Não Gosto da sua Frieza
Não gosto de ser uma pessoa fria, de ignorar meus sentimentos ou fazer pouco caso de quem eu quero bem. Mas dói muito menos agindo assim.
Gosto da suavidade, da beleza natural, da paz na alma, da leveza de espírito, da sutileza transparente, onde enxergo o reflexo da magnitude do Criador.
quero saber se meu gosto ainda resiste
em viver na sua língua
enquanto você tenta
me esquecer beijando outros.
Eu gosto do absurdo, ele acorda as células do cérebro. Fantasia é um ingrediente necessário na vida.
Gosto de imaginar que o mundo é uma grande máquina. Você sabe, máquinas nunca tem partes extras. Elas têm o número e tipo exato das partes que precisam. Então imagino que se o mundo é uma grande máquina, eu também estou nele por algum motivo. E isso significa que você também está aqui por alguma razão.
Não Gosto de Nada Morno
Não gosto de coisas mornas. Que seja frio, estupidamente gelado, que esfrie a cabeça, refresque a alma. Que seja quente, ardente, fogo puro e queime. Mas morno não. Nunca.
Gosto de temperos. A falta deles deixa um sabor insosso nas coisas. O dia destemperado tem um gosto ácido e cinza que amarga a boca e o humor. Amor sem tempero é insípido, deixa vazio o estômago e a alma. Tempero tudo, faço da vida uma deliciosa salada.
Não gosto de esperar. Esperar significa inércia. E parar com tanto movimento dentro de mim seria indolência. Não espero nada nunca. Faço o que for preciso, mas faço agora.
Gosto do silêncio. Amo música. As vezes preciso de um espaço sem sons para ficar sozinha vagando pelos meus sonhos, buscando o "eu" em mim. Outras vezes, a fome de soltar meu "eu" pede melodia, preciso da música para marcar o ritmo da vida, uma orquestra para interpretar meus pensamentos e ecoar as partituras emocionadas do meu coração.
Gosto do que é intenso, do verdadeiro, do desafio, de arriscar.
Quero paixão ardente, comida quente, beijos molhados e demorados, voltas ao mundo, amores de cinema, sorvete com muita, muita calda de chocolate.
Quero praias desertas, mistérios e descobertas, festas sem fim, ducha fria no verão, calor de cair no rio, amor na chuva, na cama, amor na vida, a vida inteira.
Quero cinema completo, com pipoca e arrepio, quero montanha russa, surpresa, aniversário. Adoro aniversário. Quero muitos presentes, brigadeiro, beijinho, e não importa a idade, quero "parabéns" e velinha.
Quero conversa, andar de bicicleta, passear de mãos dadas.
Quero flerte, quero paixão, quero dar risada.
Mas não quero nada morno, sem tempero ou parado.
Quero viver a vida, apostar no tudo, ser feliz e fazer feliz quem cruzar meu caminho.
Só assim a vida vale, de outra forma, para mim, não vale nada.
“Desculpa, é que nem eu mesmo gosto muito de mim. Fico meio assustado quando alguém me diz que consegue isso.”
Preciso de você
Do gosto do seu beijo
Do toque da sua mão
Da sua respiração
Do seu corpo no meu
Do seu suor escorrendo
Infinitamente!
Inteiramente!
Na mente.
No carro, na cama.
Na alma.
- Mas eu gosto dos inconvenientes.
- Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortavelmente.
- Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo
autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
Eu sou assim,
Não paro, não canso, não abro a mão do que eu quero, do que gosto. Não finjo. Não fantasio. Não faço e nem falo tudo certo. Sou fraca em alguns momentos, mas forte em outros. Eu Amo. Eu me amo. Eu brigo. Eu choro. Eu grito. Eu abraço. Eu converso com Deus. Eu falo sozinha. Tenho desejos, objetivos, sonhos, lembranças. Tenho muitos pecados, não sou a mais certa, mas aquela que se entrega, que provoca, que não nega e não se prende. Minha falta de medo me assusta.
GOSTO QUANDO ME FALAS DE TI
Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida
na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos
[tranqüilos
Gosto quando me falas de ti... e então percebo
que antes mesmo de chegar, me adivinhavas,
que ninguém te tocou, senão o vento
que não deixa vestígios, e se vai
desfeito em carícias vãs...
Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos a luz
vasculha todos os cantos de sombra, e eu só te encontro
e te reencontro em teus lábios, apenas pintados,
maduros,
mas nunca mordidos antes da minha audácia.
Gosto quando me falas de ti... e muito mais adiantas
em teus olhos descampados, sem emboscadas,
e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol
distendido,
e descortino o teu destino, como um caminho certo, cuja
primeira curva
foi o nosso encontro.
Gosto quando me falas de ti... porque percebo que te
[desnudas
como uma criança, sem maldade,
e que eu cheguei justamente para acordar tua vida
que se desenrola inútil como um novelo
que nos cai no chão..."
(Do livro "Quatro Damas" 1ª Edição, 1965)
Ser cristão é ter um certo gosto pela crueldade, contra si e os outros; o ódio contra formas diferentes de pensar; o desejo de perseguir.