Na Hora da Minha Morte
Pra mim, tu és a minha morte, morro ao pensar de mais em você, me afogo em saudades e sou enforcado por a vontade absurda de te ter por perto a cada santo minuto... Mas porém entretanto toda via... Você pra mim é minha segunda salvação! Me livrou de mim mesmo, reacendeu a chama da minha felicidade com muita força que a todo momentoe sinto fervente em alegria quando penso em; nós, uma casa, casados, e tantas outras coisas que fazeria esse pequeno pedaço de meus pensamentos, grande... Você é o mistério que mais anseio em desvendar...
E sim meu desejo é continuar lendo você! Até o dia da minha morte eu desejo isso! Por favor nuca se feche pra mim. Você pode confiar sua vida em mim que eu não vou te decepcionar!
Eu pensava que o inferno era um lugar para onde eu iria após a minha morte.
Mas com o passar dos anos, percebi que o verdadeiro inferno está em minha mente, onde luto contra meus próprios demônios todos os dias.
Que minha morte seja doce, que ela venha de mansinho, me abrace de uma forma confortável , acolhedora e que a minha morte seja doce...
No envento da minha morte as evidências confirmarão que eu estou vivo em algum lugar, minha jornada terrestre tem terminado. Mas acabei de chegar nos portões de uma cidade, ela se parece com uma joia no universo.
Eu não tenho medo da minha morte, pois ela tem medo de mim. Ora vejamos: ela só vem quando eu vou, porque a minha ida é a própria morte.
“Toda vez que enfrento um dilema pratico o exercício de minha morte.
Na minha cabeça só assim se é possível enxergar as próprias vísceras.
A morte, ainda que encenada, me garante esse distanciamento necessário para não me deixar corromper com o objeto ou assunto por mim observado.
Só morto consigo ser imparcial.”
SUPLICANTE:
Por ocasião de minha morte,
Tão breve quanto a tua
Não me agracies compaixão,
Melancolia ou pesar
Pois que em vida me odiaste,
Meu coração molestasse
Por que agora caminhas
Nesse insólito séquito?
Não! Não me indulte funeral,
Cortejo ou adoração
Deixeis que meus entes
Se encarreguem do fato
Com pouca indumentária
E que apenas consigne
A identidade na lapide
Sem muita adornação.
VELÓRIO (soneto)
Penso às vezes na minha morte, os tutores
Se dela estarei dormindo no meu cansaço
Penso nas instalações do eterno regaço
E se com dores choraram as dadas flores...
Penso no quão terei pêsames sofredores
Ou não. E se olhares ecoaram pelo espaço
Laços de adeus, ou simplesmente passo
Sem rezas, de quem perdeu seus valores
Penso se serei um dissabor, no que fiz
Me diz: ó Deus, nestes vacilos dispersos
Se vou deixar saudades, se assim condiz!
Penso nas conversas, os causos imersos
Se ali estarei descontente ou então feliz
Digo: a quem possa saber... - fui diversos.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/02/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"O que define a minha existência não foi primeiro pelo dia do meu nascimento até minha morte, mas porque primeiro morri pra depois nascer de novo por amor a Cristo."
—By Coelhinha
Nem a morte valeria
Hoje eu poderia morrer, morrer pra te punir
outrora já pensei que minha morte
seria também morte para ti.
contudo, agora não é bem assim,
creio que nunca fui tão importante
como erroneamente imaginei
não vejo mais paixão nos teus gestos
nem desespero em tuas reações
quando sofro a angústia mortal do abandono.
há um egoísmo cruel em tua liberdade recente
quando por amor te dei alforria
não tenho mais parte contigo em teu paraíso
nem no teu inferno.
e aquele encanto do amor da juventude
inexoravelmente se apagou
como estrelas na eternidade cósmica
no apogeu vigoroso do meu querer, da minha empatia,
hoje não somos nem metade do que fomos um dia
mesmo se poeta eu fosse, como Dante, jamais saberia
descrever a tua atroz indiferença em poesia.
Um dia, no leito da minha morte, talvez alguém leia estas palavras e diga: ‘Lá se foi um bom homem.’ Porque as pessoas tendem a valorizar mais depois da perda. Mas tudo bem.
Quando esse dia chegar, só espero uma coisa: que ninguém chore. Eu sei que é quase impossível. Às vezes, choramos não por tristeza, mas pela emoção.
Ainda assim, o ideal seria que ninguém chorasse, porque este caminho está predestinado a todos nós. E eu saberei exatamente para onde estou a ir — para o seio do meu Pai. Tenho plena certeza disso.
Peço que não chorem, porque eu estarei vivo…
Vivo nas lembranças de quem me conheceu, vivo nas histórias que contei, nos abraços que dei, e eterno nas ações das pessoas que decidirem seguir os meus bons exemplos.
Graças a Deus, após 50 anos de vida não tenho mais medo da minha morte. Entretanto, a perda de um ente querido continua sendo um momento muito difícil para mim e até hoje não consigo lidar.