Nada pra fazer
Quando não se tem nada pra fazer poetizamos, e ao poetizar descobrimos que o nada é tudo em cada verso. Então, não é passa tempo, é um demonstrar da existência, uma construção da realidade, é o seu eu que se expande e transcende ao que queres ser
"Mesmo aqueles que dizem que tudo está predeterminado e que nada podemos fazer para mudar essa predestinação, olham com cuidado para os dois lados antes de atravessar a rua".
"Para todo efeito inteligente existiu uma causa inteligente".
O Astronauta se deliciou naquela noite
Era sábado e ele não tinha nada pra fazer
Ele e um terráqueo que conheceu a tempos
Falou que ia pra noite ver as borboletas
O amigo topou e começou a decolagem
Chegaram a uma terra de margem distante
Acharam um lugar que guardava
de borboletas um enxame
Porém avistaram uma, uma bela
Que exalava um teor de coisas boas no ar
O amigo terráqueo não pareceu se importar
Então o astronauta avistou o sorriso da borboleta
E estalou sua mão no ar
Ficou meio acanhado foi em busca do seu olhar
Chegou perto e começou a querer se comunicar
A tempos ele vinha a terra e não avistava tanta beleza no ar
Procurou encontrar a isca, encontrou e foi logo fisgar
Pescou!
Conseguiu sentir o amor
Tão belo seu coração ficou
Dali em diante mal sabia o astronauta
Que seus sentimentos jamais iriam querer pousar em outro lugar
Se apaixonou
Mas o astronauta era experiente
Todo blindado e em defesa
Sabe ele que não pode se machucar e ferir
Por tal motivo foi tão condecorado
Escolhido entre milhões a ser o único
O tal que trocaria a eternidade da terra
Pelo brilho da noite no espaço
E eles se beijaram
O Astronauta e a Borboleta terráquea
Se beijaram, se selaram, se cessaram
De tudo que mais a terra possa vir a oferecer
Nada diferente poderia ser melhor
A este beijo e a este abraço
Até estava ele
Pensando em diminuir o espaço
Noite de Borboletas
A noite em que a mais bela tocou seu coração
A noite em que a Borboleta sentiu a verdadeira emoção
Viajou com o astronauta pra longe
Conheceu vários lugares
Deliciou-se com amor que vem de outros ares
Foi até o último suspiro que o amor se esconde
E a noite acabou!
Rápida! Como uma flecha!
Bom, o que acontece ao nosso Astronauta maluco?
Foi parar em qual mundo?
E a nossa borboleta vibrante?
Será que conseguirá viver nesse planeta alucinante?
Não sabemos!
O astronauta ainda irá voltar
A Borboleta, enquanto isso, não vai pousar
O coração do Astronauta esta na sua mão
Espero que eles cuidem do amor
E não façam parecer "só mais uma história em vão"
Astronauta e a Borboleta.
Estava sozinha na rua
Sem nada para fazer
Admirando a lua
E pensando em quem quero esquecer
Atirando pedrinhas num rio
Chorando por um grande amor
Tentando destruir sentimentos
Mas onde você ir, eu vou.
Não tem mais nada à fazer
Pois tudo você já conseguiu entender
Siga o seu coração
E lembre que o meu, deixei em suas mãos.
A definição para os vereadores de Panelas é: um conjunto de pessoas que separadas nada podem fazer e que se juntam para decidir que nada pode ser feito
Qual o preço a se pagar pela vida não vivida? Por dias esquecidos na fútil arte de nada a fazer? Lute por cada segundo como se fosse e são os últimos de uma vida sem data definida ao fim.
Faz parte boa da vida, acordar sem despertador
com alguns planos de nada para fazer,
lembrar que o caos sempre passa e sorrir sem motivo,
e agradecer por estar vivo.
Faz parte boa da vida,
sentir aquele arrepio emocional,
ouvir música e cantar, mesmo sem saber a letra.
