Música Antiga
Nossa Senhora da Saúde de Évora -
Há festa em Santo Antão
Festa antiga, com virtude,
Sai à rua a procissão
Da Senhora da Saúde.
Senhora das mãos benditas
Senhora d'olhar profundo
Dá paz às Almas aflitas
E a quem padece pelo mundo.
Neste fado Virgem Santa
Trago a Ti esta oração
Nosso olhar nem se levanta
Vai aos tombos pelo chão.
Horas tristes que passaram
Tanta vida mal vivida
Nossos olhos enchugaram,
No Teu manto, Virgem Maria.
Aos Teus pés meu coração
Muito canta com virtude ...
É dia da procissão
Da Senhora da Saúde.
Escrevo versos
feito quem acende uma lanterna
em meio a escuridão imensa
É uma lanterna antiga
que brilha na noite escura
Ascendo versos
Luzes
Risco Fósforos
O que seja!
Canto para iluminar
a minha vida
E acabo
Iluminando outros corações
Eu vim cantar no barro
Doar ao mundo o meu óleo!
Escrevo versos
feito quem carrega
no peito vendavais/
Tempestades-viventes!
E na alma o Paraíso
que nunca perdi...
Nunca deixei perder!
Jamais me perdi de mim...
Amo a minha meta
De ser poeta!
Acendendo outros corações
apagados na escuridão
desta noite grande que é a vida!
Sigo feliz...
Caminho a cantar!
Escrevo versos
como quem acende faróis à beira mar!
Em meio a escuridão imensa
Desta vida!
É uma lanterna antiga
que brilha, brilha...
Brilha em mim!
Quero conquista a moda antiga
Sem whatsapp
Facebook
e lista de contatinhos
quero tudo clichê
amor em tom degradê
quero encontro repentino
mensagens com carinho
sussurradas no ouvido
entregues na ponta da língua
Quero tudo bem clichê
No meu mundo
Eu e você
mundo que você não vê
com todas as versões que você não crê
quero o preto no branco
escovas de dentes encaixadas
cama de casal
lençol bagunçado
gemidos inexprimíveis
um misto de dor e prazer
nós lado a lado
quero tudo bem clichê
amor em tom degradê
quero tempo
e um lugar pra gente sossegado
te quero pra mim
de papel passado
quero tempo
com você
sem status
sem fotos perfeitas
tudo bem clichê
apenas eu e você
ultrapassando qualquer necessidade de expressão
Primores da Terra (Soneto inglês)
A viver tanto espero em terra antiga...
Pelos bosques do norte eu caminhar
Dos pardais deleitar com a cantiga
Que ressoa nos zéfiros do mar!
A deitar sobre a relva colorida...
Feito a cor do salgueiro que a ensombrava
o sol da primavera, a mãe florida
Viver o amor febril como ígnea lava!
Na minha Europa há mais formas de amar
Do que estrelas na abóbada celeste
As boninas do campo a desatar...
E Alvejar no horizonte a cor do leste
Ao nascer do Sol, já se fora um dia
Na terra em que trinava a cotovia...
PENÚLTIMA ORAÇÃO
Salve, minha Rainha, onde quer que estejas!...
Minha Rainha antiga, de um reinado antigo,
De um sonho deslumbrante que eu vivi contigo!
Quando naquela véspera, sob as cerejas,
Qual anjo enfurecido tu alçaste voo,
Desmoronaste o templo. . . mas eu te perdoo!
Perdoo pois pressinto que ainda voltarás,
Pois nosso amor foi grande, foi belo, foi puro,
Foi algo que não morre, não se esvai no escuro.
Não sei por onde andas, nem sei como estás,
Mas sei que sentirás toda a palpitação
Que sai deste lamento em forma de oração:
Não quero ser o elétrico azul celeste
A coroar planícies de um futuro bem.
Bastava ser um ponto, pra não ser ninguém!
Não quero ser a noite, que as angústias veste,
Ou mesmo a madrugada que lhes dá guarida.
Bastava ser um instante dentro em tua vida!
Não quero ser o banzo, ou mesmo a nostalgia,
Martirizando a fonte da felicidade.
Bastava ser um leve sopro de saudade!
Não quero a pretensão de ser pura alegria
Exposta em gargalhadas, mas de ser, no entanto,
Sorriso refletido no teu rosto em pranto!
Sou jovem, mas minha alma é antiga.
Venho de outras eras em que humanos eram humanos.
Em que árvores e animais eram divinos.
Venho de um tempo..
que se compreendia o próximo através do olhar.
De um tempo, que com a paz podia se sonhar.
