Náufrago
Olhos Náufragos
Bem sei que esses olhos náufragos
Querem brilhar novamente
Como um dia já ousaram
Com paixão desesperada.
Sonhavam ser estrelas na madrugada
Mas são tão verdes
Verdes da cor do mar
Acho que as lágrimas que hoje choro
Amanhã vão me inundar.
OLHAR DO GATO
é você que batuca na pele dos náufragos
os toques da Revolução & da Esperança?
é você que distribui casas de caracol
aos perdidos e abandonados na noite louca
para que o abismo seja ouvido acumulando cinzas de estrelas & coroas de lata?
estradas mal iluminadas levam aos portões de paraísos esquecidos
as poucas travessias que restaram
salvam as cabeças dos que planejaram o luxo esquecendo dos semelhantes
como esperar bom senso de quem se doutora para vender o próximo?
como decifrar o olhar do gato frente à espiritualidade
se a vantagem material só interessa
aos que fazem da fraude razão de Poder?
os passos são os mesmos em São Paulo, Dakar ou Pequim
solidão e desvios fazem oportuno o saque
é preciso ligar fibra ótica no coração e aguentar o baque
quem desenha a fantasia do amor decora o horizonte de perlimpimpim
porém, da janela a visão da manhã
é um manto real que enfeita ratazanas
sem nenhum escrúpulo
ou misericórdia que justifique surtos
De que adianta a ética, a etiqueta, a estética...o poema, o problema... se somos náufragos de um mundo caótico onde as lideranças mundiais querem a destruição em massa da humanidade...salve raras exceções...
Entre Dalai e Dali de salvador fico na lama.
Continuo sonhando com a utopia.
Gmcm
Vê agora a neutralidade deste globo, que nos leva, através dos espaços, como uma lancha de náufragos, que vai dar à costa: dorme hoje um casal de virtudes no mesmo espaço de chão que sofreu um casal de pecados. Amanhã pode lá dormir um eclesiástico, depois um assassino, depois um ferreiro, depois um poeta, e todos abençoarão esse canto de Terra, que lhes deu algumas ilusões.
A mulher é como uma pequenina ilha onde cabe toda a beleza do universo.
E os homens, náufragos do amor, disputam desesperadamente um lugar neste pontinho do oceano banhado de sol por todos os lados.
Amigo é compartilhar. Momentos e sentimentos. Risos e afagos. Tristezas e náufragos. Ainda compartilhando fotos, vídeos, festas, reuniões, brincadeiras, zueiras em geral. Amizade é realmente colossal.
No mar dos negócios, dois naufrágos não podem se salvar numa mesma "tábua". Sempre procure quem já está no "bote", mesmo que pequeno, e lhe apresente o "mapa do tesouro".
Densa inspiração.
Coisas que me sufocam.
Náufragos!
Os horizontes das palavras são quase que inevitáveis nos declives e nos aclives.
A escada não é horizontal.
Quando andamos horizontalmente nos debatemos com paredes blindadas.
Minha mente pernoita vagando em busca de respostas.
Quando? Quanto? O quê é? E para quê?
E até onde devemos ouvir a barulheira dos tamborins e das marés?
Talvez eu não saiba responder,
Talvez eu não saiba expressar,
Ou sei e tenho receio de me sufocar.
Haverá sempre um aclive acentuado na frente.
Vertical é o rumo do nosso Sol.
Haverá dezenas de labirintos tentando nos engolir sem nos dar o direito de uma liberdade justa.
Densa é essa poesia que me faz rir e chorar por horas.
Muitos nem irão entender.
Teias que entrelaçam,
Galhos espinhosos que nos seguram.
Revoluciona-se o que não se aplaca.
E aplaca-se naquilo que não se revoluciona.
Fugimos daquilo que nos tira da luz.
Trituram-se as pedras afiadas que nos cortam.
Como?
Silêncio!
Ele já diz tudo.
Que eu saiba esse mundo não foi feito com varinhas mágicas.
Bom,
Sempre haverá uma mão que nós segura,
E outra para nos derrubar.
Então!
O silêncio foi a melhor resposta que encontrei nesse meu,
Pernoitar......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Náufragos na vida, são os que foram surpreendidos pela tempestade do amor, ficando a deriva no mar da paixão!
A falta de sorte é desconcertante, como um náufrago ao mar, em dias tempestuosos, nunca se sabe quando virá, e se virá à calmaria. É preciso esperar pacientemente pela virada de cada dia.
A vida é frágil, pode-se dizer que em solo, as chances são similares. Mesmo mantendo tantos pensamentos positivos sobre mínimas probabilidades, a verdade quase sempre negada vem à tona.
Cotidianos trazem as reincidências, acarretam problemas que são enfatizados e carregados como um fardo durante um longo período, a sanidade é perdida nesse meio, não se sabe lidar e os detalhes singelos que diferem não recebem o devido valor.
No entanto, diante de um leque interminável de possibilidades, ainda assim somos surpreendidos, esta é a síntese existencial. Abalar-se é normal, mas desistir não deve ser uma escolha válida, quem vive não simplesmente existe, mas aceita constantes desafios.
A PERDA DE UM GRANDE AMOR
Sinto -me como um náufrago,
Navegando em mar desconhecido.
Uma grande tormenta passou por mim.
As águas estão turvas demais, pois todos os elementos da profundezas vieram a tona.
Navego agora com o que me resta do meu frágil barco.
Olho para o horizonte e não vejo terra firme.
Não há porto seguro, somente medo.
No meu entorno, brumas hialinas me envolvem no terror da incerteza.
Se o sol brilhar, me queimará,
Se a chuva cair, me inundará,
Se o vento soprar, me desabrigará.
E quando o mar se acalmar, inimigos vorazes irão tentar me tragar.
Mas seu AMOR me salvará.