Necessidade
SOBRE TEMPESTADES E NOSSA NECESSIDADE DE SERENIDADE INTERIOR
Faz tempo li num texto que a nossa revolta dizia mais sobre nós que sobre os outros, sujeitos causadores da revolta. Não sei bem se concordo muito com isso.
Se a atitude de alguém me incomoda é a mim que incomoda. A pessoa, autora da ação, pode viver-muito-bem-sem-crises-obrigada, mas do outro lado, você, simplesmente, não. É a sua expectativa que gera o problema, não é sequer a ação da outra pessoa em si.
Eu sei que gente evoluída deve se libertar dessa vontade de controle das ações do outro, mesmo que por bondade, ética ou correção. Se alguém decide ser desonesto, egoísta ou sem escrúpulos, isto é escolha dessa pessoa, não é da gente. A gente não tem qualquer poder sobre isso.
Mas é que machuca, né? A sensação de impotência, a vontade de onipotência e de mudar os resultados que afetam tanto a gente.
Acho que já entendi que a revolta é um veneno que só envenena quem a sente. E, na maioria das vezes, não altera muita coisa.
Queria poder me resignar ao fato de que a consciência do outro pertence ao outro, não a qualquer pessoa que seja. De que é o outro o responsável pela ações que pratica, e que é ele mesmo que colherá lá na frente as consequências dessas mesmas ações. Mas é bem difícil não reagir. Diante da injustiça, diante da sacanagem, diante da ganância e do egoísmo. É bem difícil não sentir vontade de bater quando apanha.
E o fato é que não sei bem como agir ou o que fazer nesses casos... Não sei o que fazer com essa minha vontade de muitas vezes ficar brava e "pagar sapo", em alto e bom som, com a intenção quase infantil de que o outro "caia em si" e modifique a atitude.
Mas hoje, apesar de já conseguir rezar pela iluminação divina de tais sujeitos-causadores-de-revolta, eu ainda me indigno. Mesmo que eu, em consciência e em espírito, não queira mais não.
MEMÓRIA
Minha avó fazia café bem doce. Talvez, por uma necessidade de se procriar além dos filhos legítimos. Biscoitos na gordura, pão de queijo no forno, bolo de chocolate em cima da geladeira. O cenário aparentemente bucólico escondia guerra das mais matutas em orvalhos e outras fragrâncias. Cheirava a cozinha um cheiro forte do que se come. No quintal, cheiravam as flores um cheiro que se vislumbra. Alimentar dos produtos da casa vigorava a minha carne. Alimentar do beija-flor que tomava o néctar de hibiscos em diversos matizes alimentava a minha alma. O cachorro latia freneticamente. Eu não sabia que o bichinho também comia: a alegria das folhinhas em domingo. Ao pé da jabuticabeira, meu Drummond chorava todos os lirismos nascidos da terra caudalosa, terra de muitas veredas e rupturas. Minha mãe afagava meus cabelos, o pai e os tios viam futebol, a pequena irmã devorava porções de desenhos animados.
Não fosse eu poeta, esta prosa seria pólvora. Não fosse eu poeta, partículas cintilantes de minha vida perderiam na guerra dos tempos que não se curam: saudade.
O medo se manifesta como um sinal, nos mostrando a necessidade de buscarmos novos desafio e explorarmos novos horizontes; só assim teremos experiências incríveis e conheceremos coisas fantásticas que farão parte eternamente de nossas vidas.
Há muito, mas muito tempo, cerca de trinta ou quarenta minutos, a verdade veio à tona, necessidade incontrolável de mentir para ti.
Educação é conquista de quem busca, e não doação para consumo. É uma necessidade integrativa e não consumitiva.
Falar de amor, é sempre um tema interessante. Isso quando você se rende a sua necessidade de sentir. Vive-lo, senti-lo, partilha-lo; independente da forma reciproca de lhe retribui-lo.
A necessidade de pedir perdão só acontece porque o sentimento de culpa corroê os principais alicerces que se fundamenta a consciência humana.
Não é que a vida seja uma guerra, mas há necessidade de cada um ter seu espaço, e para conquistar isso, há um processo, um preço que muitos não estão dispostos a pagar, mas que poucos concretizam pelo resultado de suas lutas.
