Mundo nas Costas
E se um dia o mundo virar as costas para mim.
Olharei para as estrelas e lá verei a verdadeira resposta.
Quando eu era pequenina, meu pai costumava me colocar nas costas dele e eu via um mundo tão mais bonito.A gente acordava com o galo cantando, hoje é o toque do celular.Na mesa tinha pão quentinho com manteiga feita em casa.A gente acordava, tomava café e ia pra escola. A merenda era dividida com os amigos .E a gente tremia quando a professora dizia:Vou te colocar no caroço de milho. Hoje, se uma professora falar isso, ela é processada.
Como os tempos mudaram e pra pior! Eu lembro que costumava brincar na rua e não tinha luz, a gente se iluminava com as estrêlas. E antes das 8hs já se estava dormindo.
Tempos bons em que a diretora anotava se a gente tinha ido às missas. Tempos bons em que no dia do professor, a gente dava uma rosa e ela sorria, sorria....Tempos bons dos boletins, das chamadas de frequência. Tempos em que meu pai me levava no final de semana pra pescar com ele. Crescí vendo as festas juninas com batata assada na fogueira, com estrelinhas de fogos, pulando a fogueira. Hoje eu pulo os dias pra ver se no próximo a coisa acontece melhor. Feliz de quem viveu e viveu bem. Hoje leva consigo a vontade de viver melhor.
Tem dias que acordo com o peso do mundo inteiro em minhas costas, é realmente tão dificil dias assim, mas basta ouvir a sua voz, ou ver o seu olhar ou até mesmo fechar os olhos e imaginar a sua existência. O dia vai passando, as coisas vão melhorando e na maioria das vezes quando vou durmir sinto que estou dormindo em cima do mundo.
E de repente você acha que o mundo te virou as costas, mas acontece a coisa que pode ser a mais importante de sua vida, e a partir daí você descobre que é capaz de ser feliz novamente.
As vezes a gente acha que esta carregando o mundo nas costas, mas muitas vezes é só o peso do nosso ego.
De frente pro mundo, maos dadas com a lua, oferecendo as costas pro resto do universo, parei pra observar minha vida...
Por instantes, sorrateiros e dolorosos, te desejei por perto; revivi cada minuto...
Acordei, depois de uma vida curta dentro d um liquido afavel e materno, vi coisas estranhas que mais tarde descobri serem rostos, dei um susto em alguem q me amava qndo tentei me equilibrar sobre minhas proprias pernas e caí... pra me redimir esbocei um sorriso e por dois segundos descobri um som, todos faziam festa e até deram nome ao som que expulsei, depois descobri o que significava a tal palavra: 'mãe'.
Ainda bem que a descobri, foi daí q tirei consolo qndo fui traída pelo meu primeiro amor, quando abri a boca pra contar o maior segredo d uma 'mulher', vi a cara dela quando dizia emocionada: 'minha filha e uma mocinha' e mais tarde a bronca: 'minha filha!!! Promete pra mim q vc vai se cuidar se previnir'.
Vi a tua cara quando me viu pela primeira vez, e me apaixonei novamente por vc, me emocionei quando vi os seus olhos se fecharem lentamente enquanto seus lábios tocavam o meus, senti o toque dos teus dedos sobre minha barriga quando te contei que ela viria, foi tudo tão perfeito...
E no piscar dos olhos todo aquele peso que vinha em minha direção, batia em cheio, partindo em duas partes meu carro, meu corpo, e a nossa alma!
Meu caminhar ja foi pesado, de carregar o mundo nas costas. Ja andei sobre a escuridão, para que um dia eu pudesse andar sob a luz.
Deixei tudo para trás, não carrego preocupações bobas, ressentimentos, vergonha, dúvidas, arrependimento ou culpa.
Parei de olhar o passado.
Meu caminhar e leve como uma pena no vento.
Quero apenas que o vento me leve.
MÃE ATÍPICA
Ela carrega o mundo nas costas, mas não deixa de sorrir, porque sabe que seu amor é a sua maior força!
“Sono profundo
A vida direciona-se à morte
Carrego nas costas o mundo
Para viver preciso de sorte.”
Mulher não foi feita para carregar o mundo nas costas, mas para conquistá-lo com sua inteligência e bom humor!
Já não posso ficar de pé.
Sinto o peso do mundo caído sobre as minhas costas.
Já não abro os meus olhos
A pouca serenidade cegou a minha alma
Já nem oiço, tapei os meus ouvidos
E não com as mãos, mas com a alma
Porque cansei de tanto ouvir ruídos
Que já não me falam de bem de amor
Que já não me guiam e levam tudo para o rancor
Já não ando, para não cair nos buracos que eu cavei
Por agora acendo o cigarro, porque sei que não irá virar-se contra mim para queimar.
E isso, só imaginei.