Nao Vou Mentir
Vida longa aos invejoso
Pra ver meu sucesso estouro
Muitas linguas má eu vejo
As má falam mal
As boa me beijam
Cada um fez a sua escolha.
Você escolheu me magoar, ser falsa, mentir pra mim e ser indiferente a tudo isso.
Eu, por falta de opção, escolhi não te perdoar.
Mentir com graça, de uma maneira pessoal, é quase melhor que dizer a verdade à maneira de todos.
(Crime e Castigo)
Fuja da mentira, de toda e qualquer mentira, particularmente de mentir para si mesma. Vigie sua mentira, examine-a a toda hora, a cada minuto. Fuja também à repulsa, tanto aos outros, quanto a si mesma: aquilo que a senhora, em seu próprio íntimo, acha ruim, já se purifica pelo simples fato de o haver notado dentro de si mesma. Fuja igualmente do medo, embora o medo seja apenas a consequência de todo erro. Nunca tema sua própria falta de coragem na tentativa de conquistar o amor, nem mesmo tema muito os próprios maus atos que aí tenha cometido.
Às vezes as mentiras também ajudam a viver...
Talvez para meu filho eu também tenha que mentir para enfeitar os caminhos que ele um dia vai seguir...
"Nem todos conseguem expressar oque realmente sentem. As pessoas acabam se contradizendo ou mentindo, oque dificulta muito pra eu entender oque é de verdade e oque não é... "
No mais fino e doído de seu sentimento ela pensava: vou ser feliz.
Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro.
Preso à minha classe e a algumas roupas,Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me'?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.As coisas.
Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvoe dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.