Nada a Sério
Ao ouvir alguém dizer que não quer nada sério, lembre-se de que, na verdade, ela quis dizer que não quer nada sério com você, pois, se surgir alguém que ela goste de verdade, ela pode até se casar no dia seguinte.
O pior erro do ser humano e querer alguém que não quer nada sério e no final a pessoa vai embora te deixando expectativas e pensamentos em que você não foi bom suficiente que deveria ter tentado mais.
2024, o ano da ilusão, onde as pessoas não querem mais nada sério, onde a traição é predominantemente, onde o amor é algo extinto, onde o respeito pelo parceiro é algo inexistente.
A pessoa pode até não querer nada sério no momento. Pode até não ter a intenção de se apegar, viver um romance bonito e nem nada disso. Ela pode estar com planos de morar em outro país, pode estar com trauma de relacionamento ou simplesmente estar sem paciência para se relacionar, mas acredite em mim: se ela encontrar uma pessoa que ela acredite que vale a pena, ela vai, no mínimo, se permitir tentar. Ela não vai desperdiçar essa chance.
E a dolorosa verdade por trás do “não quero nada sério agora” é que, na realidade, a pessoa não quer nada sério com você.
Quantas vezes a gente escuta isso de alguém e logo depois a pessoa começa a namorar com outra? Quantas vezes a gente vê pessoas que não tinham a menor intenção de ter nada sério namorando? Isso só prova que não é que ela não queria nada sério. Ela não queria nada sério com você.
E tudo bem. Nem todo mundo vai querer namorar com você. Nem todo mundo vai te ver como uma boa opção. Mas isso, de forma nenhuma, significa que você não seja uma boa opção. O fato da pessoa não querer nada sério com você não diminui o seu valor. E a verdade por trás de toda essa história é aquela máxima: quem quer, dá um jeito. Por isso que eu digo: quem quer de verdade, te inclui nos planos, trabalha os medos e tenta fazer dar certo, ao invés de simplesmente dizer que não quer nada sério agora.
“ESPÈRE SONNET”...
Minha solidão tem seu segredo, nada sério
A não ser para o coração, um seu tormento
Que sente, padece, e ainda vive no mistério
De uma saudade sofrida, e cheia de lamento
Ai desta alma! que acha e vive num cautério
Se vê solitária, a amargurar, a cada momento
O pranto, dum miserável monólogo hésperio
Num silêncio, sem ousar falar de sentimento
Pra superação, embora seja terna e ardente
Ela, segui o seu caminho, assim, indiferente
No murmúrio de amor num despido jardim
Sofre, sofro! Vivo no capricho duma crueza
Da sensação, que da emoção tem a certeza:
Do fim. E eu, que um amor haverá para mim! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/03/2021, 15’44” – Araguari, MG
Arversiano