Néctar
Vou indo,
florindo,
e por onde passo
deixo o néctar
da minha poesia.
Vou espalhando alegria
para neutralizar o sabor amargo
das incompreensões que mofam
as delicadezas do mundo.
Tudo que mais quero nessa vida é que um único beija-flor venha saborear todo néctar que sempre esteve guardado por todo sempre. Só você e mais ninguém terá o que há de mais puro em mim!
Aurora
Era uma flor de jasmim,
Lança! Lança… O perfume
O néctar, os poros da vida.
Era uma jovem na flor da pele,
Era um florescer, um raio sem fim.
Um jovem, sua amada…
Juntos uma noite
Um lençol de sangue.
Um homem sem amigos é como um beija-flor sem o néctar: por mais gracioso que aparente ser, por dentro não está nutrido.
Eu quero sentir quando o amor acontecer,
O sabor da felicidade ao sorver,
O néctar dos lábios de um ser,
Que sua existência resuma o meu viver.
Seu sorriso me faz pisar nas nuvens, seu olhar me leva pras estrelas, seu cheiro é como néctar dos campos de primavera.
O exercício do poder é como flores; o néctar sempre atrai beija-flores, mas os insetos são inevitáveis
Essência Proibida
No paladar, sou o néctar do desejo,
Na mente, a paixão proibida que se revela,
Sou o fogo que incendeia teus pensamentos,
E a chama que queima, ardente e bela.
Sou o horizonte que te faz perder o ar,
A causa dos suspiros e do pulsar acelerado,
Sou o motivo dos arrepios que te percorrem,
E o instigante enigma que tens ao teu lado.
Sou o toque que almejas, suave e intenso,
As mordidas que te levam à loucura,
Sou a tentação que te domina, sem remorso,
E a volúpia que te seduz, com ternura.
Assim sou eu, o sabor, a paixão, o desejo,
A visão que te enfeitiça e te atrai,
Sou a essência de todos os teus anseios,
A pulsante emoção que jamais desvai.
Em você encontrei meu céu e meu inferno.
Você... permitiu sabor em minha vida,
o néctar e o fel, no rompante de meus loucos desejos por ti, fez de mim um ser feliz quando por amor dediquei-me por inteiro,
... não sou metade, não dou metade,
teus olhos ébrio por vaidades e ganância te desprover de fidelidade te ausenta de amor, seu presente de nome traição quebrou as fortes amarras da confiança mas não destruiu o coração que você ainda habitava,
e com a lembrança ainda do doce sabor, eu sedia a aos caprichos deste cego coração que outrora a ingenuidade me desarmou pera vida, sou agora um ambicioso que está disposto a cultivar suas intensas ambições, eu vendi a dignidade, quebrei meu orgulho, barganhei o amor próprio, mas quem brinca com fogo terminará se queimando, quem vende o corpo perde a alma, te inundei com as vaidades,
te deixei com fome de prazeres, de mãos dadas com a luxúria tu me prova que uma vez rei já mais perderás a majestade, me presenteastes com o fel do desprezo...aprendi a enganar o mundo com meu sorriso e uma falsa vontade de viver, tudo por ainda ter... Está fome de você, Se você perder o amor de quem você ama, não se engane este amor você nunca teve o verdadeiro amor não morre.
Refém
Assim como a lua beija o sol.
Assim como o beija suga o néctar das flores.
Assim como o vento murmura em meus ouvidos me fazendo perder a noção do tempo.
Assim como as ondas do mar me fazem naufragar sem eu nela surfar.
A poesia me beija, me suga, me machuca e fico a mercê dela com as mãos entrelaçadas.
Admito,
Ela me faz dela, mais que um refém.
Refém sem saída,
Refém algemado com os pés imóveis sem saber para onde ir.
Até xingo as vezes ela em silêncio.
Mais ela é afoita e teimosa.
Ainda sopra em minha face dizendo:
Tu és meu, tu és meu e quero ver que é que te tira de mim.
Pelas trilhas da vida ela sempre me carrega.
Juntos levamos saudades,inverdades e raridades.
Chegamos até cair das nuvens sem nos bater no chão.
Chegamos até comer aquele precioso salgadinho na beira de qualquer estradão.
E pegando chuvas e poeiras,
Tentamos não deixar rastros para que ninguém nos acompanha nessa jornada que é pura ilusão...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Delicia mesmo é beijar tua boca , provar do teu mel, do teu néctar...delícia mesmo é sentir o teu toque, tua pele , teu calor... é saber que se eu fosse colibri, no jardim do amor, tu seria minha flor predileta..de todas, a única!!!!
IPIRANGA
Entre amigos,
gargalhadas,
poemas a declamar,
ouvidos atentos.
Néctar fermentado,
não me faz tremer,
poema citado,
agora podemos beber.
Beber e ler,
antes do sol nascer,
do bar fechar e
o som desligar.
Pés errados no meio fio,
visão embaçada,
palavras dobradas.
Somos tão jovens,
Como Renato,
selvagens.
Bexigas cheias de cerveja,
banheiros do posto am/pm
pensamentos embaralhados,
ser-veja.
Sentir-se sóbrio após mijar,
apenas mais um efeito do álcool,
que resulta em poesia.
ARREDIO
Sou beija-flor a suplicar lhe o néctar
Sou sol ameno a acariciar lhes as pétalas
Sou poesia escrita em tabuletas sem valor
Sou vaso de barro vazio e as vezes arredio
Mas sempre aberto e pronto
A se encher e transbordar de AMOR.
A flor do poeta
O néctar, a sua alma mais profunda
O pólen que germina em palavras
inspiradas nas tenras folhas esvoaçantes
os mistérios, dos perfumes das pétalas
As cores, o amálgama da beleza,
solidão misturada em fantasias
O caule que a brisa dobra
são sentidos que a poesia abriga
No outono, a flor do poeta
canta folhas secas, nostalgia
A sedução não é mérito da primavera
é o ocluso na bela flor da poesia.
Será que o mais puro néctar que aquele cansado e velho colibri tanto procura está na beleza daquela linda flor?