Navegante
' ONDAS DE EMOÇÃO '
No imenso mar revolto,
Navegante solitária, sou,
até que um dia, eu possa
atracar o meu barco
no porto seguro do amor
Enquanto Penso em ti
navego pelo mar da vida
Abraço essa grande paixão
no silêncio grita seu nome
Bem no fundo do coração
Espero encontrar-te breve
nas ondas da emoção
Saciarei minha sede
Com carinho e devoção
Maria Francisca Leite
Sua família te cria lhe dá um abraço e um beijo vá com Deus...
Seu barco vai navegante sobre as asas do rio...
Por enquanto faça tudo que puder e quando der...
Recebendo ajuda, as crianças são aproveitas e violadas
na violência desta época a vida se chama ter um sustento...
Para tantos um pouco de comida é dignidade.
Na balsa navegante dos sonhos, encontrei o jardim onde poderia colher as lindas rosas silvestres sem espinhos.
Pode ser ironia!
Más, sem espinhos!
Sem espinhos, a rosa eu arranquei e logo todas as pétalas caíram ao chão.
Aos prantos a roseira se derramou.
Hoje no vasto jardim de dores a roseira silvestre de espinhos eu encontrei.
A rosa não arranquei, o espinho se mostrou!
A linda rosa não chorou, abandonou meus sonhos, com gentileza desabrochou!
A SOBREVIVÊNCIA - MANGUE
- Recife -
POEMA I
E a ponte esvai-se pelo rio
trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama reanscida ao sol.
Anfíbio (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos; um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
(Publicado na antologia Presença Poética do Recife, de Edilberto Coutinho, Arquimedes Edições, SP, 1969 e 2ª edição, UFPE, 1977.)
Se ir com a maré é o que o navegante deve fazer: Que eu seja o pirata; um navegante digno de minha própria tripulação.
O NAVEGANTE
Em um navio existia o capitão um tripulante muito importante e um marujo. Certo dia sem esperar uma tempestade leva o tripulante para mares desconhecidos. Após isso aparece um perigo iminente, um grande
Iceberg. Adiante o risco o marujo pega um barco salva-vidas e vai embora, mas o capitão está lá, pois ele nunca abandona o navio.
Em um golpe de sorte ele desvia do grande pedregulho gelado. O navio encontra-se a deriva, porém o mar está calmo e o vento favorável, mas o leme foi danificado tamanho esforço do capitão, então agora o vento é o novo navegante chamado destino.
Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário,
O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum,
Eu sou o disperso, o eterno indeciso,
O poeta que se esconde atrás de máscaras. O homem que escreve a sua vida como se fosse épica.
Eu sou a música dos sonhos e das angústias.
Eu sou a busca incessante da verdade e da beleza, o homem que não se contenta com as respostas fáceis, eu sou o cético, o questionador, o provocador, opoeta que escreve para mudar o mundo, ainda que esse mundo nunca mude.
Eu sou o eterno viajante, o eterno aprendiz, ohomem que, através da poesia, busca eternamente a sua verdade e a sua liberdade.
Eu tentei ser um novo Fernando Pessoa, um homem que ainda inspira, ainda emociona, ainda perturba, mas não, eu nasci a contragosto, porém, a morte é tão sem sentido quanto a existência. Sim, eu fracassei, talvez fracassei em tudo, nunca me encaixei, tentei, Pessoa me descreveu quando disse "escrevo mais filosofias em segredo do que Kant, mas serei sempre o que não nasceu para isso, somente o que tinha qualidades". Despeço-me como um fracasso que poderia ser um sucesso, ou um sucesso que foi um fracasso. Não sei, talvez tenha algo errado comigo. Eu paro, penso, mas quem foi que definiu o fracasso e o sucesso? Pois, então, eu sou o fracasso e o sucesso de mim mesmo. O mundo não gosta de mim e eu também não gosto dele.
Para quem tem vontade de navegante, não há barcos pequenos, canoas furadas, noites de borrasca ou visão embaçada. Sua bússola se aninha no leme firme de sua própria essência.
