Naquela noite
Foi naquela noite, ao ouvir o uivo de Hati, foi naquela noite que minha cabeça floresceu. Naquela noite eu comprovei que o ódio pode ser domado...
" Foi naquela noite, esperando o seu sorriso, mergulhando nos teus olhos que conheci a dor da paixão."
<O menino quase invisível>
De tão leve naquela noite, parecia voar por entre os carros...
Bailava pelo asfalto feliz, como se estivesse no teatro municipal.
Seu corpo parecia flutuar pelas calçadas manchadas de dores e silêncios enormes.
Marchando solene pela madrugada seguia calado, silenciado, parecendo cansado de estar sempre em modo repetição... Exausto! Era como se sentia quando se deitou na porta da padaria naquela noite.
Assim como fez praticamente todos os dias de sua vida até ali, (treze insólitos dias),
com as mãos trêmulas e sujas do pó do asfalto,
arrastou-se lentamente, e rastejando puxou para o seu lado uma latinha de metal encardida (dessas de refrigerante)
que qualquer criança compra na vendinha da porta da escola.
Acendeu com dificuldade o isqueiro,
que por diversas vezes naquela noite o aqueceu.
Rodou a carretilha do isqueiro como quem brinca de roleta russa.
Riscou a pedra do isqueiro como quem puxa o gatilho de uma arma na direção da própria cabeça.
Aquele projétil foi o último. Aquela pedra foi a última.
Quando voltou do transe o trânsito já estava complicado...
Buzinas, carros por todos os lados, pessoas caminhando apressadas e o olhando atravessado como se ele fosse um bicho e prestes a atacá-las.
Ainda meio sem saber aonde estava, espreguiçou-se lentamente, por duas vezes seguidas. Logo após isso, deitou-se novamente sob a marquise. E apesar de ser ainda uma segunda-feira nem se importou! Não teria mesmo de ir para a escola.
E antes que pudesse voltar a sonhar novamente, foi enxotado às turras e a vassouradas pelo dono da padaria, que além de uma caneca de água fria, atirou-lhe também dois ou três pães dormidos.
A sua sorte era tudo o que lhe restava. Tomara que só lhe atirassem pão e água; paz, cama e teto ele já tinha desde a inauguração daquela padaria, há uns três ou quatro anos atrás.
E só pra constar... as vassouradas diárias do dono da padaria era a sua
Naquela noite, o improvável aconteceu: eles dormiram colados, melados, grudados e só acordaram no outro dia, quando o sol do meio dia apareceu.
Serve-se do vinho tinto a verdade
Naquela noite o amor até então existia
O que acreditávamos não existir
Na tua penumbra acabava por ser oculto
Até então tudo estava bem
O relógio avançou o tempo
A embriaguez bebeu do meu corpo
Assim pude ver além do teu semblante nu
Pois atrás de sombras bruxuleantes
Alimentavas o diabo com aparências
Dei-me conta do mal que tua alma afugentava
E utilizei-me da morte para envenenar
a mais ancestral das perdições humanas: teus úmidos lábios cor de cereja
Que agora estão secos e pálidos
Tragando aos poucos o que me levará à morte
No quarto escuro, berço dos mais profundos desejos,
A cena do crime ainda se faz presente
O odor cadavérico traz lembranças do amor que outrora senti
Hoje, sinto apenas ódio e desgosto
Quebrei todos os espelhos em minha casa
Pois tenho medo de acidentalmente refletir nele não a minha imagem, mas sim a do próprio diabo
Mais uma noite
Naquela noite fui deitar mesmo sem sono, fechei meus olhos e pensava nele.
Tentei desviar meus pensamentos, mas tudo me desviava para ele e eu sorri.
Pensei tanto e em fim adormeci.
Ao acordar me recordei que sonhei com ele, no sonho eram só nós dois.
Ele não era escritor;
Mas me enviou um texto, que dizia me amar e não sabia como expressar esse sentimento, que até então era tão desconhecido para ele.
Ele não era escritor;
Mas era o cara que me amava.
No texto ele dizia que tinha tanta vontade de me abraçar, me beijar e dizer para todos que eu era só dele e ele só meu.
Ele não era escritor;
Mas era o homem pelo qual eu era louca e completamente apaixonada.
Pois eu nem imaginava que esse amor era tão correspondido.
No texto ele dizia, que não me queria por uma noite, mas por toda vida.
Imagina que felicidade foi a minha?!
Aquele cara me amava, me desejava tanto quanto eu...
Eu mesma tomei a iniciativa, ajoelhei-me ao seus pés, com uma flor em uma das mãos, ao meu amor entreguei.
Em meus olhos não pude conter as lágrimas que insitiam em escorrer, com a voz trêmula, pedi para ele para ficar em minha vida, não por um dia, mas por uma eternidade.
Com sorriso radiante feito um sol todo brilhante, ele me puxou para seus braços e ao tocar em meus lábios, eu acordei. Acordei com o barulho do despertador que insistia em tocar.
Meu peito doeu, foi aí que percebi que foi apenas um sonho.
Ah, meu amor, que saudades eu tenho, de tudo aquilo que nunca aconteceu!