Lembrar de assistir os céus enquanto
eles te assistem lutar e recomeçar todos os dias.
Faz parte boa da vida ouvir ela gargalhar e assim
aprender traduzir a felicidade sem mesmo usar palavras.
Lembrar que sou rico por ter aquele sorriso
acordando comigo.
Faz parte boa da vida
você fazer parte da minha.
Eu desabei
Não me restava mais nada a fazer
Como nos filmes, assisti os destroços, a poeira e tudo que eu tinha caindo por terra
Em câmera lenta, sentindo cada lágrima misturada ao suor
Só que não havia multidão
Eu estava sozinha
E ali eu entendi de uma vez
Que as mãos que tanto me acolheram
Eu as rejeitei
E apenas ficaram as minhas
Para reconstruir tudo sozinha
O silêncio da espera é o retumbante barulho da alma. Nada a fazer a não ser observar e aprender para enfrentar com prudência e determinação os desafios da vida.
A vida tende sempre a mudar,disto você não tenha dúvidas e há coisas que nada podemos fazer para impedir .
O que aconteceu está escrito nas lápides do passado.
Nada a fazer quanto a isso.
O que está por vir está sendo escrito bem agora, mas desta vez eu tenho a caneta em punho e eu mesmo conto minha própria história.
Como já diria Napolonga, essa ilha aqui ta uma bananeira sem nada pra fazer, qualquer hora tamo junto.
Rolezinho no inferno.
Nada para fazer, resolvi dar uma voltinha lá nas profundezas do inferno. Afinal, já havia um bom tempo que não aparecia por lá, e confesso, queria saber as novidades quentinhas saídas do forno. Se é que me entendem.
Chegando lá, me deparo com um velho amigo, o Gabiru.
Quando ele me viu, já ficou todo emocionado, e perguntou: Já desceu? Veio para ficar? Bom, respondi-lhe que estava só de passagem, e que logo retornaria. Não sei o por quê, mas, senti que ele ficou desapontado com a minha resposta.
Mas, como o Gabiru sempre fora um bom anfitrião, deixou sua frustração de lado, e me levou para dar uma volta em seu reino e mostrar seus novos empreendimentos.
Em meu tour pude observar quase de imediato, que o número de pessoas existentes nos campos de tortura haviam aumentado consideravelmente. E, percebi também que o setor responsável por atormentar a alma dos vivos, estava basicamente sem funcionários.
Aquilo me chamou a atenção e indaguei a Gabiru, sobre o que tinha acontecido. Afinal, o setor de encosto e atormentação, funcionava a todo vapor, e seus colaboradores quase não tinham folga.
Gabiru, deu uma risadinha e me disse que havia acontecido algumas mudanças no comportamento das pessoas, o que de certa forma, fez com que os funcionários responsáveis pela atormentação e encosto, tivessem uma folga, e, que muitos destes funcionários, já haviam sido transferidos para o setor da tortura eterna, aonde eles eram mais úteis. Afinal, administrar é uma arte.
Curioso, perguntei quais foram essas mudanças, que afetaram tanto o comportamento das pessoas, fazendo-as se condenarem mais rapidamente.
Gabiru olhou espantado para mim, como se não acreditasse nas minhas indagações. Então, após um pequeno momento de reflexão, puxou uma cadeira, acendeu um cigarro, e me pediu que eu sentasse, pois iria me explicar o ocorrido.
Gabiru disse: Há muito trabalhamos de forma incansável, para conquistar a alma humana. Embora seja fácil esparramar a discórdia, o medo, a mentira e todos os pacotes que desvirtuam o homem de seu caminho, este ainda resistia muito, e sempre estavam se arrependendo dos erros que acabavam cometendo, e como a regra do perdão é clara, o pessoal lá de cima aceitava e, ficávamos sempre em desvantagem. Assim sendo, tínhamos que trabalhar dobrado para fazer com que eles, os homens, continuassem de olhos fechados para suas ações.
