Namoro, Noivado e Casamento
Todos podemos ser o par perfeito de alguém, desde que estejamos dispostos a mudar para então dividir momentos marcantes ao lado desse determinado alguém.
Do contrário, não seremos o par perfeito de ninguém e nem uma boa completude de par para qualquer alguém que seja.
Não acredito em amor a primeira vista, para mim a paixão é furada. Para mim, o amor vem com o tempo e com a convivência. O segredo é o casal se dedicar ao relacionamento, e não apenas um do casal.
A pessoa que te ama...só quer aquela pessoa incrível que você era quando disse SIM a ela no início de tudo...e não a que você se tornou hoje.
Para um relacionamento duradouro...
Primeiro deve-se conhecer a si mesmo e depois o outro; pois, assim, se erguerão os pilares do propósito e da afinidade.
Sem o real conhecimento do sentido, coisas e gestos não passarão de utopias movidas por motivos vazios.
É extremamente simples saber se um relacionamento dará certo até mesmo antes das pessoas se conhecerem. Os desastres relacionais que ocorrem hoje em dia são apenas fruto da descrença de quem pensa não haver valor algum em uma boa avaliação de potencial de felicidade entre duas pessoas.
Mulher que se deixa apaixonar por homens com palavras bonitas e românticas, homem inteligente e físico malhado, ao invés de enxergar friamente quem é a pessoa, corre risco um grande risco de cair em mãos erradas e sofrer.
Quando você ama de verdade, percebe que o sentimento que tinha com todas outras pessoas que já se relacionou era tudo menos amor.
A minha opinião sobre o ciúmes é que depende muito de como o companheiro(a) se comporta diante de situações com outras pessoas do sexo oposto, se sabe se dar o respeito, não dá bola, não dá ousadia, se sabe sair fora de paqueras e assédios. Se age corretamente mesmo na tua ausência, não há porque ciumar.
O mundo está tão tóxico que as pessoas precisam esconder seus novos relacionamentos por meses para que ninguém de seu convívio: estrague, inveje, mal agoure, critique.
Enfim, para que não destrua o que está apenas começando. Não devemos achar isso normal.
O peso de um círculo infinito
A aliança não é uma vitrine. Não é um letreiro que grita ao mundo que você pertence a alguém, nem um escudo para afastar olhares curiosos. É um lembrete silencioso, um sussurro que você carrega na pele: “Ei, você tem alguém para amar e cuidar.”
É engraçado como, às vezes, esquecemos que o maior compromisso de um relacionamento não é com o outro, mas com a nossa própria memória. Porque amar é, antes de tudo, lembrar. Lembrar que o amor não é só sobre sentir, mas sobre fazer. Que cuidar é verbo, não promessa.
A aliança deveria ser vista menos como um símbolo e mais como uma bússola. Não aponta para o mundo, mas para dentro de nós. Para nos lembrar das manhãs difíceis em que precisamos escolher ficar, dos dias silenciosos em que o cuidado fala mais do que mil palavras.
Porque o amor não vive de gestos grandiosos, mas de pequenos atos que constroem um lar invisível entre duas almas. A aliança não impede traições, nem sela garantias. Ela não tem poderes mágicos. É só um objeto, simples, mas carregado de um significado que vai além do ouro ou do brilho.
E, quando olhamos para ela, deveríamos ver mais do que um acessório. Deveríamos enxergar as vezes em que dissemos “sim” sem dizer, quando ajudamos, entendemos ou perdoamos. Deveríamos lembrar que o amor não é automático, mas exige um cuidado que, às vezes, vem à custa de nosso próprio orgulho.
Não é sobre mostrar ao mundo que somos comprometidos. Não é para provar a ninguém que temos alguém. É para nos lembrar de que escolher amar é um ato diário. Que o amor se desgasta sem manutenção, como qualquer outro bem precioso.
A aliança, no fundo, não é para o outro. É para nós mesmos. É para aqueles momentos em que esquecemos por que começamos, quando a rotina pesa, quando o cansaço parece maior que o afeto. É um lembrete de que, por trás do símbolo, existe uma história, um compromisso que não pode ser sustentado apenas pelo desejo de exibir.
Porque amar e cuidar nunca foi sobre mostrar. Foi sobre ser. E, às vezes, um simples anel é suficiente para nos trazer de volta àquilo que importa.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia