Não se Esqueça dos Velhos Amigos
(As...crianças perdidas para os vícios.)
Velhos amigos deixados num leito de hospital...
(Ambulância não tem combustível para andar)
Ninguém tem noção que esperar resgate sem obter ajuda...!
Correr atrás de liberdade como?
se estamos acorrentados,
Quem pode nos ajudar?
Somos excluídos da sociedade?
Somos o futuro da nação?
A cada passo somos futuro!
O tempo não existe!
As pessoas estão bem aqui num estado inter,
Num país de tantas adversidades.
Aonde está a liberdade?
Somos escravos agora e sempre...
A direito certo para momentos inesquecíveis um grito de independência. E luz nos iluminou ainda está acessa.
Não compreendo porquê ainda arrastamos o mesmo episódio...
Jogados num mundo de esperança e luz.
A igualdade é um sonho.
Moradia...
Fome de inovação, fome de... Vida.
Será que que vivemos é mesmo que nascemos?
Tantos direitos...
num segmento de para onde vamos.
E ninguém diz nada.
Faça um pedido de requerimento,
O pedido de coração é feito.
A critérios para uma fila o destino é um bilhete de milhões dei o coração ele merece...
Uma pessoa cai na rua ela merece uma ambulância...?
Você já precisou de médico?
Você vale o que tem no bolso!
O voto de cabresto continua.
A vida é apenas continuações do tributo de branco ou preto.
Época da escravidão acabou?
Somos escravos das leis?
A lei que mata por ser apenas uma ""gripezinha" no fato que um povo foi dizimado.
Agora povo esquece quem se foi país, avos amigos e vizinhos.
Ainda somos um povo que luta e chora. Na luz da liberdade.
E é graças aos encontros inesperados dos velhos amigos que eu fico reconhecendo que o mundo é pequeno e, como sala-de-espera, ótimo, facílimo de se aturar...
Não abandone um velho amigo, porque o novo não é como ele. Amigo novo é vinho novo: deixe que ele envelheça, e depois o beberá com prazer.
(Eclesiástico 9,10)
Crônica: Lembranças de um velho amigo.
Um dia a maioria de nós irá nos separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido...
Quase todos os dias era assim, ele chegava na casa dos meus pais sempre pela manhã, trazia sempre o suor no rosto o corpo cansado e nada no bolso. (Edson Gomes) mas trazia também sua cartucheira no umbro, (era uma simples espingarda de socar, mas ele a chamava de cartucheira, kkk) de longe já dava para ouvir seus passos arrastando seu chinelo de couro, que ele mesmo dizia confeccionar, era passadas inconfundíveis, estava sempre cansado devido a longa caminhada de sua casa ate a nossa, mas o sorriso e as brincadeiras que era sua marca registrada, sempre chegava primeiro, e nem de longe se percebia o peso do sofrimento que o acompanhava, a fome e o pulmão piando por causa da asma não tirava a sua alegria, que contagiava todos que o conhecia.
Seu nome era: Dingo, mas também poderia ser chamado de trinco lumbrigo, cangaceiro, três por dia, e mais alguns outros que o tempo me fez esquecer. Talvez por ignorância ou mardade das pior, (como dizia o poeta) em todas as casa tinha o seu copo para beber água separado. A asma não é contagiosa, mas fosse falar isso para aquelas pessoas e até mesmo para ele, que nunca tomou um banho frio por medo de morrer. Certa vez meu pai mandou eu e ele prender o gado, (apartar os bezerros) e nesse dia formava-se pequenas neves nos céus, combinamos, e nos separamos a procura do gado, após procurar e não achar na parte que ficou para mim, fui ao encontro dele certo de que o encontraria junto com o gado, do outro lado do pasto, e lá estava o gado, e nem sinal dele, após prender o gado e procurar ele por todas as partes foi dar a noticia do seu desaparecimento ao meu pai, que preocupado exclamou: será que não foi tomar banho e morreu afogado? Mas logo lembramos que ele não colocaria nem as pontas dos pés em uma água fria. E já estava escuro quando meu pai disse: monta ai nesse jegue e vá na casa dele saber se ele chegou por lá. Gelei... Morria de medo de andar a noite, mas não me atreveria dizer isso ao meu pai, e lá fui eu. Oi de casa! Quem é? Respondeu o próprio. E lhe perguntei por que sumiu? E rindo ele responde você não viu a chuva que se formava? Fiquei puto de raiva, mas ele veio me trazer até próximo a minha casa.
Certa vez ele chegou la em casa, quando o dia ainda clareava, percebi em seus olhos que algo não estava bem, o que infelizmente era comum em sua jornada, mas ele nunca deixava que isso interferisse em seu jeito alegre de ser, mas nesse dia, a tristeza era visível em sua face - O que foi? Perguntei. Nada! Respondeu ele. E o silencio tomou conta de nós, até ele resmungou alguma coisa – O que você falou? Perguntei! Meu filho não dormiu esta noite, chorou a noite inteira. Ele ta doente? Perguntei, e antes que eu falasse qualquer outra coisa, ele disse não, é fome. E o silencio voltou a reina entre nós – até que eu falei: espera meu pai sair, ele vai para Santa Barbara – Ele já sabia do que eu estava falando, e quando meu pai saiu, peguei alguns pedaços daquela carne que ficava no fumeiro do fogão a lenha um pouco de fubá, farinha, feijão, e por mais incrível que pareça, ele já saiu dali cantando. Por causa dessa sua alegria contagiante todos diziam: Dingo é um homem de coração bom. Mal sabia ele que apesar do excesso de cuidados com a asma era justamente o coração que iria lhe deixar na mão.
“Vai meu amigo para o céu para você eu tiro o chapéu e faço uma oração para que os anjos na sua chegada cante canções apaixonadas cante coisas do sertão nessa minha despedida falo com a alma dolorida meu amigo vá em paz fico com o coração ferido porque te gosto demais. (Marcos Brasil, em Homenagem a Zé Rico)”
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembranças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece! Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim!
Nunca abandone um velho amigo, em virtude de ter um novo. Um novo amigo é como o vinho, só com o passar dos anos você apreciará a sua essência e sabor!
Pensem Nisso!
Velho Amigo Pirata
Olhares voltados para um só lugar
Lugar que não se vê, mas existe
Que quando sonhado
Inspira menosprezar o próprio mar
E quanto encontrar tal Perola e toca-la
Momento se tornará musica, sem nota ou cifra!.
Contudo, velho amigo pirata
Já sinto as cordas frouxas e velas enfraquecidas
Espero desacordado, anestesiado pelas ondas
Desesperadamente calmo não conto mais os dias
Minha pele está ferida, rala e branca
E em minha mente, são raras tais lembranças...
O sentido de respirar que me hesitava já não existia
A derivação do espaço, era por algo que já não entendia
E eram tantos os dias, que simplesmente sorri, por algo que realmente sabia
Morri em busca da minha própria morte.
“Os ventos que atingem o foco do olhar,
São os mesmos que dizem quando parar.”
Uma vez, um velho amigo meu me disse, ingenuamente:
''Quando chego perto desta linda menina, minhas mãos tremem. Você poderia me dizer o que isso significa? Não compreendo.''
E eu respondi, subitamente: ''É amor, meu amigo. Isso se chama amor.''
Ele apenas sorriu e foi abraçá-la.
Poeminha cheio de saudade!
Grande palito,
Velho amigo,
Aquele que me fez sorrir apenas com seu grito.
Palito, amigo,
Mestre das gargalhadas,
Das crianças recebeu as melhores risadas.
Mauricio; Palito,
Um ser único,
Um ser impar,
Um mestre,
Sábio rapaz,
Ágil, fugaz,
Inteligente...
Mauricio: Pessoa... Vivia sempre sorrindo e distribuindo alegria aos seus!
Palito: Personagem... Sempre sorrindo e continuando distribuindo alegrias aos seus!
Hoje, ainda com lembranças de você,
Sorrimos e nos divertimos com o que outrora nos contou,
Choramos de saudade e de inconformidade,
Por ter-te ido tão cedo.
Palito,
Velho amigo,
Grande personagem,
Ainda lhe tenho comigo,
Saudades de você amigo,
Vim por meio de todos que te ama,
Tomei a liberdade de escrever...
E dizer,
Que pra nós, você sempre será eterno: PALITO!
Um dia um velho amigo me disse no reflexo de um vidro sujo, cuidado com quem amas. Fiquei perplexo, mas em alerta. Nove horas mais tarde eu havia levado nove facadas da visita que chamei de morada.
SONETO DO VELHO AMIGO
Então, depois de tanto andar trilhado
Pesar rasgado nas retaliações, malícia
Eis que a amizade súplica por carícia
De amparo, dos tantos erros, passado
Enfim, se calado, deixai de ter sevícia
E sentai tu, amigo, aqui do meu lado
É tão bom novamente em ter-te amado
Nunca abandonado, do afeto imperícia
E no abraço antigo, não fomos garrano
Perceba ao nosso arfante a se comover
Pois deixe na quimera o nosso engano
Amigo que é amigo nada e então explica
Estamos sempre reencontrando no viver
Necessidade e, no coração se multiplica...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Em tudo há um zero,
um sorriso a um desconhecido,
um abraço ao velho amigo,
um carinho aos pais,
uma palavra de ordem ao seus filhos,
então comecemos do zero a cada dia,
a cada instante.
Esqueças dos erros do passado e
viva seu presente pensando no subsequente segundo.
Intenção
O familiar vazio existencial; encaro-o assim como vejo a face de um velho amigo o qual seu nome desapareceu de faladas frases por tantos anos, mas que agora volta ao meu viver com todas as suas características alteradas e embaralhadas pelo tempo.
Vagas idéias funestas passeiam de um lado para o outro em meus pensamentos, em um sádico jogo de imitação, tais idéias têm sua própria ciência do que se passa no distante eu, elas aprenderam a executar passo a passo de minhas ações desprovidas de progresso. Condeno-me a ser um mero fantoche controlado pelas cordas de minhas ocultas impurezas. Estou perdido, totalmente a só.
Tudo não passa de rasas razões, minha intenção está além do que empoeirados sentimentos possam oferecer-me em antigas tentativas de alcançar ao menos um pequeno pedaço de um amor fora dos padrões que para mim mesmo crio, procuro uma jóia rara que esteja enterrada neste solo morto que é o meu ser.
Nunca disseram-me que a chuva duraria para sempre, nunca disseram-me que seria para sempre nublado, para sempre cinza, para sempre frio, para sempre uma cruel atmosfera que suga por inteiro as cores que criei e pintei nos muros e planos brancos dentro de mim.
Corro em imensurável rapidez para a neblina que cobre o que está em esquecimento. Quero esquecer-me, ser esquecido, ser apagado pela borracha do universo que conspira contra o resto de mim, ser uma amarga memória descartável que não pudera encontrar uma doce consistência para habitar nos corações de faces, decepções e paixões que não lembrarão dos meus passos cobertos pela neve.
E pergunto-me: Por onde anda as lembranças que atingem o limite da saudade? Encontraram seus próprios caminhos no silêncio, ou apenas se perderam entre tantas ruínas de passados os quais marcam seus momentos em cicatrizes do enfermo presente?
Segredos que habitam meu reflexo; O que se esconde por trás dos úmidos olhos cristalinos que não aprenderam a viver em catatônica turbulência? Pode ser que de repente depararam-se com o atordoado ébrio se questionando se tudo o que se passa em sua cabeça é real?
Fantasia distópica, não há saída para as coisas que eu mesmo crio. Mártir desconhecido sou de minha própria criada odisséia, tenho muito a dizer, tenho muitos nadas a dizer aos que lêem a história de dor e lastimável superação do espiral descendente do que leva-me a pôr palavras na pele pálida do papel.
E enquanto o paraíso desmorona, o mundo cai, sou o único a sofrer as consequências, pois sobre mim é o lugar onde a existência desaba seus escombros. Tudo o que eu criei em minha própria mente esvai do que é realidade, torna-se apenas mais uma escassa intenção.
══════⊹⊱❖⊰⊹══════
Temporal
Tempo
Velho amigo, que nasceu comigo
E existe antes de mim...
Como eu quis te abandonar em alguma escadaria
Esquecer-te em numa esquina qualquer, numa fila de padaria
Pois você nunca sentou comigo pra olhar o sol
Nem a praia deserta parou pra ver
Passou noites em claro pintando cabelos de branco
E dias em escuro o amarelo do campo
Tempo
Você nunca para, nem acordo direito, a ferida nem sara
Nem pra orquídea rara tu estendes a estadia
Não vê diferença, no ano, no rico ou na hora da Ave Maria
Ah como eu queria te esquecer com as chaves
Nunca mais me encontraria
Não talharia sulcos em minha face, nem ceifaria meus dias
Tempo
Que desde a chegada aproxima a partida
Que faz da vida morte, que faz da sorte vida
Do corte a ferida, do norte Aparecida
Rumando a ausência, inexistência, essência à partida
Jovem escrevendo no concreto fresco:
Não temas a morte não tenha temas pra vida
Senhor na calçada dizendo:
Tudo que temos é o tempo que nem existe
Tudo que existe é a vida!
A vida pintada em retalhos pelo tempo
Tempo
Eu queria fugir de você
Mas apenas pra ter mais de ti
Minha paz, meu asilo, meu momento.
Tudo uma questão do velho amigo tempo
A emoção, a intensidade.
Uma verdade absoluta: Quem tem fé no que busca, chega até a voar.
Em minha esperança carrego o peso das mudanças
Quase desisto de chorar, como uma criança ganhando um doce.
E se toda choradeira fosse simbolo, do quanto custa cada lágrima?
Á lágrima é rica nela valoriza-se sua dor.
O travesseiro com sua absorvência se enriquece toda noite.
E meu papel se rasga todos os dias.
Valorize suas lágrimas, aos que reclamam que choram muito. A lágrima lava por um momento, depois voltamos a sujar os olhos com a tristeza. A felicidade dura por um momento, também caem lágrimas por não caber aos olhos tanta alegria. Os que não choram? Bem, na escrita toda tinta que cai no papel e vira palavra, é lágrima.