Sou uma alma tão antiga, que nos dias de hoje ando me questionando..
Que mundo é esse?
O que procuro na noite, na Lua, nas estrelas, nas poesias e filosofias, é uma esperança de que o passado ainda sobrevive, mesmo que nas sombras.
''Questiono minha existência aqui na Terra.
Para me sentir vivo e acordado em meio ao caos da sobrevivência humana.''
Ahow
Diz uma história antiga que um grande capitão em uma situação difícil de guerra, estava com pouco número de soldados frente ao exército que precisa enfrentar. Ele teve que tomar uma decisão bem difícil: navegou até o território inimigo e assim que seus soldados desceram dos barcos ele deu a ordem para queimarem os barcos.
“Estão vendo esses barcos queimando? Significa que que não podem sair destas praias desde que vençam a batalha!”
O que você acha que aconteceu? Sim, eles venceram a batalha!
Napoleon Hill chama isso de DESEJO ARDENTE. É preciso carregar em si um desejo ardente de vencer em todas as situações.
Se você vai para um emprego novo, mas por dentro diz “ah, se não der certo ou volto para o antigo”, você abriu uma porta no corredor do fracasso. A qualquer momento você pode entrar nela.
Se você começa um projeto e diz “se não der certo eu fecho as portas e tudo bem!”. Você nesse momento abriu de novo mais uma porta no corredor do fracasso.
Se você deseja terminar um casamento infeliz, tóxico, problemático e no fundo diz “se não der certo sem ele, eu volto”. Então você não tem certeza do que quer.
Uma pessoa que muda de cidade, mas por dentro abre a possibilidade dizendo “se não der certo lá, eu volto para trás”. Você já está dizendo NÃO VAI DAR CERTO!
Você não colocou toda sua força naquilo que precisa ser feito. Percebe que em todas essas situações não existe um desejo ardente de fazer dar certo!
É bem diferente ir para a nova cidade com toda a força para FAZER DAR CERTO!
Esse é o desejo ardente da coisa toda!
"Há uma antiga história que se passa através de gerações, ao longo dos anos, séculos e milênios, válida até os dias atuais. Trata-se de uma busca, muitas das vezes interminável, de algo que a maioria das pessoas não sabe ao certo o que é, mas que as motiva a procurar, ainda que involuntariamente, respostas para perguntas que nos afligem no dia-a-dia, tais como: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Por que estou aqui? Existe vida após a morte? Deus existe? Quem é Deus?!
Muitos são os que procuram ao longo de suas vidas, mas poucos encontram, felizes daqueles que ao encontrarem, cultivem perenemente, tal e qual a chama tênue de uma vela na escuridão. Na maioria das vezes procuramos em diversos lugares, alguns distantes, não raro em peregrinações por outros países (caminhos de Damasco, Jerusalém, Machu-Picchu, Pasárgada ou Santiago de Compostela), outras culturas, outras civilizações, outras religiões, outras filosofias de vida.
E, finalmente, quando alguns encontram o que tanto procuravam e dão por encerrada a busca, constatam que na realidade o que tanto buscavam sempre estivera com eles, muito mais 'próximo' do que imaginavam, no âmago de seu ser, aguardando tão e somente o despertar de sua própria consciência, para que lhes fosse revelada a essência divina, através da comunhão do "eu" menor com o Eu maior, através da sintonia com DEUS, Onisciente, Onipresente, Onipotente!"
Imagem antiga do meu interior
Sossego!
Ruas de terra batida, cheiro da poeira fina, barulho de pés pisando o cascalho.
Sombra fresca do caramanchão.
Descanso da lida após almoço farto. Prosa boa ou cochilo. Tanto faz!
Na vendinha da esquina, fumo, cereais, pinga da boa, chapéus…e a caderneta do fiado.
Mães amorosas, pano branco na cabeça, levando os filhos para a escola.
Pracinha coroada pela pequena matriz de São Bernardo.
Janelas e portas sempre abertas, acolhedoras.
Na torre única, ninhos de andorinhas e o toque do sino que me toca.
Repica alegre anunciando uma boa nova?
Ou tange triste no adeus a alguém que sobe para morada final.
Que fica lá no limite da vista.
Entre a terra e o céu.
Como um aviso: É preciso apreciar, sem limites, o que o olho vê ou o coração sente.
A imagem antiga do meu interior, encanta o meu presente.
