Museu
Só não aceita determinado museu e os maus factos históricos de uma ou outra personalidade, quem não entender ou não quiser entender "Toda" a história de uma Nação.
De nós eles fizeram estátuas, colocando como atração principal num museu. Nós estavamos estáticos, eles nem sabiam que ainda assim conseguíamos nos ver, era com viver em um coma de amor, víamos as mesmas coisas, mas nossa revolução era ouvir "um avião caiu" "foi uma tragédia", nunca queríamos essa forma de "fama", estávamos ali, duas estátuas de coração humano que decolava como no primeiro vôo, exatamente como quando éramos jovens e respirávamos. Estavamos a ser nosso próprimo túmulo, espero que pensem em escrever meu nome na sua lápide. Uma menina pequena cortou o dedo e derrubou seu bloquinho de notas, havia o desenho de duas estátuas com rosto de caveira e rosas na boca, ela nos olhou, olhou duas pacatas estátuas. Eu te avisei de uma maneira que só nós entenderiamos, estava na hora de ir, de decolar, de ir pra o mais alto... aquilo nunca é o fim, aerovias se encontram num só céu. Enquanto subia, aquele gesso perfeito se desfazia e no museu chovia as mais "brancas" cinzas.
Reprisar os momentos é desejo de muitos sonhadores, então para de viver em museu histórico que não te representa, faça uma uma história.
MUSEU DE MIM
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Ouço longe uma voz que me chama pra lá,
vem no vento e resvala por minhas entranhas,
é um rio no mar do silêncio esquecido
entre as forças estranhas que ainda me restam...
Tenho medo sem medo, sereno e cordato,
há um tato sem tato que assombra e conforta,
uma luz mais pra meia que pra luz inteira
põe a beira dos olhos no centro do abismo...
Na distância o chamado, se atendo é sem pressa,
cada passo tem peça que monta o passado
a ficar nas paredes do museu de mim...
Já no meio do fim deixo a vida pairar,
ter a boa indolência que o tempo confere
a quem hoje passeia sobre reticências...
MEU CANTO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho neste canto
meu frágil bis,
como se fosse
museu do quanto
já fui feliz...
O meu canto abraça
minhas memórias,
as histórias
e tantos sonhos
que tive um dia...
Retém minh´alma,
meus pensamentos
e sentimentos;
minhas saudades...
quase meu rim...
Este meu canto
me colhe tanto,
garimpa, escava,
que até me torna
museu de mim...
Todos os homens têm um museu em seu coração, colecionando sentimentos negativos contra o próximo e datados para lembranças da velha vida.
O PASSADO
Sempre vai morar no MUSEU,
Quem disser que a história morreu,
Está muito enganado...
Do histórico dele é levantado
Muitas vítimas e vários réus
***
Fazer a manutenção do Museu "seria" gasto desnecessário de verba. Reconstruir o Museu será desvio escancarado de verba. Não foi só queima de memória, mas, também, uma tentativa de transformar em cinzas a inteligência do cidadão brasileiro. Em época de eleição, um prato cheio para nutrir as chances das múmias políticas e dos dinossauros do poder de se preservarem como ratos enquanto conservam o país no formol.
Há por aqui nesta
minha terra um
museu de grandes
novidades que foi
previsto pelo poeta,
Estamos sentindo
como ele pesa
em nossas carnes.
De tanto extremismo
todo o dia vigiar
os meus olhos
andam exaustos
por sobrevivência
neste momento
que buscar a calma
é a urgência
até a curva abaixar
na América Latina
e pelo mundo afora.
Falta ainda muita
serenidade
na minha terra
e por todo o lado,
Quem está sofrendo
mais os efeitos
é quem está
menos capitalizado.
Falta clareza para
uns discernirem
aquilo que não é
furar o isolamento
para abusos não
virarem uma onda
popular de tormento
por toda a região,
e para vir aumentar
o sofrimento e a dor
da nossa população.
Ninguém suporta
mais aturar o peso
de tramas, bloqueios
e falta de paz,
Que por aqui querem
que aceitemos como
conviver com eles
como normais fossem.
Ainda estou nos panos
roxos das janelas
frontais colombianas
morrendo de medo,
fome e de desgosto
por este sofrido povo;
E na força da minha
gente das favelas
desinfetando caminhos
e auxiliando como
irmãos o povo do asfalto.
Vendo tudo por uma tela,
contando histórias
de sobrevivência,
a espera da liberdade
de gente que abraçou
de maneira heróica
a própria consciência:
Uma tropa e um General
preso há mais de dois anos
(injustificadamente),
uns como ele que presos
jamais deveriam ter sido,
e não devem continuar
porque criticar nada
tem a ver com desestabilizar.
MEMÓRIA NACIONAL ÀS CINZAS!
O Museu Nacional em chamas, 200 anos de histórias reduzida às cinzas. Uma perda irreparável a memória da nossa NAÇÃO. Literalmente o PASSADO de nossa NAÇÃO se tornou cinza. O presente uma sensação de caos, e o futuro imprevisível. O que podemos construir das cinzas da memória Nacional?