O HOMEM DO MAR
O indolente navegante que veleja Além-Mar – Sol a pino
Nutre-se no vazio do tempo insolente e fugaz dos mares tênues
Sob o vento a seduzir as flâmulas.
Que aportam órfãs mães por seus amores
E suas viúvas a sonhar em solitários portos
Sobre o tremular das águas no sal de sua íris
Ah, insensato homem do mar!
Você só tem as águas salgadas do mar e o vento!
Que emana os eflúvios dos corpos sedentos daquelas que perecem solitárias
Aos portos incólumes destes mares glaucos.
O Mendigo
Na calçada fria, ele se estende,
navegante só, sem porto, sem cais,
veste a rua como manto e abrigo,
sem nome, sem rumo, sem nunca ter paz.
Olhos perdidos, sem brilho, sem cor,
mãos que tremem na busca de pão,
a vida escorre como chuva no rosto,
levando esperanças ao chão.
Um passado, quem sabe, o levou até lá,
talvez sonhos partidos, talvez um amor,
mas hoje é silêncio, poeira, e as horas
passando, sem rastro, sem calor.
E ele segue, invisível à cidade,
nas sombras, no frio, no vão do alvorecer,
como folha caída que o vento desfolha,
esperando apenas o nada acontecer.
O dia que eu te encontrar
Vou beijar sua alma , vou viver no teu mundo, respirar o mesmo ar .... Me afogar nos teus beijos e nos teus braços navegar
Por vezes, seguramos o timão, achando que guiamos.
Em verdade, nada controlamos.
Sempre somos folhas na água
a mercê do vento e da maré.
Ilha do Poderá: nada aparece para ajudar, um monte vem para atrapalhar. É um aviso aos navegantes que queiram se aventurar em nosso mar.
De partes mortas em mim
O vazio em mim
Ensurdece, me emudece
Queria voltar a ser oceano
Sentir nascer em meu peito
Todo o fulgor de outrora
Perder o meu corpo em bocas sem nome
Que minha carne anseia o profano
Mundano, devasso…Inteiro.
Bebeis noutro corpo meu medo
Meu peito está seco
Meu coração hoje pulsa por vício
No fundo de mim, me guardo do limbo
Nefasto de mim, sou assim
Hoje em mim a vida pousou no deserto
O ar é vazio
Em vão meu peito avança pró nada
Estou só
Morri e não vi
Senti uma parte de mim
Que partiu, me deixou
Acabou…
Eu sigo sentindo o vazio em mim
A perda em mim, ensurdece
Emudece...
O ar é vazio
Estou só no deserto de mim
(Adilson Santana) (Matheus o Navegante Ferido) Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa . Portugal
O teu coração é uma ilha misteriosa, distante e perdida na imensidão do mar... E o meu coração é um coração veleiro sempre solitário a navegar... Enfrentando as tempestades dos oceanos abismais e sombrios vejo que é sempre escuro e frio o porto onde o meu coração veleiro atraca. É sempre escuro e frio!... E quando a noite em meu cansado peito a esperança jaz morna e indolente... Se sonho contigo em meu leito volto bravamente a navegar! O teu coração é a ilha do tesouro onde há um glorioso templo de esmeraldas, jasmins, rubis, safiras, ouros... Onde nenhum heróico navegante jamais ousou profundamente explorar!... Vou singrando por esses mares em meio a ondas turbulentas e perigosas que rebentam em areias de praias desertas, rochosas... Até um dia te encontrar! Eu tenho o clarão da lua e das estrelas suspensas no ar pelas majestosas noites do céu como bússolas divinas a me guiar... Dizem que o teu coração é uma ilha perdida e sem mapa, cheia de fantasias, bela e de muita vida... E um dia... Não mais que um dia nessas minhas enebriantes aventuras que vai e vem entre paixões, sonhos,loucuras que me levam incessantemente a navegar eu sei que irei te encontrar!...