Mundo
A vida meu amor quer vivê-la
Na mesma taça, erguida em tuas mãos,
Bocas unidas hemos de bebê-la
Que importa o mundo e As ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e seus orgulhos vãs?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas
Sou muito grato,
Ó, Deus, por nascer
Em uma época
A qual não sou privado...
De obter e me enriquecer
De conhecimento.
Quando estou com você, me sinto em uma outra dimensão.
Onde tudo é perfeito e mágico, sinto o tempo congelar nesse lugar.
Sinto que poderia viver eternamente ao seu lado, nesse mundo perfeito que criei pra nós dois.
O amor é complicado. Ele é a única coisa no mundo, que do mesmo jeito que te ergue e do mesmo jeito que te enaltece, pode te destruir e pode te causar dor.
Cartas
Eu sinto saudade
Da carta escrita,
Tão leve e bonita
Na simplicidade
Da intimidade
De quem escrevia…
Hoje, todavia,
É brega, passado,
Foi posta de lado
Nesta era fria…
As coisas pequenas
Perderam valor.
Moldaram o amor,
Puseram antenas
E formas obscenas
Nas coisas mais belas…
Ficaram nas telas,
O calor, a vida
A mão não sentida
Nas frases singelas…
Ah, modernidade…
Engoliste cartas,
Fizeste lagartas
Que sem qualidade
E sem humildade
Se julgam normais
(por serem iguais)
Vivendo de abraços,
Sorrisos e laços
Que são virtuais…
(...) uma das principais características da existência humana está na capacidade de elevar acima de suas condições, de crescer para além delas. O ser humano é capaz de mudar o mundo para melhor se possível, e de mudar a si mesmo para melhor se necessário.
Aquele que domina os próprios sentidos conquistou o mundo inteiro e tornou-se parte harmoniosa da natureza.
Engana-se quem pensa
que sempre haverá uma nova oportunidade.
O mundo dá muitas voltas,
e nem sempre volta ao mesmo lugar.
Se não puder proteger a única pessoa que jurei proteger, como vou proteger o mundo?
(Jang Uk)
À muitos séculos dizia Platão
Que o mundo em que vivemos
Tudo é percebido quando distorcido
E a realidade surge quando nos iludimos.
Por outro lado, Russel o matemático
Afirma no seu tom diplomático
Que o mundo real e emblemático
É aquele que por nos é pensado
E não o olhado, o encarado.
Ela é do tipo que doma seus monstros, exorciza seus fantasmas, anestesia sozinha suas dores... Do tipo que sempre está pronta para ir por caminhos longínquos em busca do novo, mesmo que precise atravessar oceanos internos a nado. Ela é quem sabe a hora de pisar fundo ou desacelerar, de regar ou de deixar morrer, de colher ou de esmagar suas flores. E, de tempos em tempos, ela solta ao vento as pipas que não lhe servem mais e recusa os remendos de cacos que não lhe enfeitam a vida. Porque ela sempre tem fome de vida. Dilacera, majestosamente, o que traz gostos novos, enxerga o que é visível somente à alma, sente a magnitude dos aromas insignificantes. Ela é a própria fragrância. Ela colore o dia sem nunca se esquecer da maravilhosa imensidão do preto da noite. Ela quer mais do que uma constelação apenas, com um céu infinito a seu dispor. Ela nunca foi do tipo que se contenta com uma casa comum, quando pode ter um mundo. Pois, no final das contas, ela é um mundo inteiro.
Cuidado que o mundo dá voltas.
- Hoje você joga palavras no ar, amanhã sente o efeito de cada uma delas.
Tudo que vai... volta!