Não sou eu quem me Navega
QUEM NÃO ERRA
A lida às vezes navega
Por barcos sem mastros
Desprovidos de velas
Navios sem lastros
Sem cordas nem âncoras
Timões em proas sem rumos
Barcos calados na areia
Aportados em baías
Degredados
A sorte às vezes recende de mágoas
Tal qual vela sem pavio
Cela sem dorso nem doma
Chinelo quebrado pisando descalços
Ainda assim os mares continuam
Acolhendo os seus rios
E os rios galopando percalços
Nos tomam nos braços
Acolhem nossas naus
Amenizam nossos passos
Restituem-nos pacientemente a vida
O cotidiano é a soma de esperas
Expectando acertos
Mas quem não erra?
Às vezes a gente se surpreende com gente que sabe em que barco está e em que rio navega.
Adaptar-se ao dia a dia é a suprema sabedoria.
Muitas vezes pode ser questão de sobrevivência,
mas só os fortes sobreviverão, até mesmo para contar como foi penoso e difícil vencer.
Más afinal poderão dizer:
-Eu vencí!!!
No vasto oceano do silêncio profundo,
Navega a alma solitária em seu mundo.
Entre sombras frias e noites eternas,
A solidão traz suas dores internas.
Em terras vazias, o coração se perde,
Ecoando sua tristeza, tão imenso alarde.
Cada suspiro é como uma brisa fria,
Em meio à escuridão que tudo cobria.
Os passos solitários, sem companhia,
Seguem por caminhos de melancolia.
No horizonte distante, uma miragem ilusória,
A esperança brilha, mas se torna efêmera história.
O vazio preenche cada canto do peito,
Enquanto os sonhos dançam em desafeto.
As lágrimas são gotas que caem no abismo,
Um grito mudo, aprisionado no egoísmo.
Mas em meio à solidão, há um lampejo,
Um fio de luz que corta o despejo.
É o amor que surge como estrela brilhante,
Desfazendo a escuridão, trazendo um instante.
Pois a solidão é apenas uma estação,
Que prepara o coração para a transformação.
E na solitude, aprendemos a nos encontrar,
A valorizar a presença, a aprender a amar.
Portanto, ó solitário, não te deixes abater,
Pois em cada desafio há algo a aprender.
Encontra na solidão um elo de sabedoria,
E transcende a tristeza em pura poesia.
A solidão, embora pareça sombria,
Pode ser uma jornada de auto-harmonia.
Encontra-te em ti mesmo, no mais profundo ser,
E descobre a verdadeira essência do viver.
Eclipse do Ser
Sob o véu da noite escura,
Meu coração, um mar de angústia,
Navega sem rumo e sem ventura,
Na solidão que me conduz à bruma.
Teu olhar, qual estrela a brilhar,
Fascinação em um eclipse do ser,
Na imensidão do céu a cintilar,
Despertando em mim o querer.
No jardim dos sonhos semeio,
Pétalas de amor e esperança,
Cada toque, um verso que anseio,
Dançando à luz da lua em bonança.
Ah, tu és meu sol e minha lua,
Nas tuas mãos, meu destino trilho,
Numa sinfonia de paixão crua,
Nossos corações em harmonia asilo.
Com o calor dos teus abraços,
Meus medos se esvaem no ar,
E, nas asas de doces abraços,
Voo ao céu, sem nada temer ou pesar.
O tempo dança ao nosso redor,
E as horas são notas melódicas,
Conduzindo-nos nesse amor,
Que transcende as formas platônicas.
Nosso encontro, um universo à parte,
Onde a alma se desnuda sem medo,
Cada batida, uma obra de arte,
Numa sinergia que não tem segredo.
Assim, seguimos a jornada, lado a lado,
Metáforas vivas, em eterna melodia,
Num poema lírico e emocionado,
Do amor que floresce a cada dia.
a pá na agua
a canoa movimentas-se
o mar navega
renovam-se os contentamentos
o tempo passa,
e eu só penso no mar
ah o mar !
só o mar me faz
amar e remar
O meu coração navega pelos mares das emoções em horizontes desconhecidos e ocultos, numa busca incansável por lugares luminosos e únicos, entre sonhos e fantasias que os tornam reais.
