Mundo
Sei como é ficar preso no tempo. Achando que é como viverá o resto da vida. Fugindo, sem saber se verá as pessoas que ama novamente. Estar num mundo desconhecido.
Às vezes, dizer que podemos fazer algo pode ser mais desanimador. Não aprendemos sobre um mundo em que você não precisa se sair bem e pode falhar. Mesmo assim, vamos fazer o máximo que pudermos. Vamos dar nosso melhor. Mas ainda espero que, mesmo que fracassemos, sejamos fortes o suficiente para levantar outra vez.
Sei que está com medo. Eu também já tive medo. Eu entendo como é. Ser diferente. Não ter ninguém neste mundo.
É exaustivo existir em um mundo que não foi feito pra você. Um mundo em que você vale menos e não é levada a sério.
Constatamos que o mundo está dividido em duas partes: de um lado a liberdade para aqueles que têm tudo, do outro a privação de tudo para aqueles que não têm nada.
Uma coisa que eu aprendi nessa vida é que ninguém é perfeito.
Todos nós cometemos erros e falhas perante Deus e perante aqueles que de alguma forma estão presentes em nossas vidas.
Tem certos momentos na nossa vida em que não temos praticamente ninguém ao nosso lado para conversar ou para desabafar, nos sentimos deprimidos e acabamos fazendo coisas que não deveríamos ou deixamos de agir ou acreditar na vida.
Quando as coisas não estão saindo da forma que desejamos, precisamos respirar fundo e buscar reunir as forças que nos resta e implorar pela misericórdia divina. Eu acredito em milagres e creio que a fé é a força mais poderosa que existe no universo.
O que move o mundo são as perguntas...
Se não há perguntas o movimento cessa.
A certeza atravessa.
Paralisa a mente.
Satisfação entorpecente.
A certeza essa senhora ranzinza.
Que com preto e branco pinta tudo de cinza.
Não te deixa ver as nuances.
Não te deixa viver os romances.
A certeza diploma que estás formado.
Está encerrado o aprendizado.
A certeza enche teu peito de orgulho.
Infla de ar e encerra o mergulho.
Te tira da estrada no conhecer
Te amarra os pés na Zona C!
A certeza sacia os olhos e mata sede.
Te da uma sombra e uma boa rede
Um bom lugar para descansar
Ficar velho, enferrujado e a morte esperar.
"Muita gente se preocupa com o fim do mundo. Eu me preocupo com o fim do amor. Quem quer viver sem amor?"
Mesmo estando doente,
De uma doença tida como terminal,
Fico me perguntando,
Quanta força tem meu emocional.
Olho meus colegas,
Irritados por coisas fúteis,
E eu orando,
Pra viver dias úteis.
Estarrecedor é o que observo,
Dos meus amigos, família e aos que estão ao redor,
Sem saberem o que fazer,
Não possuem palavras para dizer,
E isso me deixa só.
Digo que não é fácil,
Passar por tudo e ainda sorrir,
Mesmo sendo em muitos momentos,
A vontade de desistir.
Não sei onde encontro forças,
Para tanto trabalhar,
Sabendo que em muitos momentos,
Vivendo queria estar.
Muitas vezes me pergunto,
O que adianta tanto labutar,
Se desta vida nada se leva,
Somente o desgosto,
De uma vida a estraçalhar.
Poderia a classe dominante os majoritários ajudar?
Se todos temos direitos, poderiam nos amparar?
Não queria ser experimento dessa grande massificação,
Eles agem em nossos pontos fracos nos deixando sem solução.
Todos nessa terra,
Mortos já estão,
São os desfavorecidos,
Ou os que comandam esta nação.
Livrarmos deste inferno,
Que muitos tendem a passar,
Pode ser um grande alívio,
Quando em outro “mundo” chegar.
Pode ser que nunca exista,
Mas é necessário acreditar,
É tendo esperanças,
Que um dia desses vou encontrar,
Algum lugar para melhor morar, amar, pensar e cuidar.
Dizem que, as melhores coisas, aquelas realmente importantes, guardamos para nós. Dizem que, escondemos do resto do mundo, por ser algo tão importante e especial.
No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso (DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. p. 16)
"Quem pratica capoeira, nunca é órfão, afinal temos uma eterna família. Meu Mestre: um pai, a Capoeira: uma mãe, os grupos do Brasil e do mundo, meus e seus irmãos."
A Realidade da Vida e a Realidade do Mundo.
A nossa crença na realidade da vida e na realidade do mundo não são, com efeito, a mesma coisa. A segunda provém basicamente da permanência e da durabilidade do mundo, bem superiores às da vida mortal. Se o homem soubesse que o mundo acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os antigos cristãos, na medida em que estes estavam convencidos de que as suas expectativas escatológicas seriam imediatamente realizadas. A confiança na realidade da vida, pelo contrário, depende quase exclusivamente da intensidade com que a vida é experimentada, do impacte com que ela se faz sentir.
Esta intensidade é tão grande e a sua força é tão elementar que, onde quer que prevaleça, na alegria ou na dor, oblitera qualquer outra realidade mundana. Já se observou muitas vezes que aquilo que a vida dos ricos perde em vitalidade, em intimidade com as «boas coisas» da natureza, ganha em refinamento, em sensibilidade às coisas belas do mundo. O facto é que a capacidade humana de vida no mundo implica sempre uma capacidade de transcender e alienar-se dos processos da própria vida, enquanto a vitalidade e o vigor só podem ser conservados na medida em que os homens se disponham a arcar com o ônus, as fadigas e as penas da vida.
Hannah Arendt, in 'A Condição Humana