Autora: #Andrea_Domingues
[...] como se não bastasse naquela noite, todas as almas estavam viradas para mim, em com um sorriso no rosto, precisei disfarçadamente engolir todas as lagrimas que internamente ameaçavam cair, e talvez de uma forma afrontosa comigo mesmo, me afogar em meu histrião papel protagonista. Certamente a cortina se fecharia naquele momento.[...]
"E quando naquela noite acabaram as tintas, só me restou o sangue para expressar a dor que consumia minha sanidade."
"Naquela noite
Juntos,
Contamos estrelas,
Nulos.
E seguimos
Pela rua escura,
Mão na mão,
Prá sempre."
@veraregina14
Eu nunca terminei o que devia ter dito naquela noite
Noite de lua cheia e por belo efeito tudo aquilo me deixava sem jeito
Vai do teu olhar, do modo como falava ou como me abraçava
Tinha tuas manhas e manias e amor... Não sabe o efeito que tem sobre as coisas
As minhas coisas, foi só mais uma noite, mas foi contigo.
E boba como é nem imagina que isso é pra você.
Que "Homem" sou eu sem coragem de te contar.
É que naquela noite eu tava no submarino nuclear e era noite de luar... E no meio de tanta insanidade vinda de tanta radiotividade, descobri que é bem parecido estar apaioxonado com estar entorpecido... E, de cabelo em pé e tudo flutuando atirei no peito pra ir adiantando...
Alí todo seu mistério belo, leve, natural. Naquela noite, era somente sombra e resquícios de luz que desenhavam todas as curvas do AMOR.
Naquela noite sem luz o brilho dos seus olhos que me conduz, naqueles sorriso eu me perco, e nos teus braços eu me encontro
Nós perdemos a visão um do outro naquela noite, e ainda nos tornamos incapazes de retornar.
Motohiro Hata
SILÊNCIO SAUDOSO
Naquela noite
Os olhos tristes nevaram...
Pois lembrou
De tudo que vivenciou....
E no silêncio saudoso as lágrimas
Transformaram-se em pingos de neve.
Deixando
O chão embranquecido de recordações
Doloridas, sonhos que terminaram em nada!
E entre o sopro dos ventos
Os ganhos iluminados pelos céus anunciavam...
Uma madrugada longa, gélida e tristonha.
Naquele coração
Que um dia pulou de alegria e que hoje só lacrimejavam...
Um passado presente que chegará novamente
Naqueles olhos amiudê
Que contemplava o brilho do natal
Sentido um vazio sem igual
Pulsando vida em seu peito carregado de dor
Que agora descansava pedindo à DEUS
Para que o dia ali amanhecesse outra vez!
Feliz Natal.
Feliz? Creio que não. Nem naquela noite, no primeiro século, no início da nova era, foi um dia feliz. Maria se dirigia a Belém montada em um jumento, à beira de dar à luz o seu bebê. Embora fosse uma emergência, todas as hospedarias lhes negaram abrigo. Então eles tiveram Jesus em um estábulo.
Dois mil anos se passaram e ainda lhe negam abrigo. Não há espaço para Ele na casa dos hipócritas de ceias fartas e corações vazios. O Natal virou teatro. Sempre foi entendido de maneira equivocada, assim como tantas outras passagens durante a vida de Jesus.
Enquanto muitos celebram com a família em meio a ceias fartas, presentes e do ‘altruísmo anual’, milhares de pessoas, que além de não terem do que se alimentar, não tem amor, não tem uma família.
Creio que seja da natureza do homem. O egoísmo é sempre presente no natal, acobertado pelo altruísmo que só acontece nessa data do ano. As gentilezas fugazes, o consumismo exagerado, e tantos outros aspectos que não contrastam com o verdadeiro sentido do natal.
Não existe o Natal ideal, só o Natal que você decida criar como reflexo de seus valores, desejos e tradições. Nesta noite, desejo a você que repense os seus atos. Que faça perdurar o natal que só existe dia 25 de dezembro. Que toda união, carinho, respeito, amor, que você vive nesta noite unido à sua família, seja vivido durante todo o ano. Pense também nos que não têm o mesmo que você possui. Não apenas valores materiais, mas principalmente no amor.
Desejo que nasça dentro do seu coração, o mais puro, sincero, verdadeiro e único amor: o de Cristo!
Que nesta noite você mude. Busque sempre mudar. Ame mais. Amor nunca é demais. E, que principalmente não esqueça, que enquanto você celebra o natal com sua família, amigos e pessoas queridas, milhares de outras pessoas necessitam não somente do alimento que você irá comer, não somente dos presentes que você irá receber, mas do amor, se é que ele existe, em meio a todo esse teatro em que se tornou o natal.
Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família verdadeiramente feliz.
Neste ínterim, não finalizo com um ‘feliz natal’, mas sim, com uma feliz mudança àqueles que sentem necessário realizá-la.
Tenham uma boa noite!
"Então Naquela Noite Em Vez De Orar, Eu Deitei e Chorei... Sim! Aquela Foi à Minha Oração Mais Sincera.!"