Não Tenha Medo de Mim
[Quando foi perguntado se tinha medo da morte]
Da morte, nunca tive medo. O que não quero é ficar aleijado. Disso sim, tenho um medo que me pelo...
Se é verdade que a religião, por um lado, liberta o homem do medo, por outro lado gere-o fortemente.
É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.
Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.
O que é terrível na culpa é que ela atribui ao medo, o maior mal que existe no mundo, um enorme direito.
Quanto de nós guardamos nas sombras, com medo do que os outros possam pensar, de julgamentos, de sermos examinados? O que poderia acontecer se nós deixássemos que a luz nos banhasse, expuséssemos nossas vulnerabilidades, permitíssemos familiaridade para subirmos no palco, mesmo que por um breve momento? O que eles veriam?
Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam.
Não seja diferente para agradar às outras pessoas. Tenha sua própria personalidade e agrade a si mesmo.
Uma cumplicidade muda, e tão secreta que, penso, talvez você nunca tenha percebido. Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.
Não importa quantas chances tenha de dar errado, quando uma coisa tem que acontecer as diferenças desaparecem.
Sou obsessiva. Completamente. De certa forma, creio que essa característica tenha me ajudado a ser quem sou, mas ela é burra no que se refere ao amor. Eu quero que o outro ... tenha a noção de como seria incrível viver aquele um - pouco- a mais comigo.