Não se Pede Ninguém em Amizade
Vivo por ela
Ninguém duvida
Porque ela é tudo
Na minha vida
Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas dela eu nunca me esqueço
Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe
Discretamente enviei sinal de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais.
Porque deveria eu pelos outros sofrer,
quando ninguém por mim irá suspirar?
Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.
Nota: Trecho da crônica "As razões que o amor desconhece" de Martha Medeiros.
Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto. A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender.
Posso, tudo posso Naquele que me fortalece
Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir
Quero, tudo quero, sem medo entregar meus projetos
Deixar-me guiar nos caminhos que Deus
desejou para mim e ali estar.
Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu para mim
Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor
Do que ficou, vou me lembrar
E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou
Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar
Vou persistir, continuar a esperar e crer
E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora
Mas na alma, há certeza da vitória.
Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Eu sou sozinha no mundo e não acredito em ninguém; todos mentem, às vezes até na hora do amor, eu não acho que um ser fale com o outro, a verdade só me vem quando estou sozinha.
Acredite...
O tempo passa para todos, mas não é igual para ninguém,
Não cabe às datas mudar toda a sua vida... Cabe a você...
Arrisque-se... O único antídoto aceitável contra a monotonia é a aventura...
Não se preocupe em entender, o mistério é fascinante...
É melhor surpreender-se a cada dia do que programar acontecimentos...
A lógica nem sempre explica tudo...
Realize-se com pequenas (e importantes) experiências,
Os momentos marcantes geralmente são os mais simples...
Serão eles que nos momentos de distração em meio às lembranças,
Farão brotar entre seus lábios aquele sorriso tímido (de felicidade)...
O que somos além de nossas próprias histórias?
Escreva-as... Em si e nas pessoas que ama...
Transforme-se... Molde-se... Melhore-se...
Mas não se desconfigure...
Sonhe... Só não esqueça que a realidade é muito mais dura do que parece...
Não se esquive dos golpes... Imprevisíveis...
Não insista em cometer os mesmos erros, existem milhões de possibilidades...
Não se perca no caminho... Alguém em algum lugar espera por você...
Não a faça esperar demais... Você tem apenas uma vida... Não desperdice...
Promessas nem sempre se cumprem... Surpresas não podem ser prometidas...
Exija menos dos outros, só podemos mudar a nós mesmos...
Utopias são pesos desnecessários...
Encontre-se (em mim)...
Talvez exista muito mais de você em mim do que imaginas
(o contrário também é verdade)...
Entregue-se... Surpreenda-se... Os sentimentos desconhecem limites...
Nunca soube por que tanta gente teme o futuro.
Nunca vi o futuro matar ninguém,
Nunca vi o futuro roubar ninguém,
Nunca vi nada que tivesse acontecido no futuro.
Terrível é o passado ou, pior, o presente!
Ninguém é digno do pódio se não usar suas derrotas para alcançá-lo.
Ninguém é digno da sabedoria se não usar suas lágrimas para cultivá-la.
Niguém terá prazer no estrelato se desprezar a beleza das coisas simples no anonimato. Pois nelas se escondem os segredos da felicidade.
Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em minha cara.