Antiga alquimia
Criada Pelos antigos
Filósofos e escritores
Em um ritual conceitual
Formado pelo seu
Amor, sangue e magoas
Junto a uma concentração espantosa
Um coração Flamejante
Uma mente enevoada
E Uma escrita detalhista
Forma-se a mais Realista
E genuína Poesia
Vivendo em uma profunda solidão
Quem me dera que um dia
Eu possa, reconquistar
A minha antiga paixão
Solto e largado
Como um pedaço de pano rasgado
Que tanto teve significado
E drasticamente,foi deixado de lado
Momentos indescritíveis que foram vividos
Que jamais voltaram
Lembranças bonitas
Que só se sentirá,no coração
E uma extrema saudade...
Que nunca mais, irá se completar.
Sonho
Naquela noite singela
Lembro-me da antiga inocência
Tempos em que
Tudo era perfeito
Do seu jeito
Um simples
Aconchego
Pobre homem,
Cresceu,
Cresceu,
Cresceu,
A pureza já perdeu
O Tempo passou
A maldade contaminou
Já não era o mesmo
Os olhos pesam
Com pouco, era feliz
Memórias passadas
Nunca voltam
Em sonhos
Revive a infância
Boas lembranças
Ao amanhecer
As lágrimas escorrendo
Se tornam o orvalho
De um coração gelado
O amor não dura mais que um dia. Amor à moda antiga, já deixou de existir. Os casais da geração passada, foram os mais felizes. Os dias mudaram, as pessoas se apegam mais a bens materiais, moda, likes, seguidores... As pequenas coisas não significam mais nada. Valorizam o que passa e desprezam o que é único e verdadeiro. Programas lixo de TV lixo contribuindo cada vez mais para o fim de tudo. Mulher moderna, homem feministo, ideologia de gênero... Vamos todos morre sozinhos , esquecidos e abandonados. O nosso destino é ficar sentado em uma cadeira , lembrando do que vivemos , do que não vivemos , dos sonhos não realizados , quietos, sem esperanças e certos de que a única coisa que nos aguarda e vai chegar, inevitavelmente, é a morte.
Não podemos esquecer que o orgulho nos priva de muitas coisas.
Confesso que não tenho mais nenhuma esperança quanto à humanidade, ao amor e ao respeito entre as pessoas.
Vivemos, aceleradamente, o fim do nosso tempo.
A melancolia é companhia
A solidão é aquela antiga amiga
A racionalidade faz parte
O sentido é inexistente
E apenas sigo em frente
Levanto da cama
Faço o que dizem
E vejo eles sorrirem
E imagino como conseguem
Mas deixo de lado
Esse pequeno questionamento
E volto para minha realidade
Onde sei, que tenho a mim mesmo
Não importa
Se não são sonhos
Mas sim pesadelos
Virose antiga
Que estranha a humanidade, que precisou de um vírus, para entender a igualdade...
Todos estão solidários, preocupam-se com o futuro...
Até o mais desligado, agora desceu de seu “muro”.
Fico pensando no vírus, que a muito mata de fome, miséria, ignorância... Apenas um vírus sem nome...
Será que se esse vírus, atingisse a todos humanos, todos unidos em um plano, poderiam sobreviver?
Mas essa virose atinge, aqueles que estão distantes, e nem por só um instante, vejo o mundo se mover.
Talvez esse poema, soe como um “casuísmo”,mas o vírus da fome tem nome: Ele se chama: Egoísmo!
Diante dos meus olhos
Há uma ideia
É aquela antiga
A qual a um ano
E uns meses atrás tinha
E agora ela voltou
E nisto está o meu coração
Que bate por apenas
Uma única emoção
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Gostávamos da casa porque, além de espaçosa e antiga (hoje que as casas antigas sucumbem à mais vantajosa liquidação de seus materiais), guardava as recordações de nossos bisavós, o avô paterno, nossos pais e toda a infância.
Habituamo-nos, Irene e eu, a permanecer nela sozinhos, o que era uma loucura, pois nessa casa podiam viver oito pessoas sem se molestarem. Fazíamos a limpeza pela manhã, levantando-nos às sete, e pelas onze eu deixava a Irene as últimas peças por repassar e ia à cozinha. Almoçávamos ao meio-dia; sempre pontuais; então não ficava nada por fazer além de uns poucos pratos sujos. Era para nós agradável almoçar pensando na casa ampla e silenciosa; e em como nos bastávamos para mantê-la limpa.
A violência é a pior coisa existente na sociedade e também a mais antiga,
pois, biblicamente falando, o primeiro homicídio foi cometido nos primórdios da
história da humanidade, entre os primeiros filhos da terra, quando Caim matou seu irmão Abel.
«Minha antiga, boa, maravilhosa floresta
és um universo secreto...
És um reino miraculoso
Nos perfumes magníficos
de todas as flores que embalas»