Necessitados Pobre
AMOR DE UM CORAÇÃO - João Nunes Ventura-02/2017
Pobre violeiro na estrada da vida
Que cantou o amor a sua querida
Nas cordas da sua viola,
Hoje o seu canto é o canto de dor
Já não tem ao seu lado seu amor
De saudade o peito chora.
Lembro-me as estrofes de beleza
Hoje se ouve no canto a tristeza
Lembrança a doce flor,
Um dia ela saiu pegou a estrada
Levou pertences não disse nada
Nem um adeus deixou.
Agora ele canta triste na calçada
Sem amor só a viola é sua amada
Um triste ébrio da rua,
Os beijos que tinha do seu amor
O vento na poeira também levou
Hoje amiga só a lua.
Há tempo a sua ilusão foi embora
E na dor do amor cantando chora
O cantador do sertão,
Felicidade não é canção a chegar
É caminho pela vida a conquistar
O amor de um coração.
Infeliz daquele que não tem sonhos... Pobre de daquele não tem fé... Maldito seja quem possui objetivos se apropriando dos sonhos e fé dos outros.
Pobre os Senhores 'donos do mundo'. Gostaria de viver para ver segurá-lo nas mãos, movê-lo e depois engolir para se sentir mais dono. Corre o grande risco de morrer asfixiado, engasgado, ou, o mais provável, envenenado. O veneno que está nas pessoas deste mundo, habita nesses 'pobres donos' também. Não há mortal que sobreviva a tanto veneno, eles são mortais.
Quem somos nós para ditarmos regras e
caminhos de felicidade a alguém ?
Me diga Quem?
Pobre de quem pensa que pode
desenhar alheios caminhos !
Cada um sabe o que é melhor
pra si .
Deixemos Estar !
A MORTE DOS SONHOS
Há nos escombros de sua pobre mente
Um bicho papão que devora todo o amor
Tudo o que um dia fora doce, desmente...!
Fermenta ali: A raiva. O medo. O rancor...
Fica preso às paredes úmidas de su'alma
Busca o momento propício para a loucura
Até a poesia perde o rumo. A luz. A calma
Rasteja na memória. Sem alento. Sem cura.
Há os que falam dela nos perfis das ruas
A chamam moléstia. Bruxa. Amaldiçoada
Mas só ela sabe. As lembranças são suas...!
De tempos que buscara a face da fantasia
E crera numa carícia de tez branca e alada
Seus sonhos? Jazem, já. Numa lápide fria.
POBRE CÃO!...
CRÔNICA
Não estava nas ruas por acaso...provavelmente alguém o abandonou.
Quando apenas procurava um cantinho pra se esconder e amargar seu sofrimento.
Não muito côrtes,o ordenei que saísse do meu recinto comercial - quando o adentrou no mesmo - raiando com ele severamente; devido ao horrível odor que exalava de uma bicheira, em uma de suas patinhas traseiras.Mas, de imediato, tive que rever o meu gesto: por achar deselegante a maneira como dei aquela ordem imperativa de sua retirada do local.
Com certeza naquele dia já ouvira tantas vezes o mesmo "não" de forma “Sai pra lá cachorro...!” ou pauladas, e pedradas...
Do lado de fora da loja, tentei retificar o meu grave erro, estalei os dedos e o chamei para junto de mim. Eu já desejava contar com sua amizade.Mas ele, arredio, não esboçou nenhum sinal de receptividade ou alegria.
Os bichos também têm sentimentos como a gente... Ficam para baixo, tristes,quando perdem a confiança,a saúde e o desencanto com as pessoas e com a vida.
Eu precisava fazer alguma coisa por ele, além de um olhar de piedade. Dei-lhe um pão; pelo menos assim amenizaria um pouco a dor da fome.
Mas a doença tira o apetite.Sem ânimo até pra comer, somente degustou alguns poucos nacos do alimento.
Dou o maior valor nas ONGs que cuidam desses animais: as pessoas destas instituições têm um espírito enorme e iluminado.
Duas moças passaram nas proximidades,no momento; com as mãos no nariz, disseram em coro: “sai pra lá cachorro!...” Não gostei de ouvir aquilo.
E lembrei-me de buscar um gole d’água para o bichinho... Mas,demorando achar uma vasilha adequada, ao retornar a ele, não mais o vi... E, talvez nunca mais o verei. Por isso, se pudermos fazer o "bem" não devemos demorar muito.
Pobre cão!...Se pudesse falar... pediria um socorro imediato para os seus males.Se tivesse sadio e bem tratado, bonito. Cairia na graça de todos e não sairia do braços,do sofá...da cama. E Não lhe faltaria carinho e amor; mas debilitado daquele jeito, todos o repudiavam e o enxotavam. Até eu vacilei quanto a isso,conforme relato já feito.
E ainda têm pessoa que dizem: "vida boa é de cachorro." Bom seria se pudéssemos viver um "dia de cão" abandonado e doente. Quem sabe assim daríamos mais valor ao nosso‘melhor amigo’ (21.02.17).
Sair da corrida dos ratos é a melhor dica que alguém pode dar. O livro Pai Rico, Pai Pobre dá de presente diversos conceitos sobre educação financeira.
Pequena pobre formiga
Não vê que o tempo passa
e ela só trabalha e procria
Pequena pobre formiga.
Mas ela não tem culpa
De residir numa sociedade normativa
e não criar abstratas expectativas.
CRIE EXPECTATIVAS! Pequena pobre formiga,
Pequena pobre formiga...
Quando um rico empobrece, demora uma eternidade para adaptar-se a pobreza.
Quando um pobre enriquece, demora apenas um segundo para se esquecer da pobreza. O mais importante não é onde estás e nem de onde vens, e sim, como é que chegaste.
Se o devido valor fosse dado,
o pobre e o rico amados, sem conta, sem bens, sem pudor,
olhados só com o coração.
Se a vida em si for vivida,
Vivida pra si, para a vida,
Vivida para o irmão, pra família,
Com a caridade infinita.
Se de fato um sorriso é sincero,
Igualmente ao feio e ao belo,
Igualmente ao certo e ao errado,
Sorrindo assim gerações.
Eis que a vida seria mais bela,
As coisas seriam singelas,
O simples seria o real,
Na terra explosão de amor.
SECA!
A seca é bicho danado
que fica só na espreita
falta pasto para o gado
sem força o pobre se deita
e sem chuva no roçado
o chão fica ressecado
e o sertão não tem colheita
A vida não é nada além de uma
sombra que anda, um pobre ator que
pavoneia e lamuria seu instante
no palco e depois não é mais ouvido:
é um conto contado por um idiota,
cheio de som e fúria, significando nada.