Nascimento
Os monstros não nascem assim, nunca. Eles são feitos, pedaço por pedaço e membro por membro, criações artificiais de loucos que, como o equivocado Dr. Frankenstein, sempre acham que sabem mais.
Quando um cristão abre mão de ver o próximo transformado e o aceita sem confrontá-lo uma única vez em amor, simplesmente perdeu a visão do reino.
Se você quase sempre esta certo, mas quase sempre assumi está errado para evitar um conflito; parabéns você é um sábio!
Não há crime quando você fala oque pensa, quando você é verdadeiro as vezes você assusta ou até irrita as pessoas, mas isso é a prova que você fez a coisa certa, porem sempre tenha em mente que não existe verdade absoluta e sua verdade não é soberana as demais, fale oque pensa mas também ouça oque os outros pensam, faça-os refletir e também reflita, se calar não é uma opção para aqueles que juraram nunca se omitir.
O fato é que por trás de cada dor, cada dificuldade, cada tribulação... existe algo belo nascendo, e muitas vezes, na maioria das vezes, melhor dizendo, não percebemos essa gravidez de beleza.
Não é tão difícil entender que como toda gravidez o “processo” do parto é doloroso, mas por fim,o que vem é o nascimento de uma gotinha de amor.
É curioso como são as coisas: precisamos nascer para descobrir que a vida é ruim. Mas se os nossos pais tivessem percebido isto e não tivessem nos colocado no mundo, teriam nos poupado de todo o trabalho de constatação...
É natal todos os dias que abrimos nosso coração e deixamos que a glória do amor renasça dentro de nós.
Felicidade de mãe
É ver o filho nascer
Tanto tempo, esperando
Agora é pra valer
Amor de mãe é vital
Não existe nada igual
E vai ainda crescer
O mundo é um poço de miséria, maldade, sujeira e sofrimento; esse poço não tem fundo;nascemos em prantos, e logo um médico idiota qualquer, que ainda acha que pode ter algum poder sobre a vida e a morte nos dá umas palmadas no traseiro, como para salientar que o inferno mesmo é aqui.
neste instante, em que eu escrevi e você lê; quarenta e cinco minutos depois das cinco e quinze, da manhã do dia 22 de agosto de 1959, meu pai da entrada no hospital municipal do Tatuapé, Sampa, vítima de um tombo. ficou emocionado ao saber que eu acabara de chegar.
minha mãe no quarto, chora... está feliz!
meu pai em uma maca, chora... fraturara a perna.
eu no berçário, choro... olho os seios da enfermeira! faminto, não sei quais os perigos por não reconhecer a verdadeira fonte de alimentação!
Um bom nome é melhor do que um perfume finíssimo, e o dia da morte é melhor do que o dia do nascimento.
É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!
Naquele instante tudo iluminou-se
Dissipou-se o medo de o mundo acabar
Nos tornamos um, nos tornamos lar
Para o Sol nascer ou a Luz raiar
NASCER DE NOVO
Nascer: findou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.
Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?
Eis que um segundo nascimento,
não adivinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este é o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.
A explicação rompe das nuvens, das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.