POVO BRASILEIRO não disperse sua atenção, mas em estado de ALERTA e ATIVO vamos das Cinzas construir uma nova história para nossa NAÇÃO.
museu da inconfidência
São palavras no chão
e memória nos autos.
As casas inda restam,
os amores, mais não.
E restam poucas roupas,
sobrepeliz de pároco,
a vara de um juiz,
anjos, púrpuras, ecos.
Macia flor de olvido,
sem aroma governas
o tempo ingovernável.
Muros pranteiam. Só.
Toda história é remorso.
Eu estava ali, imóvel como uma peça em um museu.
E você chegou como um furacão, com voltas a minha volta, fazendo de mim um alvo, esperando a hora exata de puxar o gatilho.
Eu sempre tive medo da bala, não tocava, mas sempre notava às curvas dos tiros que dava ao meu redor.
Os teus olhos me colocavam em uma galáxia diferente a cada vez que eu olhava para eles.
Teu jeito sem jeito, me tinha pra ti de qualquer de jeito.
De todas às armas que usaram contra nós, a tua lança de adultério, foi a que mais me machucou.
A nossa foto amassada ainda tem a mesma face de felicidade ao me ter do teu lado.
Você não foi uma história, você não foi uma frase, você foi uma poesia de linhas tortas.
Não te culpo por não ter sido fiél, apenas te culpo por não ter me avisado que fui um momento, culpo por não ter falado que fui insuficiente para tua forma de amar, culpo por não ter me deixado escapar das memórias que ainda guardo de nós dois.
"Não tenho palavras para te agradecer pelo nosso pequeno infinito" faz sentido a frase, só não faz sentido eu ainda sentir a dor.
O teu medo nunca era o fim, o teu medo era não ter uma casa dentro de um abraço.
Da tua rosa eu ganhei espinhos, e dos meus olhos caíram pétalas, do que é feito o teu jardim esverdeado? Como seria se você não tivesse atirado?
Primeira crônica
Neste dia, eu estava muito feliz porque eu estava indo ao museu de arte do Rio de janeiro no meu oitavo ano, no dia eu não consegui nem dormi de tanta ansiedade, mas eu não ia sozinho, eu fui com minha cunhada, pois eu não podia ia sozinho.
Quando eu terminei de me arrumar fui direto para o colégio junto com a minha cunhada e logo que fui pisar na rua achei 5 reais no chão, não tinha ninguém e pensei durante uns minutinhos de quem era esse dinheiro, bom como eu era um menino bonzinho, deixe-o no chão.
Como o colégio era perto da minha casa, nós fomos a pé, e chegamos em 10 minutos, cheguei lá e muitos dos meus amigos de classe perguntaram se a minha cunhada era meu irmão e disse que era minha cunhada, bom jurava que eles iriam rir dela, mas ninguém fez um tipo bullying a favor dela.
No ônibus, nós sentamos nos primeiros lugares e ficamos escutando música e tomando café que a gente não tomou em casa, logo chegando na avenida Brasil, eu e meus amigos começamos a brincar da brincadeira de quem roubou pão na casa do joão, e estava tão animada que até o motorista brincou com a gente e ficou rindo a beça.
Chegando lá, o motorista mandou nós descermos um de cada vez, para a gente não cair, enquanto o ônibus partiu, nós tivemos fazer uma fil indiana para que os seguranças do MAR (Museu de Arte do Rio de janeiro) visse nossas carteirinhas de estudante para nós entrarmos.
Logo quando acabou a revistação das carteirinhas, entramos no museu e vimos todas as obras de artes dos pintores, como eu era tão fanatico pela arte brasileira, eu tinha gostado mais do abaporu, obra da Tarsila do Amaral, nesse dia, nós tiramos tantas fotos que eu já estava tirando algumas no automático.
bom, essa é a primeira crônica.
"A vida é um museu,
De grandes novidades,
A mais antiga,
Que se faz tornar tudo novo,
É velha esperança".
Abismo
Entrei em um abismo sem fim, foi assim que percebi, depois dos quarenta, sou eu, um museu de quase noventa, anos e anos se acumularam, viajei no tempo, fiz um acampamento e retornei, lá em frente percebi, quando quase morri, de fato e verdade, quando um dia adoeci, morri, mas algo viveu em mim, pra dizer que continuo soterrado, nesse mundo embriagado, pela natureza do pecado, daí me lembro, das promessas de um livro, de um paraíso, de uma eternidade, onde terá uma comunidade longe dessa podridão, mas sou confesso réu, talvez não tenha habilitação para o céu, não tenho onde esconder, toda poeira que fiz crescer, ora se não tenho no peito o amor, peço então por favor, por mais que minha vida seja triste paródia, apelo pela misericórdia, se eu for contemplado, talvez vença o pecado, nessa prosa tipo poesia, estou eu com achismo, mas queria mesmo é fugir do abismo, porém somos moradores desta terra de horrores onde impera o satanismo, me perdoe, não sou eu que digo, a própria bíblia fala que a terra és do maligno.
Giovane Silva Santos