que elas nunca existiram. É sobre transformá-las em pontes, em conexões. Porque, no fundo, a cura não é o fim da dor, mas o início de algo maior: a aceitação de que somos inteiros, mesmo com todas as nossas partes quebradas.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia