Mundo Estranho
Estranho como a vida acontece, quando você menos espera aparece um estranho que move seu mundo completamente para outra galáxia.
Estamos num mundo onde poucas pessoas compreendem as claras e profundas diferenças dos conceitos que regem nossa convivência. E os poucos que compreendem e praticam esses conceitos são tratados como estranhos, antiquados e loucos.
Hoje nós vivemos num mundo estranho, onde nem nossa sombra põe medo… Os humanos têm demônios maiores para se preocupar.
Nosso mundo está mesmo estranho, busca realidade nas relações superficiais e superficialidade nas relações reais, tudo isto em busca de benefícios próprios.
Vivemos em um mundo onde as pessoas se esforçam tanto pela chamada "perfeição" que ser você nos dias de hoje é considerado estranho
Estranho no mundo
Com roupas que não são as minhas
Por caminhos que não são o meu
Quem me lê pelas entrelinhas
Testemunha o que percebeu
Se as roupas parecem folgadas
Os sapatos me fazem mancar
Apertam até fazer calo
Se me calo é só pra evitar
Se o que digo soa estranho
Aos ouvidos de quem me escuta
Como briga em que só apanho
Quem me bate é quem me refuta
Rostos familiares me causam estranheza
Vozes ecoam o que nunca ouvi
Busco em seus traços aquela beleza
E no vento, perfume que jamais senti
Se não pertenço a este mundo
A que mundo devo pertencer?
Se eu bem sei que lá no fundo
Já nem sei como saber
Mundo estranho esse, onde o amor é tratado com desdém... e quem ama tantas vezes serve de alvo para deboches e ironias...
Mundo estranho esse, onde as pessoas vão em busca do ilusório... do efêmero... do descartável... e se distanciam do que realmente é profundo, durável... e verdadeiro...
Mundo estranho esse, onde tão facilmente se nega o amor de verdade... e se sofre por esta negação... mas se insiste nela...
Mundo estranho esse, onde tantas vezes nos obrigamos a nos contentar com o insatisfatório... e nos distanciamos assim, do que realmente merecemos... e queremos...
Mundo estranho esse... e ainda parece que estranhos são todos aqueles que amam e não se envergonham de amar...
que acreditam e não abrem mão do que é verdadeiro, profundo, durável...
que não negam o amor de verdade... amam... e assumem este amor...
enfim, todos aqueles que terminantemente se recusam em se satisfazer com o insatisfatório... e ainda se esforçam para se aproximar e ter o que realmente merecem... e acreditam nisso!
"Espontaneidade, o mundo precisa de você. As pessoas andam padronizadas demais, ninguém sai fora do quadrado, está tudo robotizado demais, ninguém é singelamente natural. Sou eu o estranho. Ou realmente as pessoas parecem estar se desbotando.
Mundo confuso
Estranho ou não,
A sei lá, é meu mundo
mais parece que nem sou de lá, às vezes me sinto mais para cá do que para lá,
Talvez meu mundo seja aqui ou talvez seja lá.
Não tem maior decepção do que ser intitulado de normal, num mundo onde é comum buscarem a unificação mútua por apenas querer seguir um padrão artificial e falso, ser estranho não é ruim, é um privilégio.
Quem sou?
Como cheguei aqui?
Essa casca que em mim se formou,
Será que encontrarei o antigo eu logo ali?
Acho tão desnecessário esse politicamente correto,
Doutrinas vãs, ideologias hipócritas, tudo tão desonesto.
Se fossemos irracionais seria mágico,
Se essa realidade for o nosso fim,
Defino por no mínimo trágico!
http://jemedeirosblog.blogspot.com.br/
Mundo superficial onde o saber formal de um intelectual vale bem menos monetariamente que uma avalanche de exposição digital de um boçal.
Um mundo e um tempo estranho, estes. Onde todas as conversas trocadas tem que ter um sentido, provocações, colocações, afirmações e interesses.
ESTRANHO
É estranho, que depois do sono.
Vem o sonho, que desperta meu olhar, escuro.
Deitado na trincheira ou acuado atrás do muro.
Murmuro num som rouco, quase mudo.
E permaneço inerte, até o sol invadir meu mundo.
Imundo, caminho entre tristezas, entre lagrimas, entre cores e dores.
Alegrias, alegorias que derrubam meus olhos, na submissão ao concreto.
Que piso que me cerca que me atropela, na contramão do que dizem ser o certo.
Me arrasto entre Deuses e crenças, mas na superstição do desconhecido, peço sua benção.
No sol que se despede, sacio a minha fome, e logo assim como o brilho do dia ela some.
Arrasto-me de volta ao esconderijo, onde uma alma quase penada se sente aprisionada.
Uma vida perdida, um ser aflito, que perde o controle, mas engole seu grito.
E para as curvas cegas da escuridão, agora dirijo...
O mundo anda tão estranho que as pessoas vivem cobrando o que elas mesmas não fazem.
Vivem cobrando atenção, reclamando da sua distância, da falta de um convide, do seu "sumiço". Mas são incapazes de dar atenção, se aproximar, te convidar para algo, aparecer, ligar, se importar.
Acho que reclamar virou vício e ser recíproco virou raridade.
É mais fácil culpar o outro pelo distanciamento da relação que olhar as próprias atitudes e falhas e reconhecer o real motivo do gelo da relação.
Ser recíproco não dói. Ser recíproco, une!
Quando só um lado liga, chama, aparece, presenteia, se importa, convida, isso CANSA. E cansaço é um negócio que leva tempo pra sair.