Natureza Morta
A (cara de) paisagem
Está se transformando
Num belo quadro
De natureza morta
Vamos morrendo aos poucos
Diariamente
Lentamente
Virando tudo cinza
Porque o colorido
Da vida, já era
Vamos virando
Poeira cósmica
Só o pó das estrelas
E nem assim
Deixamos de iluminar!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Doce sofre em gotas...
Sensato despertar...
Natureza morta...
Deixe me entrar...
No momento mais frio...
Desejos que desdenho...
Nós sussuros ao despertar...
Apenas resquícios de uma noite..
Os devaneios...
Vestígios dos senhores da noite...
Adores no fundo do poço...
As sombras clamam...
Respirando fundo...
Gritos no silêncio....
Expor palavras...
Meros sentimentos,
Estrelas que vago num espaço vazio,
Lágrimas de sangue...
Voz que encanta a alma...
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Natureza morta. Esse conjunto não natural. Esse emaranhado estático e desértico. Crava pedras agudas no azul escasso do céu. Quanta ironia salta dessas flechas nocivas à vida. Quanta evasão nos corações que não batem mais. Anda pelo frio tu que açoitas o carinho das noites. Sem alma. Sem flama. Sem nunca mas ouvir o verde.
Eu ainda lembro daquela "Natureza-morta" na tua sala, pintada à mão em cores térreas e verdes.
Sinto o cheiro da tinta , da brisa, do dia, do tom: batom vermelho, aroma de frutas de mesma cor.
Chovia em mim e eu rio lembrando de cada detalhe da tua sala-de-estar que, na maioria das tardes, somente contia nós em laços pelo chão, em qualquer lugar.
Eu ouvia os teus olhos e olhava a tua boca atentamente. Meu bem, nossa natureza vivia naquela casa-coração.
- Tudo se foi e cá estou eu te fazendo presente
"Só o conhecimento aplicado é válido. Acumular conhecimento não aplicável é natureza morta. Cultura não é sabedoria. Cultura é capacidade de memorização. Sabedoria é discernimento, é capacidade prática de análise e decisão. É geração de resultados objetivos."