É preciso bem entender a verdadeira força das palavras,
sejam escritas ou faladas, e a necessidade de bem usá-las,
ñão esquecendo que uma palavra bem dita, será bendita,
mas uma palavra mal dita...
Osculos e amplexos,
Marcial
É PRECISO BEM USAR AS PALAVRAS
Marcial Salaverry
Para bem usar as palavras, podemos começar lembrando que algo que nem todos entendem, apesar de ser um fato inegável, ou seja, que a real força do mundo, está nas palavras, sejam as ditas, sejam as escritas. Mas as palavras escritas tem mais força, porque é algo que fica marcado, enquanto aquilo que é dito pode ser mais facilmente desdito do que aquilo que foi deixado por escrito. Portanto, é imprescindível bem sabermos usá-las.
Uma declaração de amor feita por palavras sempre merecerá crédito, mas se for escrita, será mais bem aceita. Passa a impressão de maior sinceridade, pois a pessoa amada deixou como que um documento da declaração, assim como se falarmos por telefone que estamos com saudade de alguém, certamente terá o sentir entendido, mas escrever, dizendo de sua saudade, terá maior efeito. Será algo que não ficará apenas na memória, mas diante dos olhos. O bilhete poderá ser lido e relido, e assim, da mesma forma, se falar da tristeza que uma ausência produz. Fazendo por escrito, servirá como alivio, tanto para quem escreve, como para quem lê. Minimiza um pouco a dor da ausencia.
São assim as palavras escritas. Elas indiscutivelmente possuem como que um magnetismo especial, sempre trazendo alivio para quem as lê, libertando mais as emoções, acalentando, dando uma certa tranquilidade quando alentadoras, embora por vezes falem de tristezas, que sempre poderão ser minimizadas se as palavras forem bem usadas...
Principalmente com o advento do computador, elas são capazes de, em poucos minutos, cruzar mares, ultrapassar grandes distancias, levando palavras para todos os cantos do mundo em poucos segundos. Em muitos casos, pode-se perder o autor da mensagem, mas ela sobreviverá ao tempo, deixando sua marca indelével, podendo sobreviver atravessando séculos e gerações, uma vez que elas marcam um momento que será para sempre revivido por todos aqueles que as lerem.
Isso é algo que pode ser constatado, para tanto bastará vermos que os livros são escritos e atravessam séculos, e a qualquer momento, e em qualquer época poderão ser lidos, deixando para sempre registrada a presença de seu autor.
Podemos tudo fazer com as palavras, sejam as escritas, sejam as faladas. Poderemos falar de amor, e amar intensamente. Poderemos provocar e matar saudade. Poderemos pedir, e conseguir aquele perdão de que necessitamos para aliviar uma culpa passada. Muitas vezes um simples Bom Dia, tem um efeito muito especial. Poderemos fazer um carinho para alguém que está triste, oferecendo-lhe palavras de consolo, mas também as palavras podem ter um efeito negativo, se forem mal empregadas, dizendo mentiras que muitos aceitam, e que podem trazer problemas...
Vamos sempre nos lembrar da força das palavras e saber como bem usá-las, para alegrar ao invés de entristecer, acarinhar e não ferir, consolar e não irritar.
"Quem escreve constrói um castelo, e quem lê passa a habitá-lo"
Sábias palavras de meu amigo L'Inconnu.
Com este convite incentivando minhas queridas crianças a ler e escrever mais, desejo UM LINDO DIA, deixando consignado meu desejo de que esse LINDO DIA seja sempre repetido...
