Música em forma de poema
A gente costuma achar que o mundo inteiro pensa da mesma forma que a gente. A gente costuma achar que somos amados pelos mesmos motivos pelos quais amamos. A gente ama e, inconscientemente, encomenda um amor igual. O que nos bate a porta não é menor, não é pior, é diferente. É o amor que um outro alguém construiu, esperando receber em troca um espelho do que sentia.
Embora às vezes grite: não quero mais ser eu!! mas eu me grudo a mim e inextricavelmente forma-se uma tessitura de vida.
É necessário redesenhar a vida da forma que o coração sabe. Repintar o que perdeu a cor, o que desbotou com o tempo, o que não brilha mais o olhar, o que ficou opaco. É preciso um retoque final; uma textura divina onde está se apagando o prazer e a alegria de viver. É preciso deixar fluir essa ciranda de sentimentos que moldam e se dão sentido a vida. É preciso reinventar a vida! É preciso retocar a cor, VIVER melhor, saber viver!
Pego mais um ovo na cozinha, quebro-lhe a casca e forma. E a partir deste instante exato nunca existiu um ovo. É absolutamente indispensável que eu seja uma ocupada e uma distraída. Sou indispensavelmente um dos que renegam. Faço parte da maçonaria dos que viram uma vez o ovo e o renegam como forma de protegê-lo. Somos os que se abstêm de destruir, e nisso se consomem. Nós, agentes disfarçados e distribuídos pelas funções menos reveladoras, nós às vezes nos reconhecemos. A um certo modo de olhar, há um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor. E então, não é necessário o disfarce: embora não se fale, também não se mente, embora não se diga a verdade, também não é necessário dissimular. Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece, amor não é prêmio, é uma condição concedida exclusivamente para aqueles que, sem ele, corromperiam o ovo com a dor pessoal. Isso não faz do amor uma exceção honrosa; ele é exatamente concedido aos maus agentes, àqueles que atrapalhariam tudo se não lhes fosse permitido adivinhar vagamente.
Mas é que também não sei que forma dar ao que me aconteceu. E sem dar uma forma, nada me existe. E – e se a realidade é mesmo que nada existiu?! Quem sabe nada me aconteceu? Só posso compreender o que me acontece mas só acontece o que eu compreendo – que sei do resto? O resto não existiu. Quem sabe nada existiu! Quem sabe me aconteceu apenas uma lenta e grande dissolução? E
que minha luta contra essa desintegração está sendo esta: a de tentar agora dar-lhe uma forma? Uma forma contorna o caos, uma forma dá construção à substância amorfa – a visão de uma carne infinita é a visão dos loucos, mas se eu cortar a carne em pedaços e distribuí-los pelos dias e pelas fomes – então ela não será mais a perdição e a loucura: será de novo a vida humanizada.
Já que tenho de salvar o dia de amanhã, já que tenho que ter uma forma porque não sinto força de ficar desorganizada, já que fatalmente precisarei enquadrar a monstruosa carne infinita e cortá-la em pedaços assimiláveis pelo tamanho de minha boca e pelo tamanho da visão de meus olhos, já que fatalmente sucumbirei à necessidade de forma que vem de meu pavor de ficar delimitada – então que pelo menos eu tenha a coragem de deixar que essa forma se forme sozinha como uma crosta que por si mesma endurece, a nebulosa de fogo que se esfria em terra. E que eu tenha a grande coragem de resistir à tentação de inventar uma forma.
Coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não.
Quem dera hoje eu fosse a bailarina daquela caixinha de musica, que não se importava com nada à sua volta, apenas dançava com seu sutil encanto.
Na música, as pausas são tão importantes quanto as notas, por isso o músico conta os silêncios com o mesmo valor que têm as notas.
A música é minha vida e a minha vida é a música. Quem não entender isso, não é digno de Deus.
O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma.
A música me consola, me entende, melhora ou piora meu humor, mas no final ela sempre está certa. Ela me liberta e me prende, descreve como estou, até nas vezes quando nem eu sei descrever. Ela me faz lembrar de certas coisas e pessoas que eu tenho me esforçado para esquecer. Mas assim ela me faz entender que tem coisas que tem que ser assim, mas que no final talvez tudo melhore.
Música sempre foi uma atividade social. Com o surgimento do walkman começou a individualização do que era coletivo. Na contramão, resta a praga dos caras que abrem o porta-mala do carro num posto de gasolina pra beber cerveja quente e ouvir a eguinha pocotó.
Tem dias que bate uma deprê mesmo, uma vontade de ficar só, de ouvir uma música qualquer e chorar até a última lágrima.
"Tenho que parar de associar músicas a pessoas. Um dia a pessoa faz merda de estraga a música que eu gosto."
A arte da vida é viver e dançar conforme a música, então vamos "atuar" da melhor maneira possível, pois o tempo não para e nem dá pausa para descanso...
Yôga é como música: o ritmo do corpo, a melodia da mente e a harmonia da alma criam a sinfonia da vida.
Gastei muitos anos perseguindo a excelência, porque é nisso que se pauta a música clássica... Agora eu me dedico a liberdade, o que é muito mais importante.
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