Na dúvida
UMA DAS RAZÕES DE TEMERMOS O AMANHÃ, RESIDE NA DÚVIDA
ENTRE ESTARMOS OU NÃO, FAZENDO O CERTO HOJE...
A AMIZADE
O mais belo sentimento com que Deus adornou
a humanidade foi, sem dúvida, o da AMIZADE.
C. N.
No campo da perfeição. No sentido mais elevado do termo. AMIGO é aquele que ama outra pessoa sem que busque nela qualquer interesse utilitário, ou pretendendo utilizá-la em proveito próprio, ou usá-la como meio de alcançar determinados fins.
Quem se dispõe a ser amigo doutro, terá de o aceitar tal qual ele é - o seu feitio, a sua personalidade, reacções e problemas - como sentir-se disponível, se praticável, para o acompanhar em tudo
o que lhe possa acontecer - de bom e de mal. Para que se complete este ciclo de amizade é absolutamente necessário que haja, do lado do outro, recipro- cidade de sentimentos e atitudes.
A correspondência de afecto, disponibilidade e sacrifícios (quando
importe fazê-los) têm de ser idêntica para que não haja desequilíbrios na balança da amizade, a que aproxima os amigos
é algo de indefinido, uma mútua cativação latente: uma espécie de muda sedução que, libertando-se, se vai manifestando em pormenores, em leves ou marcadas sintonias. Uma quase adivinhação. ou visão de algo que há no ar de agradável, achegando-se entre ambos.
O que atrai na amizade é sentirem-se acolhidos pelo outro, o que equivale quase a dizer - serem uma só alma em dois corpos. Estabelece-se uma total confiança, dada sem reservas entre si.
A vida da amizade é urdida tanto de palavras como de atitudes e silêncios. Quantas vezes só a presença basta.
As palavras usam-se para obter confirmações já pressentidas ou reforçar sentimentos adivinhados, sabidos ...
Os silêncios procuram-se para dar ocasião a que as sintonias se cimentem, ganhem dimensão e calor. As atitudes sublinham tudo o que se intuiu.
A amizade em comunhão é uma linguagem que turbilha numa interioridade mais profunda e que, como num vulcão tranquilo, meio adormecido, vai desbordando para o exterior, toda a «produção» que a amizade fabricou.
Ela não surge repentina. Processa-se de modo lento, passando por uma série de experiências e tentativas, de modo a conhecerem-se melhor, a descobrir afinidades, gostos. tendências... Também a registarem reacções, evasivas, acolhimentos, recuos, aceitações...
Há, digamos, entre ambos uma sucessão de «apalpações» cuidadosamente medidas, delicadamente efectuadas. Tudo serve para que os dois vão fabricando a malha, que o tempo vai tecendo, mas sendo eles os obreiros. Se a malha agrada, ambos se empenham em aprimorá-la e nela vão, crescendo, apurando, aperfeiçoando e consolidando o «trabalho» em que estão empenhados. Se a textura começa a sair irregular e rapidamente não a corrigem, a amizade fica em perigo e tende a acabar.
O nascimento da amizade desenvolve-se um pouco como o da relação do recém-nascido com a mãe. Se a criança se sente bem instalada e recebe constantes atenções da mãe, a relação é boa: cresce e desenvolve-se confiadamente, sente-se protegido e aceita, até outros relacionamentos. Se, pelo contrário. se sente abandonada e em vez de carinhos lhe caiem em cima ralhos, rispidez, instala-se o medo na criança, passa a «jogar à defesa" torna-se permanentemente desconfiada e será uma criança difícil. Assim, também na amizade. Precisa de clima favorável.
A virtude propicia a amizade quando encontra eco noutro ser, também virtuoso. Segundo Epicure - a amizade é o supremo dos prazeres puros. Quando alguém encontra amigo verdadeiro e fiel, encontra riqueza inestimável (Pr 15. 17; 18-24; SI 133; 2Sm 1.26). Poder-se-á admitir uma amizade sobrenatural de Deus pelos homens e, na recíproca, dos homens por Deus. A Sagrada Escritura no-la revela. Quando Deus envia Seu Filho à Terra, fê-lo em amizade pelos homens. Seu Filho, ao demonstrar essa amizade, tentaria que os homens oferecessem uma amizade, reconhecida, a Deus. Essa seria uma importante aliança. Tanta coisa fica por
dizer da Amizade! …
Cândido Nicola
1996
Vida Ascendente -
07.07.1996
(Publicado no Boletim Informativo da Diocese de Santarém)
A Palavra
De todas as artes a mais bela, a mais expressiva, a mais difícil, é sem dúvida a arte da palavra. De todas as mais se entretece e se compõe. são as outras como ancilas e ministras; ela, soberana universal.
Da estatuária toma as formas; da arquitectura imita a regrada estrutura de suas edificações; da pintura copia a cor e o debuxo de seus quadros; da música aprende a variada sucessão de seus compassos e melodias; e sobre todos estes predicados tem mais do que as outras artes, a vida, que anima os seus painéis; a paixão, que dá novo esplendor às suas tintas; o movimento, que intima aos que a escutam e admiram, o entusiasmo e a persuasão.
A estátua fala, mas fala como uma interjeição, que apenas expressa um sentimento vago, indefinido, momentâneo.
A pintura fala, mas fala como uma frase breve, em que a elipse houvera suprimido boa parte dos elementos essenciais.
O edifício fala, mas fala como uma inscrição abreviada, que desperta memória do passado sem particularizar os acontecimentos a que alude.
A música fala, mas fala apenas à sensibilidade, sem que o entendimento a possa claramente discernir. Só a palavra, nas artes a que é matéria prima, fala ao mesmo tempo à fantasia e à razão, ao sentimento e às paixões; só ela, Pigmalião prodigioso, esculpe estátuas que vão saindo vivas e animadas da pedra ou do madeiro, onde as delineia e arredonda o seu buril
Só a palavra, mais inventiva do que Zeuxis, sabe desenhar e colorir figuras
e países, como se ilude e engana a vista intelectual.
Só a palavra, mais audaz do que os Ictinos e os Calícrates traça, dispõe, exorta e arremessa aos ares monumentos mais nobres e
ideais que o Partenon de Atenas.
Só a palavra, mais comovedora e persuasiva do que o plectro dos Orfeus, encadeia à sua lira mágica estas feras humanas ou desumanas, que se chama homens, arrebatados e enfurecidos nas mais truculentas alucinações.
Latino Coelho (1825 - 1891)
Admiro a arte da dúvida, ela por sua vez traz a busca pelo conhecimento, e este explora o novo, quebra paradigmas e traz a convicção plena.
Não tive tanto tempo pra te conhecer
mas sem dúvida meu futuro, é com você
Lembre-se de que sempre serei verdadeiro
E então, enquanto estiver longe
falarei pro mundo inteiro
Que ficarei a te esperar
guardado em sentimentos
para você venha me amar
Estou aqui parado em pensamentos
tentando esconder a minha solidão
será que vai ter fim esses lamentos
e ter um dia paz no meu coração
E quando estiver tudo conquistado
termino com esses versos
de um eterno apaixonado
Na insertesa do amanhã encontrei o hoje em você!na duvida de um futuro incerto vivo a segurança do presente com você !sonho viver com você ,vivo sonhando em ti ter ,mesmo que venha a me perder vouto a me achar em você!!
QUESTÕES DE AMOR
02/08/2001
Sem qualquer sombra de dúvida, este é um dos assuntos mais polêmicos que existe, pois envolve algo que é regido mais pelas emoções do que pelo raciocínio.
Muitas vezes o amor cega as pessoas, impedindo-as de discernir adequadamente.
O fato de gostarmos de alguém, seja por uma amizade, ou por amor, as vezes contraria toda a lógica do mundo. Gostamos e pronto. Por que? Ninguém explica.
Todavia, para as questões do coração existe um perigo enorme se nos envolvemos com alguém que acabe ferindo nossos sentimentos, e isso, convenhamos, para ser evitado, há que se usar muita ponderação.
Por incrível que pareça, o impulso da paixão é a coisa mais perigosa que existe, pois nos leva por vezes a atitudes impensadas, com algumas possibilidades de "quebrarmos a cara".
Portanto, antes de "cairmos de quatro" por alguém, sempre é necessário algum conhecimento firme sobre a personalidade da pessoa, para saber se é realmente a famosa "outra metade da laranja".
A paixão é má conselheira. Sempre devemos ouvir a voz da razão antes de nos ligarmos a alguém.
Nunca se esqueçam de que para que um relacionamento possa frutificar, os parceiros devem justificar o nome, serem parceiros. Devem complementar-se mutuamente.
Num relacionamento maduro, o outro deve ser um acréscimo, e nunca um complemento.
Claro. Você deve completar o seu amor, e não simplesmente complementá-lo abdicando por isso de sua personalidade.
Por vezes, um dos parceiros acredita que cedendo totalmente à vontade do outro, será a melhor maneira de uma boa convivência.
Mas não é por aí. As "regras" que devem reger uma boa convivência seguem outros caminhos. O que deve haver é um acerto, uma espécie de acomodação de personalidades, devendo cada qual ceder um pouco em nome de uma boa vida a dois.
Não se esqueçam de que uma personalidade muito tempo sufocada, um dia se rebela, e reage contra a dominação, com conseqüências nada boas.
A regra básica (se é que pode haver alguma regra), tem que ser regida pelo bom senso.
Os direitos e os deveres devem ser divididos. Ambos devem ser companheiros, caminhando lado a lado.
Li outro dia algo que reforça bem esse aspecto. É uma parábola comparando o casamento, ora com o frescobol, ora com o tênis, que é muito interessante. Resumidamente, o frescobol é um esporte em que parceiros se completam, um procurando facilitar as coisas para o outro, visando manter a bola o mais possível no ar. O tênis, contudo, é um esporte de um contra o outro, visando dificultar ao máximo a situação do adversário.
Assim são as coisas no casamento, nas questões do amor. Quando os parceiros formam uma dupla que pretende "manter a bola no ar" o maior tempo possível, as uniões podem ser duradouras e gostosas. Se, todavia, são adversários, cada qual procurando mostrar sua superioridade, aí a coisa pode se complicar.
Volto a bater numa tecla que já está ficando gasta. O que nunca pode faltar num relacionamento maduro (não se pode deixá-lo apodrecer), é o DIÁLOGO. Através dele, uma feroz partida de tênis, pode se transformar em um gostoso jogo de frescobol.
Bem...não me considero dono da verdade, ou coisa parecida. Simplesmente com base na experiência e nas observações feitas creio-me habilitado a dar alguns palpitezinhos sobre a vida. Enfim...
Bem amigos, além de tudo sou mandão, então ordeno que todos tenham UM BOM DIA.
Uma jovem, nada interesseira, elogiando as qualidades de seu namorado, feio e mais velho: O que me agrada nele, são as pequenas coisas, ou seja, seu pequeno iate, sua pequena fazenda, sua pequena casa de praia, e sua pequena conta bancária...
as diferenças nos torna fraco mais a realidade nos faz enchergar o verdadeiro eu.........
Na Dúvida
Hoje sei que te amo
amanhã pode ser um engano.
Mas pode ser tambem
que eu diga que te amo muito mais.
Mas vou tentar te querer, pode ser?
Mas pode ser que eu suma,
que eu me esconda,
que eu fuja ou
que eu nunca mais apareça.
Se for assim quero que me esqueça,
se cuide e que você cresça.
Olha na direção do seu nariz e seja feliz,
contente consigo mesma.
Porque o mundo não acaba hoje
e nem no dia em que da tudo errado
ele acaba no dia que você acaba.
Por isso enquanto viver, viva!
Mas eu juro.
Eu queria dizer que te amo
mas não é isso que amo fazer,
sem ter a certeza de que quero te ter.
Juro que o meu sonho
é gritar para o mundo que encontrei meu amor.
Falar pra todos que hoje
eu sei quem sou.
Que eu tenho um grande homem do meu lado
e que vou ser sua eterna namorada.
Duvidas do amor que sinto?
Continue a duvidar.
Alguém vai acreditar.
E tarde pra ti será.
Duvidas do amor que sinto?
Então jogue ele fora.
Manda-me sair agora.
Nem que dor mate por dentro.
Continue a duvidar, certamente hei de encontrar.
Aquela que vai me ver, e tão depressa saber.
Que eu sempre quis amor, mas você não deu valor.
Faltava alguém em mim, e então aquela sim, vou pra sempre adorar.
Nexo, falta, incoerências.
Na vida se vive, duvida, dúvidas duvide, busque, encontre.
Tremendo sucesso é sorte, na vida do pobre pouco é nada.
Ao menos segredo todos têm, e todos querem saber.
Saber o que os outros sabem. E na vida nada sabe-se. Além do sabido por todos.
E eu fiquei a navegar, com meu barco invisível, pelas ondas da dúvida que se formavam a cada instante...
Não pense pelos olhos, o cérebro tráz a duvida que prova uma verdade indescoberta, o que enxergas é mera funçao sensivel.
Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se.