Há momentos em que surge a necessidade de uma reflexão sobre o quanto a gente pode suportar as tempestades, sem perder o contato com a realidade e sem desmoronar totalmente. Existe uma dor indescritível dentro de cada uma de suas histórias ruins. Junto com cada decepção tem um peso tremendo pra se suportar. E muitas vezes a gente desaba. E esse mesmo peso, por muitas vezes, permanece em nossas costas. A dor das frustrações gruda na alma e murcha as flores em nosso coração. E mesmo sabendo que esses sentimentos não acrescentam nada de bom em nossa vida, ainda continuamos dando corda e importância para as derrotas, por conta de nossa própria falta de amor e pouca fé. A gente mata nossa esperança muitas vezes. Mas, também, essa eterna luta entre a alegria e a tristeza, é o que nos mantêm vivos, seguindo em frente, na luta pela sobrevivência. É de cada batalha que surgem os novos sonhos e as novas perspectivas. É de cada lagrima que surge o brilho para um novo sorriso. Nada na vida é castigo. O que não for muito bom, é ensinamento. O que não nos engrandece, é só perda de tempo. Mas em todas as passagens podemos compreender que a cada momento de nossa vida, tiramos alguma coisinha pra sabedoria e tiramos muita coisa pra aprendizagem. A gente vai acumulando o conhecimento essencial saber viver. A gente aprende que depois de cada tropeço, precisa muito se reerguer. Cabeça baixa por tristeza não vale a pena. Cabeça erguida princesa, senão a coroa cai e não tem nada de bom proveito no lugar de cada queda. Cabeça erguida princesa, levanta, sacode a poeira, chuta o balde, abre o sorriso e vai! A felicidade te espera!
Meu combustível de vida não é de necessidade é de gratidão. Minha força não vem das leis físicas, vem da fé.
Amizade é a singular necessidade que temos de ser importantes na vida de uma pessoa que amamos incondicionalmente.
Conversas vazias não preencherão a necessidade do seu coração e nem da sua alma, da forma que, apenas uma palavra minha, pode fazer!
Permita-se aos acentos dos tipos é benfeitorias do nada pessoal, é necessidade experiente da consciência temporal.
É difícil ter que decidir na incerteza, diante de uma coercitiva necessidade de arriscar-se dizer sim ou não.
Existem pessoas que precisam humilhar, maltratar, magoar e pisar nos outros, por pura necessidade de se sentirem fortes e não engasgarem no próprio veneno.
As provas da existência de Deus demonstram a NECESSIDADE LÓGICA dessa existência, não a sua FACTUALIDADE. Ademais, toda prova lógica só pode demonstrar a existência de 'algum' deus, no sentido genérico, não a de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, mas, como este é o único Deus que existe, a prova genérica é necessariamente insatisfatória. A fé exige algo mais.
Dizer que existe alguma prova lógica da existência de Deus É O MESMO que dizer que a existência de Deus é logicamente necessária.
[...] Só disse que não se pode atribuir a Ele a 'existência' no sentido em que este termo se aplica às coisas criadas.
[...] a lógica, por si, não pode provar a existência de nada, apenas a necessidade lógica dessa existência, mas, como não existe existência genérica e o próprio Deus não é uma generalidade e sim uma PESSOA real e concreta, a prova lógica deixa escapar o principal, a não ser que seja complementada pelo conhecimento intuitivo direto da AÇÃO divina no mundo, Aí a certeza não é só a da existência de 'algum' Deus, e sim a do NOSSO Deus.
Para encerrar esta coisa: Se a lógica pudesse provar algo mais que a necessidade lógica da existência de um Deus genérico, se ela pudesse, partindo da existência das coisas criadas, provar a existência do NOSSO Deus, a revelação seria inteiramente desnecessária e a Encarnação seria apenas uma redundância. Fim de conversa.
Dou por pressuposta a teoria de Sto. Tomás e tento raciocinar A PARTIR DELA em vez de simplesmente repeti-la. Tal é a obrigação do filósofo. Por essa via, pergunto: Se provamos apenas a necessidade lógica, maximamente cogente, da existência de 'um' Deus criador, provamos apenas a existência de um Ser genérico, não a do NOSSO Deus, Esse Ser genérico existe independentemente e acima das Três Pessoas da Trindade? Se respondemos 'sim', somos muçulmanos; esse Ser é exatamente o que se entende por 'Allah'. Mas se sabemos, pela Revelação, que o Único Deus que existe é o das Três Pessoas, é claro que não podemos nos contentar com a prova lógica e temos de levar a investigação adiante.
Sto. Tomás, na 'Suma Contra os Gentios', deixa claro que a prova da existência de Deus pela dos seres contingentes é válida igualmente para os cristãos, os judeus e os muçulmanos. É portanto evidente que essa prova trata de 'um' Deus genérico e não do NOSSO Deus em particular.
Veja só:
Não há necessidade nenhuma se meter onde não te cabe.
Fica na tua que é bem melhor... Procure se ocupar com o que você ver, que vai ser útil em sua vida...