Música
Não é a melodia triste que me faz entristecer. O que me entristece mesmo é o vazio: em mim, nas coisas e nas pessoas. Música, ainda que entoe tristezas, sempre preenche...
As lágrimas sempre voltam, porque é assim um cheiro, uma palavra, uma música ou até mesmo um suspiro, me faz reviver toda dor de ver você indo embora e eu ali sem poder fazer absolutamente nada!
A música é a arte mais complexa que existe, pode unir a paz e a guerra, o amor e o ódio, o diálogo e o silêncio, o gostoso de ouvir e o indesejável, a decepção e a esperança.
Conselhos, músicas e livros precisam da hora exata para receber, ouvir e ler.
Do contrário não passarão de suspiros inaudíveis e descartáveis.
Que as batidas de meu coração hoje se transformem em música! Que seja uma música boa, calma, acolhedora.Que transmita a paz, irradie o amor, ensine a compaixão, a gratidão, mas que, sobretudo, vise o bem, deseje o bem, sem olhar a quem.
A boa música leva a mensagem de paz a todos os cantos do mundo! O homem conectado à natureza, nos eleva aos mais altos padrões de consciência!
Hoje foi um dia engraçado, pois eu me peguei tentando lembrar das músicas que relacionei a ele e ri alto por lembrar de apenas duas entre dezenas. Outrora aquelas músicas pareciam definir minha vida, como se as palavras desenhassem a trajetória da minha história com ele, como se ao serem cantadas espalhassem o meu amor pelos ares. E ele era a minha vida, as músicas eram pedaços fragmentados de minha própria alma e agora eram só palavras ao vento. São engraçadas essas voltas que a vida dá.
Acredito que a nossa vida é como uma bela canção. Rica em melodia, harmonia e letra. Saiba, porém que o brilho e a dinâmica que a tornam viva, dependerá exclusivamente da forma que o musicista a executar, obedecendo ainda rigorosamente o critério da escrita musical do compositor. O sentimento deve estar contido nela de tal forma que todos que a ouvirem serão levados a crer que estão dentro da própria música. Experimente entoar a canção que te leva mais perto de Deus.
O vidro esta quebrado no coitado que escreve na parede com o braço ensanguentado a melodia que e um dia disseram não ser poesia, assim começa o dia, assim termina o dia, a escrita parecia até uma profecia, nela dizia tudo que ele queria, tristezas e alegrias, cada palavra em perfeita harmonia, como no Réquiem ele escrevia de seu Mortificare preparando seu luto final, de si e para si, seu sorriso me estremecia, mas ainda assim o homem escrevia, citou Mário de Sá em sua poesia, disse que não era o intermédio e sim o final da ponte de tédio pois ali acabara tudo que o homem criou, não viveu para os outros mas para sua morte, um preparo de uma vida ainda em seus últimos momentos precisou de alguma sorte, se o corte fosse profundo perderia os movimentos, se fosse muito raso, não seria tão mortal. Se como disse Shakespeare, a morte predomina na bravura, esse homem lutou contra a tirania usando sua própria agonia, e em sua ultima frase, o homem incita Brás Cubas, com um "Se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar"...
A pluralidade melódica não necessita ser justificada porque se justifica em si; em seu grande valor. A melodia é consequência de uma bela construção harmônica e involuntária. Na cadência, algumas melodias necessitam de resolução, outras não. Essas variações advém do motivo. Brahms sabia disto. Brahms sabia encher a cabeça do Schumann de galhos. Brahms explorava continuamente suas harmonizações e o significado de cada acorde no âmbito melódico e harmônico. Mesmo com sua mente avançada e barba de bode, Brahms sentia o medo de ser incoerente.
Eu sempre estive na música eletrônica, crescendo com meus irmãos. Eles que me influenciaram assim como meus pais, mas acho que minhas maiores inspirações, além de minha família, têm sido meus fãs que com seus comentário sempre me apoiaram.