Necessidade
Mais uma vez, a necessidade de mergulhar em letras, enquanto minha respiração ofegante, pensamentos desnecessários, sensações primitivas e totalmente devastadoras tentam me derrubar.
Mais uma vez, não sei ao menos com que letra começar.
Mais uma vez, as frases e a compreensão dos fatos estão cada vez mais distantes de se encontrarem dentro de mim e não sei o que fazer ou o que pensar.
Mais uma vez, aquela velha intuição meticulosa e sorrateira vem assobiando em meus ouvidos como algo fora da realidade tentando me dizer algo no qual sempre me nego a acreditar.
Mais uma vez, a sensação de peito vazio, angústia que não se cura com um chá ou uma sessão de meditação e sono. Apenas vive se alimentando da insegurança que se faz presente a cada chamada na minha mente querendo de todas as formas me ver falhar.
Mais uma vez, preciso buscar entender, ser compreensivo, e apenas deixar aflorar o tempo para as coisas realmente acontecerem. Mas parece que nunca estou errado no que sinto, e gostaria de estar bem errando ao invés de péssimo com esses acertos que só fazem eu me acabar
Mais uma vez, não me sinto guardado do medo do amanhã, dos acasos que a vida apronta e sopros de mistério que ecoam pela minha cabeça, sempre me deixando cada vez mais louco sem saber pra que direção é a correta a trilhar.
Mais uma vez, tenho algo em mim que se chama intuição. Ela belisca, depois aperta o peito, e então bate na porta, e ela nunca bate atoa, é a energia mais pura e verdadeira, é o que meu espírito quer falar.
Mais uma vez, pirei por me perder em pedaços incompreendidos.
Mais uma vez, pirei por me perder em espaços.
Mais uma vez, pirei por me perder.
Mais uma vez, pirei.
Mais uma vez.
As pessoas sempre estão em busca de um perfazer interno. A questão é que essa necessidade molda-se conforme as alternâncias que ocorrem na conjuntura em que elas estão.
O desejo é isso. A necessidade daquilo que não podemos ter. A necessidade do que está prontamente disponível é chamada de ganância.
Quase tudo que o ser o humano faz e diz ser, é por necessidade de ser aceito, afeição e chamar a atenção, não necessariamente se trata do que ele deseja e nem o que é de fato.
PÁSCOA X PANDEMIA
Mais do que nunca, diante os fatos, se faz presente a necessidade de se celebrar a nossa verdadeira páscoa.
Estamos todos naquele mesmo barco que se afunda a cada gemido, e a cada turbulência, causada por ondas crescentes.
Agora é época de renovar para renascer ou reinventar para suportar. De outra forma nos afundaremos nesta maré descomunal, que neste instante, se abate sobre nós. Quer percebamos ou não, em nosso íntimo, sempre fomos um renascer de momentos, porém, muitas vezes para pior. A qualidade que tínhamos ontem, já se perdeu daquilo que somos hoje. Este nascimento aliado à morte e ao renascimento faz parte de uma mesma existência. Desejar que o mundo mudasse é nos auto-ordenar a mudá-lo. Porém um renascer só terá fundamento se incluirmos neste processo a renovação, pois renascer sem renovar é o mesmo que continuar sem vida. A celebração da ressureição de cristo é a maior prova de autenticidade de sua santidade frente ao Criador. A pandemia é o sinal, a desvalorização das virtudes, o motivo, e a cura é nossa necessária redenção. Cristo tem nos mostrado o espetáculo de sua ressureição, não apenas no livro sagrado, mas a cada detalhe do capricho nas flores, a cada uma das inúmeras tonalidades presentes nos colibris, e nas estrelas, além do zelo e cuidado com suas, persistentes criaturas humanas. Se entenderes que a ressureição de Cristo nada acrescentou à sua vida, é porque aquilo que você chama de vida, deveria chamar-se apenas existência, como acontece com os animais. Faça desta páscoa, a tua páscoa. Faça desta ressurreição, a tua ressurreição. Nunca se entregue, pois é somente diante as adversidades que poderemos vislumbrar uma nova oportunidade.
(teorilang)
Demorou bastante mas depois de um tempo eu entendi que não há necessidade da gente querer mostrar pro mundo inteiro tudo isso que somos. Seja o lado bom ou esse caos que nos mantém mais vivos que nunca.
Na certeza da necessidade de descobrir a minha vocação, faz - me saber que não fui chamado: Não tenho dom e nem foi revelado.