"Em ti, meu barco navega lentamente. Tenho o leme nas mãos e uma tripulação a guiar. Um bando de pássaros... Sem bússola nem mapa. Não me prendo a nada, nem ao vento que me indica a direção. Não me prendo ao azul, nem ao negrume das águas... É profundo o meu ser, no silêncio das vagas. Não se alcança chão, pois me encontro sobre as fossas. Como é fundo o meu ser, inacessível a mentes pequenas e perigosas...".
Vejo os homens refletirem um desejo que navega dentro se deu ser, pois queremos aprender de todas as formas como evitar as tempestades e com isso esquecemos que este privilegio nos fora ocultado, restando-nos apenas fortalecer as nossas embarcações com matérias mais sólidos como respeito amor dignidade e outros que nos garantiram um melhor navegar .........
Se você não navega em meu mar
Se desconhece meus mistérios
Se você é ar e eu sou água
Eu junto o céu e o mar
Eu subo aos céus para te encontrar.
Eu me entrego a ti
Mesmo que as diferenças
Não me façam sorrir...
Mesmo que muitas vezes
Não possas me acompanhar,
Pois sei que somente abraçados
Poderemos voar.
Luz do meu caminho
Anjo que veio me salvar...
Deita cabeça no meu peito
Pois é contigo que vou ficar.
Amor que rege minhas tormentas
Desgoverna meus mares
Senhor do meu destino
De todos meus amores.
Amor que tanto busco
Amor que nos teus braços encontro.
Refúgio dos meus sonhos
Fortaleza de minha alma.
Lágrimas derramas em meu mar
Delas eu bebo teu verdadeiro...
Nos teus olhos eu enxergo teu guerreiro
Que me pede para ficar.
Fica então no meu mundo
No meu corpo, vida e cama.
Eu fico no teu, porque sou tua
E minha alma te reconhece e te chama.
Me abraça e me leva
Nosso amor é possível.
Amor de tantas provas
De tantas glórias...
Amor só nosso
Perfeito amor.
Aquilo que não dizes
me é melancólico discurso
Pois, navega tua vida
e eu seguirei meu curso
Nada de até logo ou adeus
embarcados apenas em sonhos
Eu nos de alguém, e tu nos meus.
" Cada um rema sozinho uma canoa que navega um rio diferente, mesmo parecendo que esta pertinho, estaremos sempre distantes em nossas mentes, de tantas palavras poderia escrever uma livraria, mas oque me distrai é minha canoa de pescaria......" KabaNãoMundão....
EU TE PROCURAVA
Eu procurava o meu tácito amor
Como quem navega em mar oculto....
E era o sequioso tempo
E a luz em um vago momento.
Meu Universo e a poesia aguerrida
A combater com sublime ternura
E luta constante de quem procura,
E eterno era o tempo,
Segregando a vida.
E procurava como quem traduz a poesia
E já era a implícita luz
Que percorria o meu súbito verso,
Como quem anoitece na luz do dia.....
Eu procurava e não encontrava
Porque era celeste e pura
A propagar a eterna procura
A expressar a divina ternura.
O carinho e o inflexível tempo
Eu procurava com ardilosa eloquência
No céu de etéreo firmamento
A obliterar os dias, com profunda iminência.
Tão perto de ti eu estava, e não te encontrava.
Quando suprimia o tempo, com sofreguidão
A ocultar-me na luz te buscava....
Eu te procurava com tácita paixão.....
E secretamente revelava,
Como quem no oculto procura
A desvendar com misteriosa razão
A segregar o pranto com eterna amargura.
Eu te procurava em uma serena madrugada
A qual era de busca iminente
E quão tarde era a dor ausente,
No fulgor do instante, minha intensa alvorada.
E na madrugada fria uma eterna procura
Então encontrei meu amor, na vastidão da poesia,
Por vereda calma e sombria
Encontrei finalmente, o que tanto buscava!