Mundo
Fogo e gelo
Alguns dizem que o mundo acabará em fogo,
Outros dizem em gelo.
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer duas vezes,
Acho que conheço o bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo
Também seria ótima
E bastaria.
Eu sou mole demais por dentro para deixar todo mundo ver. Eu deixo para quem eu acho que pode comigo. Ninguém sabe. Mas eu tenho coração de moça.
Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto.
E o homem perfeito teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e você tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura.
Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.
Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.
Ciúmes do passado
Não há casal no mundo que não discuta o ciúme, que não vivencie o ciúme. Uns levam o assunto com tranquilidade, sentem ciúmes civilizados, que não tumultuam a relação. E outros são atormentados por esta praga, não podem olhar para os lados que o parceiro já fica de antena ligada. Uma chateação cotidiana.
Isso é cuidar do relacionamento? Isso é prova de amor? De certo modo, sim, é um zelo, um carinho – desde que as proporções sejam razoáveis. Você não quer perder seu amor para outra pessoa, então fica de olho. Não dá pra dizer que é uma insanidade, você está apenas reafirmando a posse do que julga ser seu.
A sensatez vai pras cucuias quando o ciúme não está mais relacionado ao presente, e sim ao passado de quem você ama, um passado que não foi compartilhado, um passado que você não conhece, um passado onde você não existia, onde você não foi traído, portanto.
Mas uma garota não quer saber de sensatez quando sente uma dor profunda ao ver, por exemplo, fotos do namorado cinco anos atrás, feliz da vida ao lado de amigos e amigas que ela não conhece. Ela sente ciúme dos discos que foram comprados antes da relação começar, sente ciúmes dos presentes que foram recebidos antes, sente ciúmes de roupas que foram compradas sem a opinião dela, sente ciúmes das alegrias que foram vividas bem longe da sua presença. Como você pode acreditar quando ele diz que não consegue se imaginar sendo feliz sem você, se cinco anos atrás ele estava passando férias em Trancoso com um sorriso de orelha a orelha? Algumas pessoas não colocam os pés em lugares onde seu amor foi feliz na companhia de outros. Se ele foi feliz em Trancoso, que Trancoso arda em chamas!
Já não é ciúmes o nome disso. Já nem mesmo é amor.
Reconstruindo o mundo
O pai estava tentando ler o jornal, mas o filho pequeno não parava de perturbá-lo. Já cansado com aquilo, arrancou uma folha - que mostrava o mapa do mundo - cortou-a em vários pedaços, e entregou-a ao filho.
“Pronto, aí tem algo para você fazer. Eu acabo de lhe dar um mapa do mundo, e quero ver se você consegue montá-lo exatamente como é”.
Voltou a ler seu jornal, sabendo que aquilo ia manter o menino ocupado pelo resto do dia.
Quinze minutos depois, porém, o garoto voltou com o mapa.
“Sua mãe andou lhe ensinando geografia?”, perguntou o pai, aturdido.
“Nem sei o que é isso”, respondeu o menino. “Acontece que, do outro lado da folha, estava o retrato de um homem. E, uma vez que eu consegui reconstruir o homem, eu também reconstruí o mundo”.
Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
Quem quiser nascer tem que destruir um mundo; destruir no sentido de romper com o passado e as tradições já mortas, de desvincular-se do meio excessivamente cômodo e seguro da infância para a conseqüente dolorosa busca da própria razão do existir: ser é ousar ser.
(Demian)
Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso.
Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
Nota: Trecho do discurso final do filme de Charles Chaplin "O Grande Ditador" (1940) Link
...MaisExistem durante nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue, e aquele que a nossa imaginação nos leva a seguir. O primeiro pode ser mais seguro,o mais confiável, o menos critíco, o que você encontrará mais amigos…mas, você será apenas mais um a caminhar. O segundo, com certeza vai ser o mais difícil, mais solitário, o que você terá maiores críticas; mas também, o mais criativo, o mais original possível. Não importa o que você seja, quem você seja, ou que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.
Eu sou antipática mesmo, o mundo tá cheio de gente brega e limitada e é um direito meu não querer olhar na cara delas, não tô fazendo mal a ninguém, só tô fazendo bem a mim.