Náufrago
E sabe de algum modo obscuro que seus cabelos escorridos são de um náufrago. Porque sabe – sabe que fez um perigo. Um perigo tão antigo quanto o ser humano.
Na utopia é fácil esquecer-se da realidade. Uma é a vida e sete são os mares. Náufragos, temos a escolha do que fazer com o fôlego que nos foi dado, e é a escolha que nos dá a oportunidade de pôr fogo na embarcação. Queimar os navios. Deixar nossa vida de lado ao entrar mata adentro em terras em que a ganância reina, onde o sangue do justo é derramado e o respeito à vida é deturpado. Já dizia o mestre que passou por esta mesma trilha: "aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida, achá-la-á".
Não há nenhum náufrago perdido no mais profundo mar de iniquidade que o profundo amor de Deus não possa alcançar e remir.
Eu numa ilusão, mas preso ao chão
Tão só, náufrago e só
Me perco no que sobrou de nós
É fácil ser herói se o amor te acolhe bem
Mas não, agora não há lugar pra mim
E então, fugir eu já tentei
To preso num Replay
Lembranças vão me consumir
E então, me sufoco em sonhos vãos
O amor que era tão bom
Se volta agora contra mim
Tudo o que eu fiz, tanto que dei
De mim o que você tirou, não há como substituir
Me deu tantas visões do oásis de nós dois
E agora já não há lugar pra mim
E então, fugir eu já tentei
To preso num Replay
Lembranças vão me consumir
E então, me sufoco em sonhos vãos
O amor que era tão bom
Se volta agora contra mim
Eu to preso num replay
E então, fugir eu já tentei
E então, fugir eu já tentei
To preso num Replay
Lembranças vão me consumir
E então, me sufoco em sonhos vãos
O amor que era tão bom
Se volta agora contra mim
Da mesma matéria
Passemos a outra questão: o modo de tratarmos com o nosso semelhante. Como devemos agir, que preceitos ministrar? Que não derramemos sangue humano? Ao nosso semelhante devemos fazer o bem: aconselhar a não lhe fazer mal, que ridículo! Até parece que encontrar algum homem que não seja uma fera para os outros já é coisa merecedora de encômios...
Vamos aconselhar a que se estenda a mão ao náufrago, se indique o caminho a quem anda perdido, se divida o pão com o esfomeado? Mas para que hei de eu enumerar todos os atos que devemos ou não devemos praticar quando posso numa só frase resumir todos os nossos deveres para com os outros? Tudo quanto vês, este espaço em que se contém o divino e o humano, é uno, e nós não somos senão os membros de um vasto corpo.
A natureza gerou-nos como uma só família, pois nos criou da mesma matéria e nos dará o mesmo destino; a natureza faz-nos sentir amor uns pelos outros, e aponta-nos a vida em sociedade. A natureza determinou tudo quanto é lícito e justo; pela própria lei da natureza, é mais terrível fazer o mal do que sofrê-lo; em obediência à natureza, as nossas mãos devem estar prontas a auxiliar quem delas necessite. Devemos ter gravado na alma, e sempre na ponta da língua, o verso famoso de Terêncio: “Sou homem, tudo quanto é humano me concerne!”.
Possuamos tudo em comunidade, uma vez que como comunidade fomos gerados. A sociedade humana assemelha-se em tudo a um arco abobadado: as pedras que, sozinhas, cairiam, sustentam-se mutuamente, e assim conseguem manter-se firmes!
(Sêneca, in Cartas a Lucílio)
Náufragos
A ti, sedutora sereia do além
bastara lançar o compulsório olhar
para que tornasse-me vassalo fiel;
aos olhos ofereceras ínsitos narcóticos
verdes alucinógenos, em átimos diários...
A mim, marujo indefeso e desvairado,
sobejara a imposição da masmorra do amor
proclamada em perpétuos éditos sentimentais;
a nós, comparsas, a devassa conivência a dois
singramos sem rumo, aos irrecusáveis últimos fatais!
Tentações
Tentações abrasadoras são os desejos que escorrem pelos meus olhos:
Náufragos de um sentimento que se avulta.
Sensações que me prendem sem aviso.
Trancas com as chaves todas em seus bolsos...
Sentimento incomum, intenso, denso, gostoso...
Que saboreia seus lábios e me conseme inteira...
Que delinea sua face e penetra prorundamente...
Que arrebenta quaisquer convenções, transgride protocolos previamente ensaiados,
escancara as vestes e atira-as ao chão.
Que faz as noites tornarem-se longas, longa tortura pela ausência do corpo que me atordoa...
Que escandaliza a retina dos hipócritas, que não compreende sua intensidade...
Ainda que corra perigo não é grande motivo para me afastar!
O Senhor é Aquele que resgata os náufragos perdidos na escuridão do mundo.Deus é Aquele que abre os olhos dos cegos, dissipando a cegueira do mundo, fazendo que vejam a Luz da Vida Eterna!
Seriamos náufragos dos erros se neles não encontrássemos, o verdadeiro valor dos acertos. (taw ranon)
Ortega y Gasset dizia que as únicas idéias que valem são as idéias dos náufragos: na hora em que um sujeito está se afogando, agarrado a uma tora de madeira para não morrer, as coisas nas quais ele ainda acredita nesse momento são sérias para ele; o resto é brincadeira, superficialidade. Nós temos de buscar na filosofia essa mesma seriedade total, porque é ela que vai nos dar o critério do certo e do errado, do verdadeiro e do falso.
Como se o tolo e estúpido amor não calhasse de ser boias aos náufragos... Como se a metade da laranja não fosse apenas dois corpos despidos compartilhando um café da manhã...
Dois Náufragos e um Colete!
Nunca deixem de ouvir os conselhos de um amigo que te quer bem, é preciso saber distinguir um verdadeiro amigo de pessoas que se aproximam de nós por pura conveniência. O verdadeiro amigo nos acompanha nos momentos felizes e tristes, os outros nos colocam em certas situações que nos fazem sentir como se estivéssemos em um barco que está afundando com "Dois náufragos e um colete", onde apenas um sairá com vida!
Somos náufragos quando...
Não estamos sendo correspondido no amor
Não conseguimos realizar nossos objetivos
Não podemos segurar a saudade dos que partiram
Não temos mais a fé e o espirito de luta
Quando a correnteza do amor invadir, poucos serão os náufragos que se agarrarão a tábua da sensatez, para não se afogar no mar das paixões - 06/03/2014
ACALANTO
Faço do véu da noite o refúgio dos meus sonhos,
Quais esperanças dos náufragos ao sinal do continente.
Como se fora o cansaço das ilusões perdidas no espaço,
Em certo tempo me vejo cercado nesta ilha.
Tenho corrido na direção na direção da flecha certeira,
Como à atingir o alvo dos meus maiores desejos.
Sei que a vida é qual folha verde clorofila, luzente,
Seca o vento tange movendo em qualquer direção depois de caída no chão.
O vento balança as folhas espalhando a pólen no ar,
Ele embala os cabelos da morena, que mira o tempo passar.
O vento tem sua voz, um assobio, por vezes um sussurro,
Move a areia dos desertos, das praias, muda o curso da chuva.
Afinal, chuvas, ventos, poeira, metamorfoses das dunas,
O que me acalenta a alma é a certeza de que tudo esta em seu devido lugar
Não há náufragos no mar das idealidades porque os sonhadores são ótimos timoneiros, os naufrágios restringem-se ao mar da realidade no qual viajamos como passageiros.