Navegar
Navegando Conexões
Nas ondas digitais, eu velejo com emoção,
Conectado ao mundo, numa jangada de informação,
Minha home-page, meu refúgio de expressão,
Na vastidão da rede, sigo a minha inspiração.
Com gigabytes de paixão, crio meu próprio site,
Nas linhas e nos versos, o meu sonho ressurge a mil,
Na internet, um universo a me envolver,
No teclado, minha voz, meu jeito de viver.
Em cada clique, uma viagem ao desconhecido,
A vazante da infomaré leva meu conteúdo atrevido,
E nas asas do meu e-mail, mensagens vão voar,
De Calcutá a Helsinque, histórias vêm me encontrar.
Quero promover debates, unir corações distantes,
Reunir tietes de diferentes continentes,
Na rede, ecoa a melodia do meu ser,
Em cada link, a chance de aprender e crescer.
Mas, cuidado, hackers rondam como o marfim,
Vírus misteriosos, desafio sem fim,
No entanto, sigo firme, na web vou navegar,
No encontro de culturas, minha essência encontrar.
Nas letras e nas notas, sou poeta e compositor,
Na sinfonia da vida, sou autor e ator,
Conectando corações, buscando a harmonia,
Nessa imensa teia, sou a voz da poesia.
Que este poema lírico seja o elo em nossa conexão,
Que inspire novos horizontes, plenos de emoção,
Que a internet nos una, além de qualquer fronteira,
E juntos, naveguemos pela vida, na mais bela jornada inteira.
Embarcações navegam em variadas direções
Carregam diferentes cargas ou seguem leves
Enfrentam mar revolto, por vezes
tempestade ou
calmaria
Rumos a favor ou contra o vento,
Diferentes momentos
Assim é a vida !
Que sigamos vivendo e desfrutando dessa nossa viagem sem esquecer do amor ao próximo e da solidariedade tão necessária nessa jornada.
(A)VENTURA
Para sentir-se perdido,
não é necessário constatar-se sem rumo.
Se estiver à deriva,
mesmo que à pouca distância da praia,
próximo à segurança de um porto,
estará perdido se não tiver objetivo.
O que nos leva a navegar não são as velas,
nem os ventos que as fazem avolumar,
muito menos a força das correntezas,
e tampouco o acaso em busca do incerto.
Para estar perdido, basta navegar contra a vontade,
mesmo que em águas rasas e calmas.
Para encontrar-se, é preciso sede de navegar,
para saciar os desafios do desconhecido.
Vontade de aquietar-se, quando calmaria,
ou disposto ao galope dos zimbrados.
Navegar não é somente uma grande aventura;
é, apesar de tudo e de todos, enorme ventura!
Estamos todos navegando no mesmo rio. Uns aprendendo a segurar os remos, outros com apenas um nas mãos. Alguns passando perto da cachoeira e sentindo o turbilhão das águas, outros parados na margem apreciando calmamente seu curso. Uns mais rápidos, outros mais lentos. Porém, não esqueça, estamos todos viajando, cada qual no seu barco, por vezes apreciando a paisagem, por vezes enfrentando a fúria das águas. Aproveite cada metro percorrido deste rio. A viagem valerá a pena.
Navegamos por um oceano de ilusões, tentando alcançar algo real que dê algum sentido a essa viagem.
Quando compreendemos que é possível manter a estabilidade interior, mesmo em meio ao mar revolto, tanto a passagem pelas águas turbulentas como pelas tempestades nos traz ricas experiências e lições.
Naveguei demais...
Sei de uma pessoa
E essa pessoa sou eu,
Que em mares de lágrimas, vezes demais se perdeu.
Foram demais os desembarcadouros e cais
Onde pouco me dei e amei
E nos quais
Morri vezes demais!
E antes que morra de vez
A matar a sede em água salgada,
Queria um mar de rosas, não de estupidez!
Eu sou o mar, marujo de vocação e sem medos tais,
Que embarquei em começos e finais
Demais...
Cheirei maresias, mágoas e horas incertas,
Estive sempre aos meios-dias em praias opostas e múltiplas costas,
Sempre vazias...
Vacilei demais, remei demais, subtraí-me.
Fui, da minha conta, de menos e demais.
Naveguei muito além dela...
Perdoei tempestades e temporais,
Ignorei faróis, piratas, intuições e punhais,
Sempre demais...
Naveguei mares, rios, riachos e até lagunas.
Algumas foram lições, outras alunas
Demais...
Porque o mar não têm terra, só imensidão e gaivotas no ar,
Porque o rio lá vai como a lua, devagar
E o mar...
O mar é revolto, tem um cabo bojador e frio
E margens do rio
São fáceis de ancorar...
Acreditei
Que não havia peso no verbo acreditar
E que podia haver terra no mar!
Deve ser esta a minha sina,
Carregar coisas pesadas e lamber águas salgadas...
Tantas gotas no oceano e nenhuma é doce!
Ó mar salgado, porque não vieste adoçado?
Só que água doce
Não é o mar que a traz...
Em que luares voam passarinhos?
Em que rios estão ninhos a crescer?
Em qual das luas acreditar?
Na do céu ou na do mar?
Por isso te peço amor:
Não me vás além mar, equivocada, tentar encontrar!
E se mesmo assim, teimosa, me achares,
Devolve-me...
Porque me havia de calhar
Tão grande mar pra navegar?
E salgado ainda por cima...
Ninguém navega somente com o conhecimento das águas, mas também com o das estrelas. Na falta de direção, olhe para o alto!
É uma noite fria e escura e
Ninguém está tentando te encontrar
Você está apenas navegando, navegando
Porque nada parece se importar com você
Somos navegantes.
Planejamos a viagem,
traçamos as rotas,
prepararamos a embarcação.
Mas quem de fato determinará
a que destino chegaremos
são o mar, o tempo e o vento.
Estes sempre parecem saber ler melhor nossos corações que nós próprios.
Nunca me perdi navegando por mares desconhecidos...
...fantasia não tem norte ou sul.
Tem infinito!
DESAGUANDO
Você vê minha calmaria
Nem eu conheço minhas águas profundas
Ora quente, ora fria
Também deságuo
Também inundo
O porto é mais seguro
Caso tema naufragar
Mas que graça teria?!
Gostoso mesmo é navegar
Minhas ondas ninguém domina
Certo é se afogar
Lance fora as bagagens
Se permita flutuar
Após conhecer o Oceano
Terra firme enjoará.
Amar... planeta terra
Queria um lindo presente...
Poderia ser o mais belo pôr do sol...
Ou as luzes do arrebol.
Queria o bailar das andorinhas
Das flores coloridas em um eterno jardim...
Que tudo isso fizesse parte do meu quintal.
Queria uma onda do mar...
Pra nela ir e vir...
Navegar por tantos mares...
Conhecer os mais belos lugares...
Uma onda que brilha no amanhecer...
E se recolhe no fundo do mar quando o dia começa a morrer.
Queria um planeta bem redondinho...
Com tudo no seu lugar...
Queria (com)viver só com quem sabe tudo amar.
O mundo que pretendemos conquistar não tem fim. Não tem uma borda da qual se possa cair ou pela qual navegar pela escuridão.
Se aparecesse uma gota d'água a cada vez que eu pensasse em ti, eu navegaria por um oceano infinito.