Mundo
De médico e louco todo mundo tem um pouco, mas acontece que eu nem sou médico e nem sou louco, sou apenas filósofo!
4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Todo mundo é um cientista maluco e a vida é o laboratório. A gente está sempre experimentando, tentando achar um jeito de viver, de resolver os problemas, de se livrar da loucura do caos.
No mundo da escrita não há direita ou esquerda, existe o homem, pleno e único, ditador de todas as personagens possíveis de serem criadas.
Fico me perguntando ás vezes o que está acontecendo com o mundo. Ele está de ponta cabeça, e ninguém reparou? Ou ele parou de girar e eu ainda estou no ritmo antigo? Sinto-me deslocada, sinto-me fora de área. Ligo a TV, e o noticiário diz que a terra virou um forno (não que eu precisasse ver isso na TV pra notar), que o gelo está derretendo, diz que mais uma bomba explodiu na faixa de Gaza, que os preços não param de aumentar, que os jovens morrem cada vez mais cedo. William Bonner não me deixa mentir. O mundo está às avessas. A terra está soterrada de violência, de guerra, de fome, de desespero. No fim do túnel só se vê a escuridão. E o fim do túnel está cada vez mais perto. Nós estamos nos auto destruindo.
Eu vejo fome por todos os lados. Fome de comida, fome de justiça, de liberdade, fome de amor, fome de saudade, e vejo a fome de dinheiro, de corrupção. As pessoas estão famintas. E não conseguem achar uma fonte que supra sua fome. Cada vez mais. Cada vez mais famintas. Cada vez com mais sede. E onde isso vai parar?
Mas os erros continuam. Perda total por todos os lados. Erros meus, erros seus, erros nossos. Nós estamos vendo tudo na nossa frente, e continuamos cavando nossa própria cova. Está tudo errado. Essa estupidez humana sem freios, essa sociedade medíocre que corrompe nossas crianças, que tira nossos amigos, que leva os de bem pro crime. Onde está o amor? Onde está o respeito? O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.
Chegamos a tal ponto de sentir fraqueza, fraqueza que parece nos impedir de fazer algo que valha a pena. Ficamos parados diante da destruição de braços cruzados. Assistindo ao massacre da nossa própria civilização. Mas nem sempre fraqueza é sinal de que não somos fortes. Enquanto ainda existirem pessoas que acreditam, haverá um caminho. Ainda que as luzes tenham sido apagadas, a chama da esperança sempre brotará. Enquanto existirem pessoas com esperança, ainda haverá uma solução. Somos gotas de água nesse lugar, mas juntos formamos um maremoto.
Em que mundo você vive?
Você vê o que eu vejo?
De repente estamos eu e você
frente a frente
Me diga o que você sente
Entregaras o teu coração??
Ou guardaras atrás da muralha que eles construíram?
Olhe nos meus olhos e diga-me por favor que estou
errada
Diga que ela não barrou a nossa estrada...
Veja o que eu vejo
Sinta o que eu sinto
e verá que não és meu único desejo.
O POETA
Poeta é aquele
que bebe as maravilhas passageiras
do mundo
na taça dos cinco sentidos,
depois,
sozinho e em silêncio,
transporta-as para o papel
para eternizá-las...
Declaração Solene dos Povos Indígenas do Mundo
Nós, povos indígenas do mundo,
unidos numa grande assembleia de homens sábios,
declaramos a todas as nações:
quando a terra-mãe era nosso alimento,
quando a noite escura formava nosso teto,
quando o céu e a lua eram nossos pais,
quando todos éramos irmãos e irmãs,
quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes,
quando a justiça dirigia a lei e sua execução,
aí outras civilizações chegaram!
Com fome de sangue, de ouro, de terra e de todas as sua riquezas,
trazendo numa das mãos a cruz e na outra a espada
sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos,
nos classificaram abaixo dos animais, roubaram nossas terras
e nos levaram para longe delas,
transformando em escravos os "filhos do Sol".
Entretanto, não puderam nos eliminar!
Nem nos fazer esquecer o que somos,
porque somos a cultura da terra e do céu,
somos de uma ascendência milenar e somos milhões.
Mesmo que nosso universo inteiro seja destruído,
Nós viveremos!
Se as pessoas não sonharem mais, não criarem seu próprio mundo interior em contraste com a sua existência medíocre não conseguiram sobreviver.
Como o mundo era fácil... Digo, como não se tinha conflitos interiores. Hoje, é um mundo difícil... Digo, para quem não se liberta de si mesmo.
Não vim ao mundo para ser normal. Por mais que queiram. Não posso. Não quero.
Vim ao mundo com a missão de ser o palco onde me aplaudem, de ter o entusiasmo com que me criam.
Nasci, para morrer a cada dia: em cada olhar que me contempla nesta vida enlouquecida que escolheram para eu viver. Escolheram, não escolhi. Me amaram para eu não amar. Me prenderam, não resisti.
Eu sei que o céu é imenso e imensamente louco para eu acreditar que possa ser meu... mas ele é.
Sou dona do universo que me criaram mais do que escrava da imagem que me deram.
Adoro caminhar sobre os pensamentos que jogam em meu rosto, rir das imagens que me dão, correr sobre as idéias que constroem para eu pisar. Mas eu salto sobre elas, sobre todas elas, só para provar para mim mesma que eu as possuo... ou não. Só para fazê-los entender que eu não nasci para entender, porque se perde muito tempo com isso.
Eu existo para ser em cada um dos que passam por mim, como se eles precisassem de que eu fosse ou estivesse. Só para que tenham do que se lembrar: tão louca, tão cheia de estranhas coisas, tão plena de uma vida que só nos sonhos se tem. Mas eu tive, porque decidi que sonhar era melhor... ou menos igual.
Não me julguem ou culpem. Eu não vim ao mundo para ser normal, nem comum. Não é assim que se torna imortal.
E eu existo para ser pra sempre...
Sabe, meu caro, Acho que há no mundo dois tipos de pessoas. Aqueles que dividem o mundo em dois tipos de pessoas... e aqueles que não o fazem.