Na Hora da Minha Morte
seus lábios minha morte
teu desejo meu amor,
perdição por acaso
sois o amor,
entre o tempo...
lagrimas que morre
em teu corpo,
ermos a solitude
de sabores atenuantes,
ao julgo por assim minha paixão,
desconheço teu veneno,
embora minha morte seja um sonho,
profundo em teu amor.
Como Lázaro eu estava morto e não sabia, mas minha morte era espiritual e Lázaro após ouvir a voz de Cristo ressuscitou; comigo não foi diferente!!!
Na minha morte .
AOS AMIGOS
Por favor não quero um aviso em jornal , nem uma coroa de flores , nada material.... quero sim que coloquem no mural da sala aonde estarei !!!
UM QUADRO DE AVISO
Que os amigos coloquem as doações feitas por eles nesse momento , aos que vivem e necessitam viver melhor ( orfanatos e asilos )
AS FLORES E AS ARVORES TAMBEM AGRADECERÃO !!!
ou seja O MEIO AMBIENTE COMO UM TODO!!
Conversa
Alvorada? Qual? Tu, mulher?
minha morte? minha perdição?
não posso tomar por ti,
os teus cuidados
que não vejo esperança,
só para te garantir
a ideia de eternidade.
lamento. me perdoa
a sinceridade.
vim ao mundo para conhecer
o amor, mas parece que nele
também foi enganado e traído.
nada mais faço, senão enleiar
aquela convicção de vida
simples que os imortais
sonham sempre. é triste,
sabes mulher.
nasci sei que contente...
e o mais simples dos seres.
conheci amor sim, não nego.
conheci amor sim, não nego.
tanto que conheci drummond,
ducasse, rimbaud, pessoa.
conheci amor sim, não nego
A minha morte anunciada
Viajo muito atônico por uma linha
Sem qualquer razão ou intenção
Perdi o que mais almejava, vida minha...
Perdi a chance de lhe ver morta no chão
Suspiros demasiados são a tua melodia
que embalam o meu longo e sinuoso funeral
enquanto eles choravam ela me acudia
O que você acha meu amor... não é celestial?
Arranjos, sinfonias, orquestras e risadas
tudo embala minha fria e gélida alma
Vocês nunca me pareceram abaladas....
Sempre me transmitiram uma falsa calma
A palavra que procuro é inconveniente...
Nada além de um mero copo descartável
Que de tão exótico lhe pareceu atraente
Mas o meu orgulho não me tornou maleável
Fiquei cada vez mais sem minha perseverança
Mas aprendi a confiar mais em mim
Por que nos outros perdi a confiança
Então Chaplin, será melhor assim?
Há quem morre do coração
E há quem morre, assim, de bobeira.
A minha morte vai ser de improviso.
Que é morte da mesma maneira.
Exclusivamente eu.
Já vivi o dia da minha morte dezoito ou dezenove vezes! Posso ser um anjo ou alguém que não mereça o perdão de Deus, mas sei perdoar... Alguns me consideram boa, pois sou incapaz de fazer um mal à alguém ou até mesmo desejar. Isso tem sido muita às vezes taxado como um defeito e não uma qualidade, porque as boazinhas vão para o céu e as más vão à luta.
Sou assim, exclusivamente eu, com as minhas palavras defensoras... Elas são a única arma que eu sei usar e são sinceras, mas muitos não levam à crê até porque como dizem : Uma atitude vale mais do que mil palavras.
Não me faça de tola, um dia me canso e coloco todas essas palavras em prática! Pode acreditar.
Sabe quando meu amor vai acabar por você ?
Nunca, pois mesmo após minha morte
Ainda terei alma e paixão por você.
A minha vida é morte pra alguns e a minha morte é morte ou vida pra outros, mas a vida deles é um óbito pra mim...
Senhor que a minha morte
Seja perfumada de flores
Mesmo que a dor dos espinhos
Trespasse o meu frágil corpo
Prefiro apostar todas as minhas fichas em meus sonhos, do que na véspera de minha morte, arrepender- me por ter guardado-as em meu bolso.
"Meu peito está doendo,
Corpo tremendo por inteiro,
Sinto que minha morte está chegando,
E a saudade de vc está me matando."
Desperdício da minha morte
no Amor que agiganta
o medo que me apequena
na intensidade da liberdade
a pureza que me aprisiona
no caminho que traço
perco-me onde me encontro
Amo por mim, para mim
por ela, para ela
falo fluente linguagem
do abandono e insuficiência
anoiteço em permanecer
amanhecido no desperdício da minha morte..
POESIA " BODAS COM A MORTE"
- Poeta Nilo Deyson Monteiro
Minha morte nasceu quando eu nasci.
Ela me seguiu não conseguiu e não morreu,
Viveu; tu és minha doce prometida partida para
Meu silêncio de outras vidas que morri.
Nem sei quando serão nossas bodas de tantos
Séculos que me acompanha no fim, de longe em longas idas e vindas de um eterno retorno pelo desertar, abandonar e ficar em quem nesta minha versão me ficar,
me importar.
Contempla, oh morte minha matéria,
Linda né? Os vermes que à ela espera no dia não vivido em que exagera propaganda de que depois da morte da vida morre para
vida que vive.
Tamanho afeto pela morte me faz sentir felicidade por ter existido sem pressa, na profunda busca do ser diante do nada;
Danada que sabe a data, a hora, porém,
Não estarei quando vier, nem estarei em um caixão, estarei nas minhas obras, em livros, em alguma mão.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha