Na dúvida
Viver é algo incerto, e isso é bom. As certezas geralmente fazem mal. A dúvida, a curiosidade, aquele friozinho na barriga, é que provocam nos campeões aquela vontade em levantar da cama. É essa incerteza da derrota, ou da vitória, que ativa o melhor que temos para oferecer.
Antes de falar como foi a sensação de ter beijado a primeira vez, me tire uma dúvida: Selinho com 12 anos é considerado um beijo? Me lembro de ter dado um selinho do menino mais bonito da minha sala na quarta série e ele estava com uma flor na mão. Eu, boba e inocente queria saber o nome daquela flor e ele sorrindo me disse “me dá um beijo que eu te conto” e então pensei que só me diria se eu realmente o beijasse, então fui e dei aquele selinho. Foi uma surpresa para nós dois. Sabe aquela paixão reprimida de pré-adolescente que o menino atazana a vida da moça e ela corre atrás dele no recreio e ambos fazem isso para ter a atenção um do outro? Então, basicamente foi isso. E se o selinho for considerado um beijo, beijo, beijo, então o meu primeiro foi mágico, engraçado e chamou a atenção da minha turma toda. Ficamos envergonhados mas depois caímos na gargalha. Desse dia em diante, a gente ficava olhando um para o outro pelos corredores da escola e na sala de aula sempre fazíamos as atividades em dupla. Nunca mais nos beijamos, mas aquele selinho entrou para a história.
[O meu primeiro beijo]
Os seres humanos são mentes pensantes perdidas na neblina da dúvida. A boca mexe, as palavras saem, parece tudo tão certeiro e real, mas as pessoas só falam.
— Lua Kalt (deliberar).
“Se resta dúvida a alguém para que serve um Curso de Letras neste país, um país cujo poder se especializou na distorção do discurso, na manipulação da palavra e na ofuscação da verdade, explico didaticamente que serve para salvar da ignorância, para dar cidadania, para ensinar como se diz ao estelionato constituído: eu não sou um idiota, sei o que você quer dizer e não sou manipulável!”
Eu sou quem sou, e quem de mim duvida, parabéns, parabéns, parabéns, é que O, repito: O objeto, não é o sujeito.
As linhas contínuas, sem dúvida, dão mais estabilidade e mais direcionamento a qualquer texto, mas não significa que aquelas entrecortadas não possam conduzir também uma história firme, coerente e real.
Nara Minervino
(...) Em tempos funestos, o tempo parou, a incerteza bateu, a dúvida atormentou as palavras sumiram e o papel na mão do poeta pediu uma caneta, ao tempo que as verdairas relaçoes pressagiam a morte, percebo que já não sou mais o PORTO SEGURO que sempre demonstrei...
AH, O AMOR!
A resposta é "sim"
Para a pergunta que você não fez,
Para a dúvida que te deixa "talvez",
Para as especulações que eu montei.
Sim.
A resposta é "sim".
Nos amamos.
Nos entregamos.
Nos reencontramos.
Sim.
Foi diferente.
Foi caliente.
Foi envolvente.
Sim.
Senti desejo.
Senti remorso.
Senti medo.
Como é cigano o amor!
Como é forte o fervor!
Como indecorosa é a solidão!
Como doída é a paixão!
Nos perigos de desabrigos
Há infinitos esconderijos,
E, em cada canto (in)seguro,
Vi um passado tão maduro!
Seja amor ou solidão.
Seja isolamento ou paixão.
O que estava adormecido
Esteve hoje renascido.
E... agora... eu me culpo!
Sem ter nada a te dizer,
Contigo eu me desculpo,
Por não me ver entristecer.
Nara Minervino.
A grande maioria das pessoas não precisa fazer o teste de DNA, porque não tem dúvida de sua paternidade. Mas você conhece seu DNA emocional? Comece a desenvolver o autoconhecimento e gerencie suas tendências emocionais, comportamentais e espirituais. O Pai Ama Você.