Não Consigo
De qual lembrança?
De qual embrança vem este som,
que não consigo reconhecer?
Remete-me a algo,
outro tempo,
outro espaço.
Não sei qual,
não sei onde.
Sei que saiu do meu corpo,
habito outra dimensão.
Lá onde recolho saudades,
e planto gratidão.
Lá posso voar,
dançar como se chuva fosse.
E das lamurias sofridas que ouço,
Faço vento, para planar.
Sou pedra,
montanha,
encostas do mar.
Sou lua
Estrada,
E a força de um cantar
Aquele que ouço
Mas não consigo identificar.
Enide Santos 07/11/14
A ESPERANÇA
Oh esperança. Como parece distante.
Quase não consigo tocá-la, mas ao ver o Cristo ressurreto a sinto mais por perto.
A esperança não tem idade e não depende do tempo.
Ela foi cravada em nós junto ao prego que na cruz cravou o inocente.
A esperança é como o ar que respiramos; não o vemos, mas sem ele morremos.
A esperança não foi inventada, dizem que em Gêneses 3.15 ela foi criada,
Mas na presciência de Deus o Cordeiro foi morto antes de o mundo ser criado.
Então antes de tudo existir, podemos dizer: Haja Esperança.
De repente as palavras me faltam, e já não consigo escrever mais nada, to ocupado demais pensando nela.
Não consigo ver felicidade sem flores
e para isso a minha janela estará sempre aberta;
é inimaginável um mundo sem amores...
Acreditar na paz interna ainda é a coisa mais certa!
Calmo eu vejo o mundo
Mas ele não me vê,
Cercado de absurdo
Que não consigo entender
Mundo , pobre mundo
Tenho pena de você
Pois te fizeram mudo
E cego para não ver
Calmo olho a tudo
Me desespero ao perceber
que fazem de ti , oh! mundo
Se tão belo o seu viver...
Não consigo descrever a saudade que eu sinto daqueles dias, posso apenas sentir e tentar desabafar um pouco. Você se foi, mas deixou tanta lembrança, tantos momentos que ficarão eternizados em minha memória. Todos cometem erros e alguns dos nossos erros nos afastaram, mas eu tenho certeza que em algum lugar, nossos destinos voltarão a se encontrar. Não é possível que tudo que vivemos tenha que permanecer no passado. Eu te perdoei de coração e por isso, desejo que o futuro tenha nos reservado algo. Nossas almas estão acorrentadas, e infelizmente, só percebemos isso depois que acabou.
Devaneios
Não consigo me concentrar
Minha mente corre sem freios
Já não sei mais oque é real
Ou puro devaneio
Aves de rapina voam sobre mim
Olhando-me como alimento
Parece um pesadelo sem fim
Engulo o choro, e lamento
Percorro do inferno ao céu
Meus medos, e anelos
Provando do mel e do fel
Em um universo paralelo
Porém, meu maior receio
É perder-me de vez
Nesses devaneios.
Não consigo dizer que amo o próximo se ao subir no ônibus pela manhã eu não olhar para o motorista, considerar a dureza do seu trabalho e não tentar suavizá-lo com o meu bom-dia.
Eu não consigo escrever sobre ele;
Ele é algo que nunca tive e não tenho ainda;
Esta tão longe e tão perto;
Posso vê-lo, mas não posso senti-lo.
Acorda menina!
A vida tá acontecendo lá fora.
Me conta depois..
Não consigo ver através do meu casulo.
"Há coisas que não consigo ser ou fazer. Não consigo ser uma pessoa "fofa", muito menos "zen". Meditar? Aiiiiii meus sais! rsrs Relaxo dançando, conversando, rindo demais, ouvindo música. Detesto tatibitati em excesso. É anjo pra lá, vida pra cá, tchutchukinha pra acolá. Não aceito situações pra evitar brigas ou pra não desagradar. Não finjo estar tudo bem, prefiro uma conversa direta, bem direta até. Direta de assustar muitas vezes. Não consigo botar um sorriso no rosto se eu estiver triste. Quer saber como estou me sentindo? Olhe bem nos meus olhos. Não disfarço, todas as minhas emoções estão ali no meu olhar. Não consigo acompanhar uma pessoa que não está na mesma sintonia que eu. Sou espontânea demais, se eu tentasse ser algo que não sou, não daria certo. Não consigo fechar os olhos pra certas coisas. Não consigo ter de mostrar que mereço o amor das pessoas, acho um saco aliás, perda de tempo. Ah "vou mostrar que sou boa cia", "vou demonstrar que sou uma pessoa bacana", "vou agradar", "vou bancar a compreensiva". Vou merda nenhuma! Tem coisa que se não acontecer naturalmente, pra mim é forçar a barra. E, dentre as tantas coisas que escolhi, uma delas foi a de viver o que sinto! Ahhh e sinto tanto, tanto, tanto"
Érika Ribeiro Pinheiro
Não consigo entender como despertaste tanto AMOR em mim. Tenho que te trancar em uma caixinha pra ver se eu consigo lembrar de mim.
Não sei me arrastar. Desculpa mas eu não sei. Não consigo passar por cima do que sou para satisfazer seu desejo de grandeza...Quer se afastar, se afaste. Quer ficar, fique. Ninguém deve se sentir atado á alguém. Somos amaldiçoadamente livres. E é essa liberdade que vai nos servir de consolo quando nada mais restar. Você terá ido. Eu terei virado fumaça. E de nós vai restar a risada, abafada pelo som da chuva no pára- brisas.
“A inspiração é minha fiel companheira ou é você? Já não consigo mais distinguir o que é poema, música e você, afinal tudo isso aquece minha alma, são dádivas, tudo é amor é paz, você é minha nota musical preferida com ela faço um concerto inteiro”.
VOCÊ, VENTANIA DA MINHA ALMA
Este vento em mim sopra ao contrário
e eu não consigo abrir a janela da alma
para que esta chama finalmente se apague
e assim eu fique só, sem você, no meu escuro
Já não dá mais pra esconder o choro
e nem dizer que foi uma fumaça qualquer
que fez os meus olhos lacrimejarem
quando eu percebi a sua eterna ausência
E nem tão pouco posso dizer com certeza
que tudo foi um sopro disparado em vão
soprado insistentemente pelo destino
rumo ao deserto que me tornei
Você causou um susto inevitável à minha vida
fazendo o meu coração disparar no tempo
palpitando aos gritos no seu silêncio oculto
Dou-me conta de que realmente não vens
e decido-me abrir a janela docemente emperrada
para que a chama num só impulso se apague
Mas ao abri-la, vejo que sopras mais em mim
porque você é este vento que me incomoda
este vento que me detém, que me leva além
que carrega em revoada as minhas palavras
feito folhas mortas, secas e leves, sem rumo
E entras mais forte feito tempestade
e vais varrendo tudo, toda fantasia, todo sentimento
Remoendo tudo em mim e só a chama não apagas
talvez por medo do seu próprio escuro