Bom, nem preciso dizer que o homem é dotado de racionalidade, de inteligência, mas, é bom lembrar que ele, o homem, é também um animal, e como tal, age para atender seus instintos. O famoso animal racional.
E foi aí, dentro do atendimento de suas vontades, que o homem criou mecanismos para alimentar seus desejos mais ocultos e profanos, expandir seu leque de ódio e mentiras, exacerbar na ampliação da vaidade e do egoísmo, enfim...caminhou sozinho para cá, sem escalas e sem o nosso auxílio.
O homem sem perceber, deu um passo grande para a condenação de sua alma, quando começou a contaminar mais a sua mente. Lembre-se, contamine a mente, contamine a alma.
E, ele o fez com suas próprias criações.
Como assim? Indaguei.
Ora, Massako, veja bem, vou lhe dar um pequeno exemplo.
As redes sociais. A ideia da criação delas, era e é um projeto interessante, pois tinha como objetivo, aproximar pessoas, e manter um relacionamento sadio.
Mas, o animal dominou o homem e, por consequente a sua razão. Atrás de uma tela, ele expõe todas as suas vaidades, suas mentiras, sua hipocrisia. Destilam ódio, desejam o mau, desinformam, criam medo, aterrorizam, barbarizam, se deliciam com a desgraça alheia. E, em alguns casos, mandam umas mensagens angelicais, para talvez, amenizar a consciência.
Ora, este homem de hoje, que ainda não sabe utilizar uma rede de relacionamentos, contribui em muito para a turma daqui. Afinal, ele está fazendo nosso suado serviço, de graça.
Este homem, a quem prosternamos nossas cabeças, passou a acreditar em falsas verdades, parou de pensar, e cego pela sua curta interpretação dos fatos, iluminou mais a ignorância. Deu vazão ao seu ódio disfarçado. Ofendeu, maltratou, e se justificou dizendo a si mesmo, que não era nada sério, que era apenas algo virtual.
O homem esqueceu que as únicas coisas sobre o seu controle, são suas opiniões, aspirações e desejos. E, que sempre tem uma possibilidade de escolha quando a natureza do assunto se diz respeito a nossa vida interior.
Como ele envenena a todo momento sua mente, sua alma se condena.
Por isso, é que o lugar aqui está tão cheio.
Sobre as redes, poderíamos ficar dias falando sobre, mas, vou agora lhe falar sobre aquele objeto já antiquado, a televisão.
Programas que tem audiência, são os que tem a lascívia e a luxúria em primeiro plano, são os que pouco agregam. Muito corpo, pouca mente. E, para uma mente que é contaminada diariamente, a programação, tem que ser assim. Nem nossos melhores cérebros aqui, conseguiram pensar nisso. Éramos mais sutis, um encosto daqui, um empurrãozinho dali, e tinha que ser assim, pois a patrulha lá de cima, estava atenta.
Neste momento, interrompi o Gabiru, e lhe perguntei, e a turma lá de cima, por que não estão fazendo nada?
A resposta foi simples: Livre arbítrio.
O homem escolhe e é responsável pelas ações que estão alojadas em seu coração. O comportamento, as suas escolhas, é que ditarão o seu caminho. Não sou eu e nem a turma angelical que tem o poder de mudar isso. É uma decisão humana.
Quem é fiel às virtudes, a moral e aos bons costumes, logicamente, sempre estarão no andar de cima.
Mas, observe, que o andar de cima, está esvaziando, e penso que é muito difícil ao homem reverter esse placar.
Enquanto isso, vou me deliciando com as almas que vem descendo, e se notou, estou até mais gordinho.
Depois deste pequeno bate papo, vi que já estava na hora de ir. E, embora, nossa conversa tenha sido proveitosa, despedi de meu amigo Gabiru, e disse-lhe que teríamos outras conversas, antes de descer definitivamente é claro.
Afinal, toda visita é boa, por no máximo dois dias.
Subi.
Pense, reflita.
Graça e paz.
Te amo.
Massako 🐢