Música
A intensa evolução cultural brasileira mostra que, se dos dias de hoje, o Rei Roberto Carlos não seria chamado assim, mas MC King RC, e não cantaria Lady Laura, mas Lowri Cadelinha!
Se eu morrer e não tiver nada depois, não vai ter problema nenhum, pois não havendo o depois, não haverá o sofrimento de ter descoberto que não há o depois. Então tá tudo bem.
São essas lascas de felicidade momentânea que me fazem continuar lutando incessantemente dentro desse cisquinho que chamam de "vida".
Acho que você vai ser sempre só aquele pequeno raio de sol que entra pelas cortinhas, quase nu, bem quente de manhã.
Posso sentir os anos atravessando meus dedos feito uma lâmina cortante, rasgando minha carne até o osso. E te vejo indo embora, igual a uma faca cega ambulante tentando cortar um arame. Da qual não sabe a hora de parar de passar pelo mesmo lugar, e não causar efeito algum.
Deixando o estrago ainda maior.
Tenho entendido bem o amor, sobretudo quando ele expõe os sorrisos sem propósitos, o brilho nos olhos que continua até quando estão fechados, as batidas do coração que seguem o ritmo da melodia do sentir com tanta emoção. E ainda tem gente que nada entende sobre o amor. O fato é que ele acontece mesmo assim, sem que haja entendimento algum, sem que se explique a sua existência. O amor simplesmente quando existe, existe. E pronto, sem ponto e com belas reticências.
Quando a chuva molhar seu rosto e abraçar suas lágrimas, quando o coração bater asas ao céu e pulsante pintar as estrelas com seu próprio sangue, escreva seu próprio poema e cante-o para o vento, faça de seus sentimentos uma música que possa caminhar sobre o vasto campo de flores.
Seria mais fácil se eu não acreditasse no amor. Mas aí, eu teria que conviver com a sua ausência e, dentro dela, seu sorriso eu perderia de vista e o seu olhar, essa imagem de puro encanto, se afastaria de mim. E como se não bastasse, a melodia fascinante da sua voz, diante da sua ausência, calaria toda emoção que mora em meu coração. Os toques seriam rios sem água, remando apenas nas securas dos desertos. Sim, poderia até ser mais fácil se eu não acreditasse no amor. Porém, que gosto a vida teria? Que cor teria a vida? Sem você, não existiria o amor. E sem amor, eu morreria sem gosto, sem cor... por você.
Amar-te baixinho em silencio profundo quero a calmaria do mar sem ondas, o barulho surdo abissal, o movimento da lua visto da terra quando estou na minha rede, a fumaça do supersônico a mil duzentos e vinte e quatro kilometros por hora. Todos afinados com diapasão em lá sendo interrompidos pelas batidas do meu coração em dó maior quando te ver.
Cruzou os dedos e me desejou em cima de uma estrela cadente e agora você está lidando com um coringa
Na minha bagunça só têm lembranças, elas não vão embora se você ainda continua lá; apertando o mesmo botão pra voltar.
Remoendo as cenas boas, o gosto do vento em teus lábios.