Natureza Morta
Como é estranha a natureza morta dos que não têm dor. Como é estéril a certeza de quem vive sem amor...
Solitário
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Para o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros são qualquer coisa de que se pode dispor.
Natureza Morta
A natureza morta
Viva no teu olhar
As asas cortadas
O céu a se despedaçar
As vozes estão caladas
Não há porque lutar
Nós somos lembranças
De um passado
Que ninguém vai lembrar
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
Você se apaga
Antes mesmo de queimar
O destino está traçado
Ninguém pode mudar
As cartas foram marcadas
No nosso jogo de azar
Esse deve ser o fim
Mas você disse que não acabaria assim
Esse deve ser o fim
Você continua o vazio dentro de mim
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
A chuva lava
Mas não pode te salvar
E a natureza morta
Volta pra se vingar
De tudo o que fazemos
Ao invés de amar
Através da Natureza-morta das Frutas
Numa cesta se encontram maçãs
Belas, avermelhadas e suculentas maçãs!
Junto, uma recheada rachada romã,
Pela tarde ensolaradas laranjas
Maduras e verdes mangas;
O tempo passou...
O tempo se alargou...
O tempo sem o tempo enfim acordou.
Moscas pousam nas maçãs pretas
Na romã, apenas pálidas sementes
As laranjas agora dia a dia mais azedas
E as mangas enrugadas em seus ventres.
Uma natureza morta
tal qual uma humanidade
Que caminha torta, torta, torta...
Um descaminho sem idade.
Maldito seja quem tenha comido a maçã!
Que não percebeu as passagens do tempo,
E alimentou-se sem consciência sã.
Condenara sua própria espécie ao desalento.
Agora resta-nos apenas decompor,
Na mãe terra e em seu vão,
Afundar e acabar com a dor;
Esperar novas flores renascentes de seu chão.
Natureza morta
Ao pintar o seu belo quadro
O artista retrata a loucura existente
Mostra para todos ao seu redor
A insensibilidade humana aparente
Das mais simples folhas que caem ao chão
Contemplamos também a covardia e a dor
Das flores arrancadas dos jardins que se vão
Ao pobre e inofensivo animal abatido sem dó
Falta comunicação entre o homem e a natureza
Para que esta pintura fique só na lembrança
A vida enfim, poderia ser uma beleza
Mas é grande a loucura da pobre raça humana
A natureza está quase totalmente morta
Os estudos ecológicos não são levados a sério
Temos um fim que está muito próximo
Agradeça aos homens por todas as suas intempéries
O mundo é uma tela em branco que, quando você passa, tudo cria cor.
Toda natureza morta renasce nos olhos de quem te vê. Espelho de contemplação do universo, fonte de calma que não se esgota.
Uma música em silêncio, que começa sem começo e termina sem fim.
Nada mais a falar de fulana.
Natureza morta. Esse conjunto não natural. Esse emaranhado estático e desértico. Crava pedras agudas no azul escasso do céu. Quanta ironia salta dessas flechas nocivas à vida. Quanta evasão nos corações que não batem mais. Anda pelo frio tu que açoitas o carinho das noites. Sem alma. Sem flama. Sem nunca mas ouvir o verde.
Doce sofre em gotas...
Sensato despertar...
Natureza morta...
Deixe me entrar...
No momento mais frio...
Desejos que desdenho...
Nós sussuros ao despertar...
Apenas resquícios de uma noite..
Os devaneios...
Vestígios dos senhores da noite...
Adores no fundo do poço...
As sombras clamam...
Respirando fundo...
Gritos no silêncio....
Expor palavras...
Meros sentimentos,
Estrelas que vago num espaço vazio,
Lágrimas de sangue...
Voz que encanta a alma...
VÁCUO
Entrei na sala de natureza morta,
De atmosfera parca e dolência crua.
Procurei a luz, o calor da rua,
Num olhar perdido ansiei a porta.
Mas me sobreveio um vazio atroz,
Numa nua, fria idiossincrasia;
Me esqueci das cores, do odor do dia;
No horror do vácuo se ocultou tua voz.
O silêncio ecoa, expele vertigens.
Cintilante voam o ressonar das virgens,
Pela sala imensa o tempo acabou.
Fugiu soluçando a última lembrança,
E entorpecido na desesperança,
Vi que o relógio, sem gemer parou.
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